Correspondente da DW em Angola, José Adalberto foi detido pela polícia do Huambo e impedido de concluir uma reportagem. Sindicato dos Jornalistas Angolanos "condena obstrução ao exercício da liberdade de imprensa".
Num comunicado de imprensa enviado às redações esta segunda-feira (31.05), o Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) "condena a obstrução ao exercício da liberdade de imprensa" e refere que o jornalista José Adalberto foi "impedido de fazer a reportagem por agentes afetos à 3.ª Esquadra", no Huambo, no dia 29 de maio.
"José Adalberto foi conduzido até à esquadra quando reportava sobre o papel social das cantinas de cidadãos estrangeiros, na sequência de um telefonema de um suposto agente dos Serviços de Informação e Segurança”, lê-se no documento feito com base no relato do correspondente da DW em Angola.
A nota refere que o comandante provincial da Polícia Nacional no Huambo reconheceu que a detenção se tratou de "excesso de zelo", acabando por pedir desculpas ao correspondente da DW que foi libertado, apesar de impedido de concluir a reportagem.
"O SJA manifesta-se preocupado com as reiteradas ‘incompreensões' dos agentes da Polícia Nacional sobre o trabalho dos jornalistas, e recorda que a liberdade de imprensa é um direito fundamental e que os jornalistas não carecem de autorização das autoridades para qualquer trabalho em lugares públicos, salvo as restrições impostas pela Constituição e à Lei de Imprensa", conclui a nota assinada por Teixeira Cândido, secretário-geral do SJA.
Deutsche Welle
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