domingo, 27 de março de 2022

320 mil milhões de kwanzas empregues na construção habitacional no Sul de Angola

A região Sul de Angola, constituída pelas províncias da Huíla, Cunene, Namibe e Cuando-Cubango, beneficia, à luz de projectos em execução de 2018 a 2024, de um total de 13 622 novas habitações e infra-estruturas sociais que absorvem do Estado 324,9 mil milhões de kwanzas.

A informação foi avançada pelo secretário de Estado para as Obras Públicas, Carlos dos Santos, durante o 3º CaféCipra, realizado sexta-feira, no Centro de Imprensa da Presidência da República de Angola (CIPRA), sob o tema "Projectos de Grande Impacto Social no Sul de Angola”, onde também foram oradores o vice-governador para o sector Político, Social e Económico do Cunene, Paulo Ndinoulenga, e o director do Instituto Nacional dos Recursos Hídricos, Manuel Quintino.

Os dados apresentados pelo secretário de Estado revelam que a província do Namibe viu edificadas quatro mil habitações (duas mil na centralidade da Praia Amélia e igual número na Centralidade 5 de Abril), com custos totais de 42,6 mil milhões de kwanzas.

A centralidade da Quilemba, na Huíla, com 98 por cento de execução física, correspondentes a oito mil residências, absorveu 112,4 mil milhões de kwanzas. O Executivo desembolsa, ainda, 17,9 mil milhões de kwanzas na construção de 450 casas sociais  no município de Ondjiva, Cunene, tendo 121,9 mil milhões alocados à  construção de mil casas na centralidade do Ecuma, também em Ondjiva.

No Cuando Cubango, são edificados 212 fogos habitacionais na centralidade de Menongue, onde a execução física ainda não passou dos 18 por cento, com custos de 30, 1 mil milhões de kwanzas, um número que deverá crescer de acordo com a disponibilidade de recursos para a conclusão do projecto.

A  construção de estradas, pontes e habitação, frisou o secretário de Estado, figura entre as principais acções do Ministério das Obras Públicas, por destas depender o crescimento económico e social das comunidades: a habitação garante a protecção e segurança das famílias e as estradas uma circulação eficiente de pessoas e bens, disse o secretário de Estado.

Estradas asfaltadas

Carlos dos Santos informou que, no domínio da construção de estradas, até Dezembro de 2021, foram asfaltados 2 650 quilómetros na região Sul, o que representa 22,4 por cento dos 11 809 quilómetros que constituem a rede rodoviária das quatro províncias. As operações concluídas até Dezembro de 2021 envolveram 159 mil milhões de kwanzas.

A perspectiva, de acordo com o secretário de Estado, é de que, até 2024, sejam asfaltados mais 2 154 quilómetros naquela região, ou seja, mais 30 por cento, estimando-se um custo de 129, 6 mil milhões de kwanzas.

Depois das obras concluídas em 2021, o Governo projecta elevar a fasquia para 10 917 quilómetros de estrada, alcançando 70 por cento do total da rede, com um orçamento previsto de 570,6 mil milhões de kwanzas.

As estatísticas individuais para cada província ilustram que o Namibe conta com 572 quilómetros asfaltados, o que representa 30 por cento de um total de 1 909 quilómetros da rede rodoviária local, onde as empreitadas já absorveram 34,3 mil milhões de kwanzas.

A Huíla dispõe de uma malha rodoviária com 3 408 quilómetros, com 1012 quilómetros (29,7 por cento) asfaltados mercê das obras iniciadas em 2018, com um investimento público de 60,7 mil milhões  de kwanzas.

De um total de 1 886 quilómetros de rede rodoviária implantada no Cunene, apenas 472 quilómetros (25 por cento) estão asfaltados, com gastos de 28,3 mil milhões, enquanto no Cuando Cubango foram asfaltados 594 quilómetros (12,9 por cento) de uma rede de 4 607 quilómetros, com as operações orçadas em 35,6 mil milhões de kwanzas.

"É possível fazer mais, mas tudo depende da disponibilidade de recursos financeiros. O Estado deverá focar-se na construção das estradas primárias, ou seja, aquelas que ligam as províncias, ao passo que as vias secundárias e terciárias devem ser da responsabilidade dos Governos Provinciais”, afirmou o secretário de Estado para definir a estratégia do Executivo no domínio da construção.

Carlos dos Santos acrescentou que, na componente da edificação da habitações, "a auto-construção dirigida é o modelo a seguir, devendo o Estado proporcionar terrenos infra-estruturados aos cidadãos”.

Hélder Jeremias | Jornal de Angola

Imagem: Secretário de Estado para as Obras Públicas (ao centro) ao anunciar dados da edificação no país © Fotografia por: Vigas da Purificação | edições novembro

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