segunda-feira, 25 de julho de 2022

SEJA BADALHOCO... PARA FAZER PUTIN SOFRER - proposta do governo alemão

LAVAR SÓ QUATRO PARTES DO CORPO

O governo alemão aconselha os seus concidadãos a lavarem apenas quatro partes do corpo.  A medida, diz ele, é para economizar gás natural e "fazer Putin sofrer" (sic).

Resistir.info

Ucrânia usa invasão russa para destruir direitos dos trabalhadores

#Traduzido em português do Brasil

Duas novas medidas radicais estão provocando temores de que os ucranianos percam os direitos trabalhistas permanentemente, já que a guerra exerce uma enorme pressão sobre a economia do país, relatam Thomas Rowley e Serhiy Guz.

Thomas Rowley e Serhiy Guz | openDemocracy | em Consortium News*

O parlamento ucraniano aprovou duas novas medidas radicais sobre a liberalização trabalhista, provocando temores de que os ucranianos percam permanentemente os direitos trabalhistas, já que a guerra da Rússia exerce enorme pressão sobre a economia do país.

Em duas leis aprovadas na segunda e terça-feira passadas, os parlamentares votaram pela legalização dos “contratos de zero horas” e fizeram movimentos para remover até 70% da força de trabalho do país das proteções garantidas pela lei trabalhista nacional.

Esta última medida significa que o código nacional do trabalho deixa de se aplicar aos trabalhadores das pequenas e médias empresas; em vez disso, propõe-se que cada trabalhador faça um acordo individual de trabalho com seu empregador. Também remove a autoridade legal dos sindicatos para vetar demissões no local de trabalho.

O projeto de lei 5371 já  havia sido criticado  pela Organização Internacional do Trabalho, bem como pelos sindicatos ucranianos e europeus, com base no fato de que poderia “infringir as normas internacionais do trabalho”.

O partido governante da Ucrânia, Servo do Povo, argumentou que a “extrema regulamentação excessiva do emprego contradiz os princípios da auto-regulação do mercado [e] gestão de pessoal moderna”.

A burocracia nas leis de RH da Ucrânia, sugeriu, “cria barreiras burocráticas tanto para a autorrealização dos funcionários quanto para aumentar a competitividade dos empregadores”.

A Federação dos Sindicatos da Ucrânia agora pedirá ao presidente Volodymyr Zelensky que vete o projeto de lei 5371 quando for para assinatura – mas não fará o mesmo pedido sobre a lei proposta sobre contratos de zero horas, disse o deputado ucraniano Vadym Ivchenko ao openDemocracy .

Nataliia Lomonosova, analista do think tank ucraniano Cedos, alertou que as duas leis podem deteriorar ainda mais uma situação socioeconômica já difícil para os ucranianos que sofrem com a campanha militar da Rússia.

De acordo com os últimos números da ONU, a invasão da Rússia levou pelo menos 7 milhões de pessoas a serem deslocadas dentro da própria Ucrânia, o que foi agravado por uma grave crise econômica que atingiu duramente famílias e indivíduos. Ao mesmo tempo, o Banco Mundial  previu  que a economia da Ucrânia se contrairá em 45% este ano.

Com esses fatores em mente, Lomonosova argumentou que os ucranianos têm pouca escolha ou poder de barganha quando se trata de empregadores – o número de vagas disponíveis é muito desproporcional ao número de pessoas que agora procuram trabalho no país. “As pessoas agora não têm poder de barganha e os sindicatos não podem protegê-las”, disse ela.

Falando ao openDemocracy, Lomonosova expressou o medo de que, como resultado do deslocamento, “muitas pessoas se encontrem na situação de trabalhadores migrantes ucranianos” em seu próprio país – o que significa, por exemplo, que as pessoas terão pouca escolha a não ser aceitar pobres condições e a ser cada vez mais dependentes dos seus empregadores.

MÍSSEIS RUSSOS SOBREVOAM OESTE DA UCRÂNIA. KIEV CONTRA-ATACA NO SUL

#Traduzido em português do Brasil

Em 25 de julho, o Ministério da Defesa russo revelou alvos de ataques de mísseis russos na Ucrânia.

No oeste da Ucrânia, mísseis russos atingiram uma base de transbordo, destruindo munição fornecida pelos EUA para sistemas de foguetes de lançamento múltiplo HIMARS e projéteis para obuses de grande calibre M777 dos EUA. O ataque foi realizado perto da cidade de Bogdanovtsy, na região de Khmelnitskyi.

Na véspera, mísseis russos Kalibr foram filmados durante o lançamento da área do Mar Negro:

Outro alvo para mísseis russos foi um ponto de implantação temporária da 95ª Brigada de Assalto Aerotransportado das Forças Armadas da Ucrânia na vila de Kostantinovka, na República Popular de Donetsk. Como resultado do ataque, mais de 100 militares ucranianos e mercenários estrangeiros foram destruídos.

No mesmo dia, o Ministério da Defesa russo informou que uma tentativa do grupo de sabotagem ucraniano de avançar e desembarcar de barcos de desembarque rápido no território da região de Kherson foi frustrada no estuário de Dneprovsky. Dois barcos de desembarque ucranianos com sabotadores a bordo foram destruídos como resultado do ataque russo.

O comando militar ucraniano está se preparando para uma grande operação contra-ofensiva contra as forças russas na região de Kherson. De acordo com relatos não confirmados, o contra-ataque foi planejado para agosto e será programado para coincidir com o Dia da Independência da Ucrânia (em 24 de agosto).

As AFU estão agravando a situação no sul da Ucrânia, lançando contra-ataques ao longo das linhas de frente, instigando sabotadores a matar funcionários locais, bombardeando instalações civis para ameaçar os locais e visando infraestrutura estratégica para privar os militares russos de transferir reforço para as linhas de frente.

Os preparativos militares são acompanhados por altas reivindicações políticas e declarações das próximas operações. O anúncio oficial de quaisquer operações militares nas linhas de frente do sul resulta em perdas militares, pois o lado russo já aumentou os ataques de mísseis às instalações militares da AFU nas regiões de Nikolaev e Odessa. Por outro lado, essa campanha de mídia visa mudar a opinião pública no Ocidente e criar um novo impulso para o apoio internacional à Ucrânia.

Mesmo apesar das perdas nos campos de batalha, a capacidade de Kiev de declarar quaisquer operações ofensivas pode aumentar a assistência financeira e militar ao regime de Kiev e superar a fadiga ocidental da guerra na Ucrânia.

Por sua vez, o lado russo está reforçando as forças de defesa aérea na região de Kherson. Até agora, não está claro se a Rússia tem forças suficientes para proteger e salvar o controle dos territórios no sul da Ucrânia.

South Front

PORTUGAL PREGO

Joana Amaral Dias* | Diário de Notícias | opinião

Se a hipocrisia pagasse imposto, António Costa já tinha penhoras da Autoridade Tributária. Afinal, enquanto o governo enche a boca, e o olho, pela solidariedade com a Ucrânia, impinge sanções que prejudicarão mais os portugueses em particular - e os europeus em geral - do que lesarão o regime de Moscovo, continua a estender a passadeira vermelha e a Via Verde aos magnatas russos.

Este Executivo abriu, em Janeiro, um inquérito à atribuição de nacionalidade portuguesa ao poderoso Abramovich. Após meio ano: nada. Absolutamente nada. E o empresário amigo de Putin segue sendo lusitano dos sete costados. As suspeitas de irregularidades que recaíram sobre o instituto dos registos e notariado permanecem, indiciando que mora aqui uma perversa cumplicidade do governo no mercadejar de passaportes portugueses.

Entretanto, Andrei Rappoport, mais um oligarca russo, já foi dado como cidadão português e dois outros aguardam o mesmo destino, ao abrigo da lei dos sefarditas. O primeiro, God Nisanov, foi caracterizado como "um dos homens mais ricos da Europa" e "colaborador próximo de várias autoridades russas" pelo secretário de Estado norte-americano Antony Blinken. O outro é conhecido como Rei dos Diamantes. Lev Leviev também é cúmplice do presidente russo e sócio da empresária angolana Isabel dos Santos. Qualquer um destes cleptocratas pode candidatar-se a eleições nacionais ou ensopar um partido em fundos. Mas, se calhar, nem precisam: já cá colocaram os seus títeres, não é?

« Note-se que o PC tentou revogar esta lei dos sefarditas recentemente, bem como o regime dos vistos dourados, mas sem sucesso entre a esmagadora maioria dos parlamentares. Já sabíamos que a Assembleia da República é uma central de negócios. Agora confirma-se que a mamata somos nós. Penhorados. »

A feira dos passaportes continua a bombar, em nome da "reconciliação histórica", com os rublos, libras ou kwanzas imundos e fazendo da legislação portuguesa não apenas um escândalo nacional como internacional. Como afirmou Navalny, "Abramovich, finalmente, conseguiu encontrar um país onde pode pagar alguns subornos e fazer alguns pagamentos semi-oficiais e oficiais para entrar na UE e na NATO. Um ciclo perfeito de hipocrisia e corrupção." Finalmente porque este multimilionário andava há anos a tentar autorizações no estrangeiro. O RU não lhe renovou o visto de investidor, a Suíça - conhecida pelo processo simplificado de acolhimento de ultra ricos - também lhe barrou a entrada devido a suspeitas de branqueamento de capitais e envolvimento com organizações criminosas.

Mas Portugal não se desassossega com bagatelas e resolveu-lhe o engulho. Se a lei pretendia reparar injustiças acabou por criar uma nova e elefantíaca desigualdade, considerando os milhares que vivem e trabalham cá mas não são considerados portugueses. Ventura explica. Ou seja, com uma lei supostamente bem-intencionada (não foi) montou-se um esquema sem fiscalização de concessão da nacionalidade em que o Estado delega o escrutínio a entidades privadas que emitem pareceres em troca de patrocínios.

Isto em cima do escândalo dos vistos gold que conferem autorização de residência (que pode resultar em nacionalidade) a quem faça por cá um investimento (não reprodutivo), dispensando saber a origem do dinheiro.

Note-se que o PC tentou revogar esta lei dos sefarditas recentemente, bem como o regime dos vistos dourados, mas sem sucesso entre a esmagadora maioria dos parlamentares. Já sabíamos que a Assembleia da República é uma central de negócios. Agora confirma-se que a mamata somos nós. Penhorados.

*Psicóloga clínica. - Escreve de acordo com a antiga ortografia

PORTUGAL, COSTA, O CASTELO DE CARTAS QUE JÁ CAIU E... PACIÊNCIA

Mais em baixo exibe-se um Curto do Expresso que abre com bebés proveta e já lá vão mais de oito milhões por todo o mundo desde 1978, Louise foi a primeira. Claro que aconteceu em Inglaterra. Se acontecesse em Portugal talvez já tivesse morrido de fome ou por falta de assistência adequada do Serviço Nacional de Saúde. Ou ainda por afogamento, hoje é esse dia e Portugal está a afogar-se.

Pois, em Portugal, aqui no Curto, abordagem à pobreza, dizem: “Pobreza. Em 28% dos municípios do Continente, mais de metade das famílias são pobres, mas é nas grandes cidades que é “mais duro” ser pobre…” Achamos ‘poucochinho’, que nestes exemplos é técnica das sondagens ou de ignorância dos sábios das sondagens. Bate nos olhos e gritam nos ouvidos que mais de metade dos portugueses estão a andar com uma mão atrás e outra à frente. Aquele pouco mais de um quarto da população foi apurada porque não contabilizaram a pobreza envergonhada? Pois, esses são os que passam mesmo fome e nem dizem, têm vergonha. Contrariamente e com vergonha ausente está o governo e, neste caso, António Costa. É costume os poderosos reagirem assim – principalmente com uma maioria ditatorial que quer ser cega, surda e muda, como a tal tática de fossa que também víamos e roía-nos a pele durante o Salazar-fascismo. O Costa está a dar de barato razões ao Chega fascista (e outros da direita) para subirem e virem a ser o primeiro ou segundo partido mais votado quando, daqui por pouco mais de dois anos anos formos para eleições antecipadas. 

Costa e comparsas vão ficar sempre bem. No salazarismo-fascista também não viviam nada mal. Quem se trama é o mexilhão porque o mar já o está a escaqueirar todo e a atirá-lo contra a rochas. Piores tempos virão. E Costa assobia para o lado e mendiga ao PSD e aos grandessíssimos empresários. Os do dinheiro a rodos, que ele vê e esbugalha os olhos. Amigos para sempre. Aquela coisa da geringonça foi só para enganar os papalvos e atingir a maioria… É, não é? Foi, não foi?

A  postura do sujeito tão anafado nem chega a ser uma desilusão. Mas que tem sido uma fraude de muito mau gosto, muita pobreza e muita fome, lá isso tem. Essa  mesma pobreza e fome é testemunha dos portugueses. Façam lá bem as contas às estimativas e às sondagens, senhores sábios de barriga cheia!

De pouco serve pôr mais na escrita cá pelo nosso lado. O Curto diz mais. Traz chamada à literatura-cultura. Isso. Boa. É sempre de interesse. Ouvir roncarem as tripas e estômago mas comprar um livro em vez de comida que depois se vai sanita a baixo… Porque não? Isso supera-se substituindo com insistentes impropérios dedicados a Costa e à sua trupe de mentirosos. Pois. É público que o castelo de cartas do Costa já caiu. Agora só falta cair o Costa. Paciência, recomenda-se.

O Curto já a seguir. Boa semana – apesar de não sabermos nada bem como tal será possível. Força. Saúde, apesar de o SNS estar na fossa e andarmos a morrer que nem tordos. Inté.

MM | PG

Brasil | BOLSONARO JULGADO NO TRIBUNAL PERMANENTE DOS POVOS


 

Presidente é acusado de crimes contra a humanidade durante a pandemia de Covid-19, além das sucessivas ameaças à democracia e às minorias no País

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro irá à julgamento no Tribunal Permanente dos Povos – um tribunal étnico internacional não governamental que determina se os direitos fundamentais dos povos foram violados. Segundo Jamil Chade, colunista do portal UOL, a sessão será denominada “Pandemia e Autoritarismo – A Responsabilidade do Governo Bolsonaro na Violação Sistemática de Direitos Fundamentais de Populações no Brasil ao Longo da Covid-19”.

Vermelho (maio 2022)

Brasil | SE LULA VENCER O GOLPE VIRÁ DEPOIS DE SUA TOMADA DE POSSE

Marcelo Zero* | Brasil 247 | opinião

#Publicado em português do Brasil 

"Assim sendo, é preciso que o compromisso com a democracia não se esgote na realização das eleições e na posse do novo eleito", diz o sociólogo Marcelo Zero

Bolsonaro vem seguindo o bem conhecido roteiro, herdado de Bannon, para tentar se perpetuar no poder.

Ataca-se o sistema eleitoral, “denunciando”, antecipadamente e sem quaisquer provas, que as eleições serão fraudadas. Cometem-se calúnias contra as autoridades do Judiciário, na tentativa de demonstrar que elas estariam comprometidas com “terrorismo” e com uma agenda “comunista”. 

Na bolha tóxica e desconectada da realidade em que vivem bolsonaristas, essas pseudo denúncias calam fundo e mantém a horda motivada por um ódio incontido. Assim, prepara-se, com muita antecedência, o assalto à democracia

A não realização das eleições, sob a escusa que há não condições para tal.

A contestação dos resultados, mesmo sem nenhuma prova, baseada apenas em “denúncias” de eleitores bolsonaristas, o que poderia resultar num novo “assalto ao Capitólio”.

Há, entretanto, um terceiro desenlace.

Tratar-se-ia de impedir Lula de governar e promover um golpe para depô-lo, tal como aconteceu com Dilma, apenas após um ano de sua reeleição.

Pelo andar da carruagem, esse parece o desenlace mais provável. 

Angola | OS OLHOS POSTOS EM NÓS

Luciano Rocha* | Jornal de Angola | opinião

A campanha eleitoral, que culminará com o pleito de 24 de Agosto, já começou, ainda que "o aquecimento de motores" não esteja no auge, esperando-se que os resultados finais sejam aceites sem manifestações de mau perder.

Campanhas eleitorais que culminem  com formações parlamentares ou eleições de Chefes de Governo são, em princípio, espaços de cruzamentos ideológicos, mas, igualmente, reveladores de ambições desmedidas vaidades bacocas, oportunismo, acusações infundadas, insultos, ignorâncias, como atestam factos nos mais variados continentes. Angola não tem fugido à regra.

O que se deseja é que, desta vez, em Angola, o panorama seja diferente por todos os motivos e mais um, o que não significa uma campanha eleitoral insípida, pelo contrário, pois o esgrimir de ideias e conceitos são não apenas aceitáveis, como desejáveis por demonstrarem, entre outros aspectos, a diversidade de opiniões. O contrário, esse sim, é lamentável, por reflectir "unicidade de pensamento” que apenas existe na aparência e ser característica de ditaduras.

Angola pode, outra vez, ser exemplo para o mundo.  Foi, recentemente, nas medidas iniciais de combate à Covid-19, adoptadas posteriormente por países tidos por mais desenvolvidos e apetrechados do que o nosso  e desprezaram, de início, a força do vírus que virou um Mundo de pernas para o ar. Antes, conseguiu com  o calar as armas numa guerra fratricida movida por interesses exteriores. Anteriormente, derrobando o então considerado o exército melhor apetrechado, em homens e equipamento, o da África da Sul. Muito antes, quando um pequeno grupo de compatriotas, maioritariamente munido de catanas, ousou iniciar a  luta armada de libertação nacional.

Agora, neste Julho a dar passos derradeiros para o fim, principalmente no Agosto que aí vem e nos tempos que se lhe hão-de seguir ,impõe-se que vencedores e vencidos se capacitem que os sonhos de uma Pátria melhor, mais igual, sem tantas desigualdades a separar  pobres e ricos, na qual nepotismo e imunidade sejam memória má, não se esfumam numa votação. 

Vencedores e vencidos sabem que Angola precisa de todos e que cada qual tem obrigações  e direitos pelos quais é urgente lutar para o alcance de objectivos colectivos. Que jamais podem circunscrever-se a interesses meramente mesquinhos, comummente espelhados em vaidades ridículas, poses estudadas, bajulações e quejandos.

O  amanhã dos  vindouros depende deste presente que está a ser construído. Esquecer isso é hipotecar  o futuro. O que semeamos hoje, é bom não esquecer, há-de ser colhido pelas gerações futuras e isso tem de ser, desde já, minuciosamente preparado. Mais difícil é a actualidade. Muitos dos jovens de agora, pela abundância  de exemplos, que lhes entram pelos olhos,  interioriza-os, seguem-nos à risca. Para eles o mundo divide-se entre padrinhos e afilhados, roupas da moda, perfumes a condizer, carros que não compraram ou não lhes custou adquirir, cargos que não honram, salários e mordomias injustificados, banquetes jamais imaginados. Domina-os, maioritariamente, incompetências e ignorâncias, mas sobra-lhes pose, palavreado desconexo. Em suma, são os novos enfatuados. com ou sem fato. 

A campanha eleitoral, que há-de culminar, no pleito de Agosto, pode revestir-se de primordial importância pelo cruzamento de ideias, formas de estar e pensar Angola, com discursos mais ou menos empolgantes e cativantes.

Nesta campanha dispensam-se, de bom grado, discursos enfadonhos, de nada dizer, amontoados de palavras desconexas, promessas vãs, acusações infundadas, "desculpas de mau pagador”.

 O Mundo tem, os olhos postos em nós. É uma boa altura de trocarmos as voltas a certos comentadores, designadamente ocidentais, que do alto da cátedra onde os colocaram, repetem, a torto e direito, como papagaios acorrentados, o que os donos  dizem sobre Angola.

*Jornalista

Angola | João Lourenço: “Vamos continuar a investir na Saúde e com muita força”

O presidente do MPLA, João Lourenço, afirmou, sábado, em Luanda, que o Executivo vai continuar a apostar no sector da Saúde e “com muita força” com a entrega de mais hospitais no próximo ano.

O líder do MPLA, que falava no acto político de massas, no distrito urbano da Camama anunciou a inauguração no próximo ano, do Hospital Pedro Maria Tonha "Pedalé", na zona do Morro Bento.

Para João Lourenço, a unidade de saúde vai servir a zona do Morro Bento, da Samba, os moradores de Luanda Sul, entre outros pontos da cidade. (…) Poderão ser assistidos em boas condições.

Em relação ao Hospital Geral de Viana, com capacidade para 200 camas assegurou que "as obras de construção estão em avançado ritmo”.

Na sua alocação de pouco mais de uma hora, referiu também que Cacuaco é outro município populoso de Luanda, para quem pressiona os hospitais de Luanda. Acrescentou que um bom número de doentes que pressionam os hospitais de Luanda vem de uma parte de Viana e outra de Cacuaco.

"Nós vamos parar com isso. Os de Viana não vão precisar ir ao hospital Pedro Maria Tonha "Pedalé", em Luanda, porque vão ter o seu hospital. Os de Cacuaco, a mesma coisa. Esses dois hospitais vão ficar prontos, mais ou menos, na mesma altura. Acredito que o de Viana primeiro, mas alguns meses depois também o de Cacuaco”, declarou o candidato do MPLA a Presidente da República nas eleições gerais de 24 de Agosto.

Jornal de Angola

Imagem: Hospital Geral da província de Cabinda © Fotografia por: EDIÇÕES NOVEMBRO

Angola | APARENTEMENTE FOI TUDO VERDADEIRAMENTE – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Deus existe. E para reatarmos relações vou ser baptizado pela minha amiga Concha de Mascarenhas. A partir de hoje existem todos:  Suku, Nzambi, Alá, Jeová. Todos mesmo. Mas se Deus disser que Jonas Savimbi é um herói nacional e lutou pela independência de Angola nunca mais existe e cortamos relações até ao último nascer do sol. Acabam todos os deuses, menos Artemisa, a minha eterna deusa. Ela nunca cedeu ao amor nem à sedução dos homens. Com esta divindade nunca terei a mínima maka. O que é uma vantagem para o meu coração a falhar por todos os poros.

Se ouvir alguém dizer que é do MPLA mas vai votar no Adalberto, tenho a certeza certíssima de que está louco ou louca. Mesmo que me apresente papéis dizendo que está no seu juízo perfeito. Loucas e loucos varridos. Sigam o meu exemplo. 

Já me fizeram desfeitas terríveis. Insultaram-me. Agrediram-me. Não pagaram o meu trabalho honesto. Ocuparam a minha casa, muito minha, comprada com o meu dinheiro. Administradores da empresa onde trabalhava, nomeados pelo MPLA, roubaram o meu contrato de trabalho e deram-no ao Raúl Danda para exibi-lo na Assembleia Nacional. Nem um deputado condenou esta violação da minha vida pessoal. E o parlamento está repleto de juristas. Apesar de tudo, mesmo que muitíssimo zangado com alguns dirigentes do MPLA, nem morto votaria no Adalberto e na UNITA.

Nesta altura do texto já estão a murmurar: Este gajo não diz coisa com coisa. É bipolar. Não tem a mínima coerência. Um dia escreve que o Presidente José Eduardo dos Santos jamais votaria ou aconselharia, fosse quem fosse, a votar no Adalberto ou na UNITA. Muito menos uma filha. Sou coerente, reafirmo tudo o que escrevi. Juras para mim não valem nada. Trejuras ainda menos. Quando era miúdo a malta estava sempre a exclamar: Juro mesmo, sangue de Cristo! Estavam a mentir com a boca toda, inclusive o céu e os dentes. 

O Estado Angolano não pode mobilizar as suas instituições e muto menos altas figuras que o servem, para entrarem em maka com uma mulher que acaba de perder o pai. Poder pode, mas perdem todos. A diferença é que a senhora órfã não tem mais nada a perder e pode dar-se ao luxo de dizer que Jonas Savimbi é um herói nacional e Adalberto o salvador da pátria. O Estado não pode comportar-se como um desmiolado ou um catavento enlouquecido pelo vento que muda de direcção, segundo a segundo. Só um leproso moral ataca a parte mais fraca. 

A campanha eleitoral está aí e cada hora que passa, mostra de uma forma exuberante o que vem aí se o MPLA continuar a vender ossadas e memoriais. Uma amostra das fogueiras da Jamba chegou ontem às ruas de Luanda. As fogueiras vão alastrar a todo o país.

Angola | Campanha eleitoral arranca com distúrbios e feridos em Luanda

Campanha eleitoral arranca em Angola quando falta um mês para as eleições gerais. Em Luanda, abertura ficou marcada por descontentamento de moto-taxistas que reivindicavam pagamento de MPLA por participação em passeata.

Em Angola, arrancou este fim-de-semana a campanha eleitoral quando falta um mês para as eleições gerais.

Os principais partidos na corrida às eleições deram o ‘tiro de largada' neste sábado (23.07) com comícios em diferentes pontos do país. 

O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) deu o pontapé de saída na campanha eleitoral em Luanda, a maior praça política e eleitoral do país, juntando milhares de apoiantes, num ato de massas conduzido pelo presidente do partido, João Lourenço.

Entre as muitas promessas deixadas, está a construção de uma cidade, construída de raiz, nas imediações do futuro Aeroporto Internacional de Luanda, Dr. António Agostinho Neto.

"Com o novo Aeroporto Internacional, o país vai ganhar duas grandes infraestruturas, não simplesmente o aeroporto com as suas pistas, mas também a Cidade Aeroportuária que estará à volta", prometeu o líder do partido no poder.

Vandalismo em Luanda 

Na sequência do comício do MPLA, camisolas, bonés e bandeiras do partido foram queimados por moto-taxistas, que chegaram a colocar barricadas nas ruas e, mais tarde, dirigiram-se à Cidade Alta, a Presidência da República.  

Os moto-taxistas reivindicavam a promessa de pagamento de 10 mil kwanzas, o equivalente a cerca de 22 Euros, pela participação numa passeata a favor do MPLA. Ao se aproximarem da zona presidencial, foram travados por militares da Unidade de Defesa Presidencial, que respondeu com tiros para o ar.  

Na Ilha de Luanda, uma nuvem negra era visível, obrigando à intervenção de bombeiros, além de viaturas vandalizadas. Há registo de vários feridos e detidos.

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