domingo, 1 de maio de 2022

ONU E ANGOLA

Kuma | Tribuna de Angola | opinião

Há muito que se fala numa remodelação ou alterações na forma de funcionamento das Nações Unidas, neste âmbito começa a debater-se a criação do Conselho Militar de Paz. Ao contrário do Conselho de Segurança, onde há países com direito a veto, as Resoluções deste Órgão seriam tomadas por maioria qualificada de dois terços.

A composição contaria em regime de permanência com os EUA, Rússia, China, Reino Unido, França, já fixos no Conselho de Segurança, com a Índia, Turquia, Brasil, Austrália e Angola, e mais cinco rotativos aprovados em Assembleia Geral por mandatos de dois anos.

Inicialmente África estava no esboço representada pela Nigéria, país mais populoso do Continente e previsivelmente um dos três de maior densidade demográfica no mundo durante o séc. XXI. Angola foi consensual pela sua estabilidade, previsibilidade, e sobretudo credibilidade e prestígio conquistado no mandato do Presidente João Lourenço.

A ideia é sentar à mesa o poderio militar, e fazer depender deste Órgão o envio de Capacetes Azuis para onde for necessário. Os EUA e a Rússia pela voz direta de Vladimir Putin já há aprovação, falta a posição da China, embora ainda haja um longo caminho a percorrer, Canadá, Japão, Alemanha e Israel, também querem assento permanente, podem ter peso pela capacidade orçamental para o funcionamento do mesmo.

Apraz-nos registar o consenso por Angola, um país eminentemente cristão, pacífico, dotado de umas Forças Armadas coesas, cada vez mais uma potência regional, e um desenvolvimento imparável, e a previsibilidade de não haver alterações significativas nos próximos tempos.

Aguardemos que os fogachos ruidosos ensaiados em coro no SOVISMO, e a pose inflamada de ACJ “Bétinho” impulsionada pelo seu ego, não faça recrudescer a arruaça que mobiliza a oligarquia déspota familiar liderada pelo sinaleiro Lukamba “Miau” Gato, nem pelos mercenários como o senil Marcolino Moco ou o idiota Raús Dinis.

Definitivamente declarada como nado morto, está a famigerada FPU, foi uma gravidez precoce, efémera, mas que deixa marcas no nicho de estratégias e traições próprias dos tiranos da Jamba, sobrou uma UNITA em cacos, sem credibilidade, e um Abel Chivukuvuku trucidado pela sua cega ambição. Adensa-se a agitação interna no Galo Negro, desenham-se cenários, mas a falta de um projecto, de uma ideia de governo, trilha-se a ilusão, e o veneno vem à tona porque a razão e a realidade são inseparáveis da verdade.

Leia em A Tribuna de Angola

Mussulo: o paraíso existe na terra e ele está entre nós 

Os frustrados

Sem comentários:

Mais lidas da semana