Artur Queiroz*, Luanda
A União Soviética colapsou e no seu lugar nasceu a Federação Russa. Nessa altura, já lá vão 30 anos, Fidel Castro disse que a próxima guerra na Europa seria entre russos e fascistas, sendo estes apresentados com o rótulo de democratas. Aí está. O líder cubano que pôs em sentido o estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA) só se enganou no rótulo. A guerra é contra fascistas mas também nazis. Uns dizem que são de centro e direita, outros de direita à direita, outros de direita à extrema e os mais radicais não estão para conversa fiada e assumem que são nazis saudosos de Hitler, das SS e da Gestapo.
Esta é uma face da moeda. A outra apresenta-se de centro-esquerda, esquerda democrática, esquerda do socialismo democrático e social-democracia sem social nem democracia. Trocando por miúdos, são todos neoliberais ou simplesmente fascistas de colarinho branco. Há também as notas de baixo valor, quase recados monetários, onde cabem filhotes de fascistas como são os blocos “à esquerda”.
A Europa Ocidental foi guinando à direita nos anos 70 e quando em 1977 nasceu o eurocomunismo, patrocinado pelos partidos comunistas de Itália, França e Espanha o descalabro foi evidente. Atingiu o ponto mais elevado com o colapso da União Soviética. Desde então nasceu um mundo unipolar liderado pelo estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA) que se deu ao luxo de destruir países soberanos e assassinar Chefes de Estado.
O seu braço armado agressivo, ofensivo e profundamente reaccionário, a OTAN (ou NATO), contrariando o acordado com Gorbatchov estendeu as suas bases militares ao Leste da Europa, em países que pertenceram ao Pacto de Varsóvia (desde logo a Polónia), cercando inexoravelmente a Federação Russa com um anel de ferro e fogo. Do Kremlin veio um aviso: Corremos perigo existencial! E um apelo: Acabem com a expansão das bases militares até às nossas fronteiras.
Os fascistas e nazis europeus que comandam a OTAN (ou NATO) e dirigem quase todos os países da Europa Ocidental, com mais ou menos floreados democráticos, fingiram que não perceberam. Encostaram mesmo os canhões ao nariz dos russos. Fidel teve razão 30 anos antes do tempo. Os russos tiveram de desencadear uma operação militar para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia. Logo a seguir o Estado terrorista mais perigoso do mundo e os países da União Europeia declaram guerra económica à Federação Russa. E agora, abertamente, uma guerra militar. Já todos esqueceram que o Presidente Putin mandou colocar em prontidão o seu arsenal atómico.
Os fascistas e nazis têm um ponto em comum: Acham que são superiores a tudo e a todos. São muito inteligentes e os outros são muito burros. Onde quer que estejam, nem que seja na casa dos outros, comportam-se como donos de tudo. Em Angola convivemos com esta gente demasiados anos. O meu amigo Mário Pizarro chamava-lhes, ostensivamente, ocupantes. Cara a cara, o que naquele tempo podia custar a vida ou a liberdade. Assim nasceram um supremacistas brancos que, é bom recordar, dominam a cena política na Ucrânia.
A esmagadora maioria das e dos governantes nos países da OTAN (ou NATO) e da União Europeia são retintamente fascistas e nazis. Odeiam a liberdade. E não perdoam aos russos terem criado um estado comunista. Muito menos terem apoiado o nascimento de outros. Claro que não assumem as suas inclinações políticas. Por enquanto. Mas aproxima-se rapidamente o tempo em que todos vão deixar-se de truques e se apresentam como legítimos herdeiros de Hitler e Mussolini.
Ucrânia é país de eslavos. Os refugiados ucranianos não são uns quantos pretos famintos que morrem afogados no Mediterrâneo ou apodrecem em campos de concentração por especial favor dos países de acolhimento. A União Europeia, Canadá e Austrália criaram uma coisa chamada “Stand up for Ukraine” que recolhe fundos de apoio aos refugiados ucranianos. Hoje a nazi Úrsula von der Leyen anunciou que já foram angariados 10 mil milhões de euros! Bruxelas pagou mil milhões! Os refugiados de África ou da Ásia nem um euro! Racismo em último grau. Mete medo ver os países da OTAN (ou NATO) e da União Europeia manifestarem abertamente tanto racismo e xenofobia. Supremacistas brancos primários e descabeçados. A terceira guerra mundial, como profetizou Fidel, é contra fascistas e nazis.
Hoje um canal português disse que
o candidato presidencial Jean-Luc Mélenchon (França Insubmissa) “tem um
grave problema no seu currículo, participou numa homenagem a Fidel Castro,
quando ele faleceu”. Quem não pensa como eles, é eliminado. A Associação dos
Ucranianos em Portugal fez uma manifestação em frente à sede central do Partido
Comunista Português,
Os ucranianos que vivem em Portugal não fizeram manifestações quando Ihor Homenyuk, um ucraniano, morreu no aeroporto de Lisboa, vítima de brutalidade policial. A OTAN (ou NATO) e o estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA) estão a fazer a guerra contra a Federação Russa por procuração passada à Ucrânia. Os fascistas portugueses, abundantemente no poder, já começaram a perseguir os comunistas, atirando para a frente com os ucranianos que vivem em Portugal.
A essas e esses desgraçados quero deixar um aviso. Portugal é um país onde campeia o racismo e a xenofobia. Tenham cuidado porque na hora da verdade, são empandeirados. E nessa altura, se não forem os comunistas a defender-vos, vão mesmo à vida.
O Luaty Beirão está em terceiro lugar na lista dos leprosos morais angolanos que mais asco que causam. Os dois primeiros, não digo antes de Agosto. Pensavam que era o motorista do RI20 ou o bêbado da valeta? Estão muito enganados. Esses nem sequer têm estrutura de leprosos morais. São uns pobres vernes que ainda não descobriram por qual das extremidades pensam e defecam. O Luaty deu uma entrevista à rádio da Alemanha e despachou insultos contra o MPLA e os titulares dos órgãos de soberania angolanos. O rapaz não tem mesmo juízo. A lepra comeu-lhe os miolos e agora faz figura de besta insanável. Se os sicários da UNITA só têm disto, vão ficar abaixo da FNLA nas próximas eleições.
* Jornalista
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