sábado, 19 de fevereiro de 2022

Stoltenberg, o fantoche provocador dos EUA, diz o que não deve dizer nem fazer

Está mais que provado e é perfeitamente compreensível que a Rússia não queira a NATO mesmo à sua porta. Esse é o motivo porque a Rússia está a reagir, protegendo-se da ofensiva dos senhores da guerra norte-americanos e de uns quantos europeus do mesmo jaez. 

Desde o passado que temos o exemplo de Cuba. Os EUA, na presidência de Kennedy, também rejeitaram que a União Soviética, o Pacto de Varsóvia, instalasse militares e mísseis em Cuba. Ainda na atualidade Cuba está e ser vitima das consequências da guerra de bloqueio que está em curso há décadas. Então e agora querem alargar a NATO até ás fronteiras da Rússia e muito mais além? Querem fazê-lo sem que a Rússia reaja tal como os EUA o fez relativamente a Cuba?

Imaginemos que o México, por razão de mudanças de políticas, aderia a uma suposta aliança que integrasse a Rússia e a China e que sendo integrante dessa aliança passava a ter militares e armamento ofensivo (eufemísticamente chamado de defesa) na fronteira com os EUA. Como reagiriam os EUA? Pergunta cuja resposta muito bem sabemos qual é.

Assim, então, a Rússia está a fazer o que é expectável e natural. Além do mais existe um acordo da não proliferação da NATO na Europa de Leste desde que a Rússia abriu mão dos países que integravam a União Soviética. Caso da Ucrânia e muitos outros países.

Vimos então que atualmente os EUA estão apostados em levar a NATO ao mundo inteiro (já o está a fazer) e não só restrito ao Atlântico Norte, de acordo com a sua razão de existir.

O que constatamos é que um fantoche dos EUA denominado secretário-geral da dita NATO, um tal Stoltenberg, preencheu hoje as parangonas da mídia com ameaças à Rússia, ao contrário da alegada paz que diz pretender. Falou o que não devia dizer e o que muito menos deve fazer. É mais que visível que Stoltenberg é um papagaio debotado ao serviço dos EUA, um fantoche que como os que o alimentam quer a guerra. Afinal é quem os europeus não reconhecem como legitimo defensor dos interesses de paz na Europa. A legitimidade que possui é a que sobra do desejo dos EUA fazer guerra total para se afirmar senhor do planeta, sem concorrência, sem a Rússia e sem a China, duas potencias emergentes e efetivas que teme por estar a perder a força do seu império de há muitas décadas.

Com guerreiros de gravata assim, esses tais Stoltenberg’s afantochados, o mundo não vai ter paz. Ele mesmo o afirmou por outras palavras, as que são título do texto a seguir.  (MM/PG)


Rússia obterá "mais NATO" se tentar ter "menos NATO" nas fronteiras

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, instou Moscovo a retirar as suas tropas da fronteira com a Ucrânia como "primeiro passo" para uma "solução pacífica" das tensões dos últimos meses.

secretário-geral da aliança atlântica, Jens Stoltenberg, avisou este sábado a Rússia de que, se quiser ter "menos NATO" nas suas fronteiras, só conseguirá ter "mais NATO", sublinhando o compromisso "inabalável" dos Estados-membros da organização.

"Moscovo tenta reverter a história e recriar a sua esfera de influência", acusou Stoltenberg num discurso na Conferência de Segurança de Munique.

"Somos todos aliados da NATO, somos apenas um e faremos sempre o que for necessário para nos protegermos e defendermos mutuamente", garantiu.

Stoltenberg instou Moscovo a retirar as suas tropas da fronteira com a Ucrânia como "primeiro passo" para uma "solução pacífica" das tensões dos últimos meses.

"Apesar do que diz Moscovo, não vemos sinais de desescalada", afirmou, sublinhando, no entanto, que ainda "não é tarde" para "mudar de rumo e dar um passo atrás perante o abismo".

O secretário-geral da NATO, que recebeu hoje o galardão Ewald von Kleist, atribuído pela organização da Conferência de Segurança de Munique, reiterou que a aliança está "disposta ao diálogo".

Na mesma conferência, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, alertou o Kremlin de que um ataque à Ucrânia custará à Rússia "um futuro próspero" e acusou Moscovo de tentar "minar" a arquitetura de segurança europeia.

Pela primeira vez em muito tempo não há um representante russo na Conferência de Segurança de Munique, na qual participou, nos últimos 12 anos, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, que esteve em Munique até durante a crise da Crimeia em 2014.

Alguns observadores consideram que a ausência russa significa que o Kremlin abandonou os esforços para encontrar uma solução pacífica para a crise da Ucrânia

O Ocidente e a Rússia vivem atualmente um momento de forte tensão, com o regime de Moscovo a ser acusado de concentrar pelo menos 150.000 soldados nas fronteiras da Ucrânia, numa aparente preparação para uma potencial invasão do país vizinho.

Moscovo desmente qualquer intenção bélica e afirma ter retirado parte do contingente da zona.

Entretanto, nos últimos dias, o exército da Ucrânia e os separatistas pró-russos têm vindo a acusar-se mutuamente de novos bombardeamentos no leste do país, onde a guerra entre estas duas fações se prolonga desde 2014.

Ainda hoje, à margem da Conferência de Munique, está previsto um encontro entre a vice-presidente norte-americana, Kamala Harris, e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

TSF | Lusa

Imagem: O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg / © Kenzo Tribouillard/AFP

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