Artur Queiroz*, Luanda
A ilha Formosa ou Taiwan é território insular da República Popular da China como o nosso Mussulo, a Madeira (Portugal), Key West (EUA), Ibiza (Espanha). Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes nos Estados Unidos, uma senhora que usa fraldas devido à incontinência urinária e sofre de demência senil, foi a Taipé em visita oficial porque lhe disseram que Chiang Kai-shek ainda mexe e o partido Kuomintang saiu vencedor da guerra civil chinesa. Qualquer dia ela visita oficialmente a Jamba sem dar cavaco a Luanda, porque sonha abraçar o presidente Savimbi e encher o avião com diamantes de sangue.
As autoridades de Pequim não
gostaram da provocação e reagiram
A Igreja anda há mais de dois milénios vendendo que os pobres de espírito são bem-aventurados e deles será o reino dos céus. Mas isso é literatura. Não acreditem. Os pobres de espírito, pelos vistos, vão todos para o Jornalismo. Karl Kraus, num texto incendiário publicado na sua revista Die Fackel, no início do Século XX, escreveu que acabaram os jornalistas porque foram todos para escriturários, como o soldado condutor do RI20, também conhecido por Jacques o Estripador do MPLA. O jornalista maldito de Viena um dia acordou bem-disposto e condescendeu, afirmando que Jornalismo é o serviço militar dos poetas. Fica melhor.
Os chineses estão a exagerar. Tem algum mal uma senhora com a fralda empapada em xixi, taralhouca e em estado catatónico, desembarcar em Taipé? Nenhum! É uma coisa inofensiva. Mas isso era se fosse passear a Taiwan com o seu gigolô favorito. Mas como presidente de uma câmara do Congresso é uma provocação grosseira e uma ingerência num Estado Soberano (República Popular da China) inaceitável.
Como aqueles três senadores fizeram ao apresentarem uma resolução na qual exigem ao Executivo Angolano que organize eleições “credíveis e justas”. Como se os angolanos fossem criados ao serviço de Washington. Já esqueceram a tareia que levaram no Norte de Angola em 1975 e da derrota estrondosa que foi infringida aos seus amigos aliados do regime racista de Pretória.
Em relação a Angola, a provocação foi ainda mais grave. Porque os três senadoráfres alinharam o discurso e a prática com os accionistas da Sociedade Civil num consórcio com a UNITA. À Medida que se aproxima o dia 24 de Agosto estão a ficar muito nervosos. Já perceberam que a derrota vai ser pesada e depois de contados os votos ou trabalham ou vão ter mais dificuldades do que a minha comadre Fina, heroína da zunga, que vê a comida fugindo da mesa a alta velocidade, nos dias em que os terroristas da UNITA vão para as ruas fazer confusão, pomposamente baptizada de campanha eleitoral.
O líder do Galo Negro tem a
entrada cortada
Na Ucrânia, segundo os Media ocidentais, a guerra está ganha pelo Zelensky. Limpinho. Os russos, coitados, já pediram perdão, como a Amnistia Internacional pediu por denunciar os crimes de guerra contra civis, cometidos pelos nazis de Kiev.
Ninguém tem pena do povo da Ucrânia que morre e fica sem os seus escassos bens. Mas a desgraça vai continuar. A Chevron, desde Fevereiro até hoje, aumentou os lucros em 70 por cento. A Exxon Mobil foi mais modesta e o aumento foi de 60 por cento. São milhares de milhões. O euro está a rastejar aos pés do dólar.
Para a festa continuar, Zelensky recebeu ordens para prender uns quantos traidores, demitir outros tantos e fazer operações mortíferas contra os próprios ucranianos que depois são atribuídas às tropas da Federação Russa. O rato de sacristia António Guterres finge que isto não é nada como a ONU ou diz que vai fazer inquéritos. Como se não soubesse quem montou os “massacres” de Bucha ou Irpin. Como se não soubesse que os nazis de Kiev cometem crimes de guerra desde 2014, no território das repúblicas separatistas.
O Ocidente está a cometer graves crimes contra a Humanidade, ao manter a guerra na Ucrânia. E o mais grave de todos foi o assassinato do Jornalismo, ao vivo e em directo.
*Jornalista
Sem comentários:
Enviar um comentário