Apesar do chumbo da proposta, os comunistas levam a plenário a proposta para que exista uma regulação do mercado para "travar o aumento brutal de preços" de produtos essenciais. Até ontem nenhuma proposta do PCP tinha sido aprovada pelo PS.
Pão, carne, peixe e óleo, são alguns dos produtos que para o PCP devem ter preços regulados para travar a "escalada exorbitante relativamente àquilo que é depois o esmagamento dos preços da produção", na denúncia do deputado Bruno Dias, em declarações à TSF.
"É preciso tomar medidas para que haja o controlo de preços que deve assumir uma regulação do mercado de uma forma muito concreta: o Estado deve assumir a sua responsabilidade, por um lado, defendendo a produção nacional e por outro os consumidores", afirma o deputado do PCP que, apesar de ter visto o PS chumbar a proposta na especialidade, vai insistir em plenário, esta quarta-feira.
O PCP acusa o PS de falta de "coragem política para enfrentar interesses poderosos", tanto entre os grandes grupos da grande distribuição, como na questão dos combustíveis e da energia.
Depois de ter obtido alguns ganhos de causa nos últimos Orçamentos de Estado negociados com os governos minoritários do PS, o PCP não viu ainda qualquer das propostas apresentadas merecer a aprovação da nova maioria absoluta socialista.
"Nota-se uma diferença", ironiza Bruno Dias adiantando que " há uma incapacidade "por parte do Partido Socialista em responder às propostas do PCP, decorrente da maioria que tem "rejeitado sistematicamente" as propostas comunistas.
A proposta de Orçamento de Estado para 2022 tem votação final global agendada para sexta-feira à tarde.
Judith Menezes e Sousa | TSF
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