A imagem acima, com assinatura de © Eric Piermont da AFP, é de Carlos Tavares, um português que propõe ter um vencimento de 19,3 milhões de euros por ano para continuar a exercer o cargo de presidente executivo do grupo automóvel Stellantis . grupo nascido em 2021 da fusão da Peugeot-Citroen com a Fiat-Chrysler. Tavares , para continuar, quer aumento a esse nível de remuneração porque tem sido muito bom no desempenho do cargo, segundo alguns e segundo ele se convenceu.
Há franceses a fazerem de conta que estão escandalizados para agradarem aos eleitores. Até mostram beicinho. O ultra neoliberal Mácron e a fascista Le Pen estão em sintonia quanto a isso. Que é demasiado, talvez até digam que é uma imoralidade. O ar cínico que vinca os seus semblantes é evidente, assim como de outros que se pronunciam sobre a ganância de Carlos Tavares. Mácron fala na criação de um teto máximo para as remunerações excessivas… Falar, fala, mas quantos desses gananciosos auferem ainda mais que Carlos Tavares? Porque só agora é que os hipócritas políticos se indignaram? Pois. Porque França está à beira da segunda volta das eleições presidenciais. Certo é que os eleitores franceses prestam-lhe toda a atenção e dão-lhes toda a razão. “Olhem que bonzinhos” eles são. E lá caem mais uns votos em Macros e Le Pen. A imbecilidade, a ingenuidade, a crença errónea nos políticos sobressai, a capa da hipocrisia, da falsidade dos políticos (franceses neste caso) ajuda.
Sobre o assunto aqui têm a notícia que já sobrevoa mentes e noticiários manhosos desde ontem sem aprofundarem o historial de autênticos chulos do grande capital, de excessivos glutões que auferem para si e associados mafiosos remunerações e lucros absolutamente imorais, usando paraísos fiscais para ainda guardarem quantias conseguidas com fugas aos impostos e outras falcatruas…
Tenham dó. Afinal só enganam os incautos, os ingénuos e os desatentos. É isso mesmo, senhores das máfias e das ganâncias. E esses são imensos parasitas das sociedades e dos trabalhadores que produzem tenazmente para verem os lucros desaparecerem a rechearem fortunas conseguidas graças à moralidade deste mundo do capital, da falsidade, do roubo autorizado por políticos que, afinal, também acabam por ir debicar nos tais lucros excessivos e ordenados excessivos.
Teatro. Tudo é só teatro. Por onde desfilam atores e atrizes hipócritas e ladrões da parte que devia pertencer aos que trabalham e produzem na realidade a mais valia das empresas e das fortunas refugiadas nos criminosos e imensos paraísos fiscais.
Assim será até um dia.
Tavares não está a fazer nada demais. Só a seguir o exemplo de tantos outros gananciosos que tomam por legal e desumano as regras do santo mercado do nojo e da imoralidade.
Mário Motta / PG
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