quarta-feira, 27 de julho de 2022

A GUERRA PSICOLÓGICA COM RECURSO A GRÃOS

Martinho Júnior, Luanda

A PROPAGANDA COMO UMA SUPOSTA ARMA DE INTELIGÊNCIA

01- A Ucrânia não é um dos maiores produtores de alimentos e mesmo em relação ao trigo é apontada como o 5º produtor mundial, pelo que a massiva propaganda de fome no mundo por causa desse país não conseguir exportar seus produtos através dos portos do Mar Negro, é pura propaganda, que tenta esconder outros factos e outros propósitos!

Em relação à produção de trigo o quadro em 2019 é esclarecedor:

. A Rússia é o primeiro produtor mundial de trigo com uma fatia equivalente a 16,42% do bolo global;

. Os Estados Unidos, com 16,39% seguem-se-lhe;

. O Canadá é o 3º, com 13,46%;

. A França produziu 10,66%;

. A Ucrânia, finalmente, atingiu a produção de 9,36% e nesse ano foi o 5º produtor mundial.

De 2019 para cá a Rússia incrementou em cerca de 20% a sua produção alimentar, por causa duma combinação de factores favoráveis, uns em função do aquecimento global (que no imenso espaço territorial russo propicia um aumento exponencial de terras aráveis), outros em função da utilização de cada vez mais tecnologias modernas aplicáveis à agricultura e criação de gado e outros ainda dada a produção de fertilizantes em grande escala (a Rússia responde por 15,6% da exportação global de fertilizantes, ou seja é o primeiro exportador mundial).

Quando o “ocidente” sancionou a Rússia, as exportações de grãos produzidos na Federação decresceu, tal como a exportação de fertilizantes e afectou os consumidores, entre os quais se encontram os países africanos.

O decréscimo resulta das sanções muito mais do que por causa do alegado “bloqueio naval aos portos ucranianos”, de facto inactivos por causa da disseminação de minas ucranianas por todo o Mar Negro e até por que, sendo a Ucrânia um menor produtor, não podia por si suprir a escassez.

As sanções à Rússia aplicaram-se aos portos e transportes marítimos e não directamente aos grãos, pelo que a escassez é razão directa das tomadas de decisão do “ocidente” de mentalidade colonial e neocolonial quando disseminou sanções sem olhar a consequências!

Por outro lado e de facto, a Ucrânia tem tido a oportunidade de exportar os seus grãos por terra, para a Roménia e a Polónia, pelo que uma parte de seus silos esvaziaram-se dessa maneira e não por via do “bloqueio” autoinfligido a seus portos no Mar Negro (em especial Odessa, Chomomorsk, Yuzny, Ochakiv e Nicolaiv, todos a oeste da Crimeia)...

Alemanha quase sem gás mas com milhões para armamento que fornece à Ucrânia

ALEMANHA ENTREGOU O PROMETIDO MARS-II MLRS PARA A UCRÂNIA... E MAIS

#Traduzido em português do Brasil 

Em 26 de julho, a ministra da Defesa alemã, Christina Lambrecht, disse que a Alemanha entregou os prometidos sistemas de foguetes de lançamento múltiplo (MLRS) do tipo Mars II para a Ucrânia. Mais três obuses autopropulsados ​​Panzerhaubitze 2000 também foram entregues a Kiev.

Christina Lambrecht não especificou o número exato de MLRS entregues às Forças Armadas da Ucrânia, mas antes Berlim prometeu transferir três obuses para Kiev.

Em 23 de julho, a ministra da Defesa, Christine Lambrecht, afirmou que os militares alemães treinariam soldados ucranianos nos sistemas de foguetes de lançamento múltiplo Mars II. O treinamento, que acontecerá na Alemanha, pode começar ainda esta semana.

O MARS é uma atualização alemã do americano M270 MLRS que tem o mesmo layout composto por dois pods de seis tubos de lançamento capazes de disparar foguetes não guiados de 230 mm montados em um chassi de esteira com cabine dupla. O MARS II/MLRS-E atualizado com o novo GMLRS é capaz de conduzir o engajamento de alta precisão de alvos pontuais e individuais e é usado como uma arma de atirador de artilharia.

Anteriormente, o chefe do Ministério da Defesa alemão afirmou que a Alemanha não poderia patrocinar a AFU com armas por muito tempo devido à falta de recursos militares na Bundeswehr.

South Front

KASTOUS KALINOVSKI, A ALIANÇA DE NEONAZIS E DEMOCRATAS-CRISTÃOS

Donbass Insider | análise

#Traduzido em português do Brasil

Kastous Kalinovski é um regimento composto por bielorrussos que foi formado recentemente. É o resultado de uma aliança dos primeiros neonazis que vieram lutar na Ucrânia em 2014-2015 com dissidentes políticos da Frente Jovem liderada pela ex-candidata presidencial Svetlana Tikhanovskaya, agora exilada. 

Os veteranos da operação ATO e os neonazis formam os quadros experientes do regimento, sendo a massa fornecida por esses ativistas muito jovens, essencialmente democratas-cristãos. Muitos já estavam lá, nas Casas Bielorrussas formadas em 2020-2021, na Ucrânia, Polônia e Lituânia, com dinheiro dos EUA e países da UE. Tikhanovskaya se proclamou em Paris (março de 2022) como a verdadeira representante do povo bielorrusso e é uma agente da CIA, com a USAID financiando todos esses oponentes “democráticos” por um longo tempo. De acordo com ela, este primeiro regimento foi a base de um “exército de libertação da Bielorrússia”… que então desceria sobre este país e sobre a Rússia. Um projeto maluco que, no entanto, empurrou centenas de jovens bielorrussos para suas fileiras, verdadeira bucha de canhão que já pagou o preço do sangue em Lisichansk e Nikolaiev.

Da gênese do batalhão ao regimento

O batalhão foi formado por ex-voluntários bielorrussos que serviram nos batalhões de represália ucranianos da operação ATO contra o Donbass. Sua base de retaguarda era a Casa da Bielorrússia em Varsóvia, que servia como centro de recrutamento para dissidentes políticos da Frente Jovem e outros movimentos bielorrussos que trabalhavam contra o regime do presidente Lukashenko. Os fundos iniciais foram fornecidos pela Polônia, inclusive para a aquisição de armas antitanque e rifles de assalto. A ex-candidata presidencial Svetlana Tikhanovskaya pediu que seus ativistas a apoiem, se juntem a ela e que os ocidentais a financiem. Os primeiros voluntários se reuniram em Kiev, na Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia, ou Legião Estrangeira Ucraniana (fevereiro de 2022). Os primeiros elementos do batalhão serviram na defesa de Kiev e da região de Butcha. O batalhão foi empossado na Ucrânia, tornando-se oficialmente parte do Exército ucraniano (25 de março de 2022). Naquela época, tinha uma força de cerca de 200 combatentes bielorrussos. Mais tarde foi transformado em regimento (maio), com dois batalhões: Litvin e Volat. De acordo com os próprios desertores bielorrussos, cerca de 1.500 bielorrussos estavam servindo no exército ucraniano (início de julho). Os objetivos declarados do regimento são lutar com a Ucrânia, invadir a Bielorrússia e derrubar o presidente Lukashenko, que, como Yanukovych na Ucrânia, é considerado uma criatura de Moscou. Os diferentes quadros também afirmaram que isso teria que ser feito através da destruição da Rússia, que era vista como um perigo permanente. Nos vários discursos, quer a sua destruição total quer a sua 'libertação' contando com as forças da oposição.

A aliança dos neonazis com os democratas-cristãos

A grande diferença com o período Maydan ucraniano é que, ao contrário da organização Zagin Pogonia, os dissidentes bielorrussos eram muito mais numerosos devido à contribuição dos exilados de 2020-2021. Enquanto os de 2014-2015 eram todos ultranacionalistas ligados ao neonazismo e ao Partido Pravy Sektor, os novos recrutas agora vinham principalmente do movimento Frente Jovem e ativistas da candidata presidencial de 2020 Svetlana Tikhanovskaya. Cerca de 200 neonazistas lutaram nos primeiros dias da operação ATO (talvez mais alguns), mas hoje os democratas-cristãos fornecem uma bucha de canhão grande, jovem e motivada. Esse jovem havia saído às ruas em resposta ao chamado de opositores políticos para as eleições presidenciais de 2020. Tikhanovskaya ou a Frente Jovem foram claramente apoiados e financiados do exterior, da Polônia, Lituânia e Ucrânia em particular, mas principalmente pela USAID e pela CIA. Os quadros principais são mesmo agentes e foram formados e recrutados pelos americanos, como mostra, por exemplo, este muito interessante relatório sobre os planos dos EUA para a Europa de Leste (2005). Podemos observar aqui a mesma aliança que foi criada durante o Maydan ucraniano (inverno 2013-2014), entre neonazistas e banditismo e movimentos europeístas, estudantes e vários democratas-cristãos, muito próximos dos seus homólogos na Polónia ou na Lituânia. Vários milhares de dissidentes bielorrussos, muitas vezes muito jovens, fugiram da Bielorrússia (final de 2020, início de 2021). A Ucrânia e a Polônia aproveitaram isso para fundar, com a ajuda de dinheiro americano, Casas da Bielorrússia em várias cidades. Essas casas permitiam que fossem acolhidos, treinados, doutrinados e, logo após o início da operação especial russa, recrutados. Eles agora formam o maior contingente do regimento Kastous Kalinovski, mas colocam um grande problema: 1) eles vêm de movimentos pacifistas, bastante cristãos, democráticos e europeístas, 2) eles não têm experiência militar e nem armas, 3) eles sonham em uma Bielorrússia idêntica à Polónia, ou seja, a entrada na União Europeia, um nível de vida mais elevado, as vantagens aparentes da Europa Ocidental. Seus objetivos estão, portanto, em completa contradição com os líderes nacionalistas que comandam o regimento. Eles também não são treinados em combate e exigirão treinamento extensivo. As recentes batalhas em que o comandante do batalhão Martchouk foi morto demonstraram a má preparação desses homens. De um pelotão de onze soldados, apenas cinco voltaram abandonando os corpos de seus camaradas, e dois homens se renderam aos russos quase sem lutar. Esses dissidentes muito jovens, às vezes com menos de 20 anos, também vêm de uma juventude parcialmente globalizada, das cidades e das classes médias ou ricas. Do ponto de vista simples das qualidades rústicas e físicas necessárias (para não falar das qualidades militares), esses homens só poderão se acostumar ao combate depois de muitos meses ou até um ou dois anos na linha de frente. É por isso que a propaganda dos dissidentes bielorrussos e da mídia ucraniana engrandece esses homens e mostra apenas as poucas figuras neonazistas dos veteranos da operação ATO, mais marciais e, em última análise, tranquilizadoras, do que os jovens recém-saídos da adolescência que ontem estavam mais interessados ​​em videogames ou seus telefones. e dois homens se renderam aos russos quase sem luta. Esses dissidentes muito jovens, às vezes com menos de 20 anos, também vêm de uma juventude parcialmente globalizada, das cidades e das classes médias ou ricas. Do ponto de vista simples das qualidades rústicas e físicas necessárias (para não falar das qualidades militares), esses homens só poderão se acostumar ao combate depois de muitos meses ou até um ou dois anos na linha de frente. É por isso que a propaganda dos dissidentes bielorrussos e da mídia ucraniana engrandece esses homens e mostra apenas as poucas figuras neonazistas dos veteranos da operação ATO, mais marciais e, em última análise, tranquilizadoras, do que os jovens recém-saídos da adolescência que ontem estavam mais interessados ​​em videogames ou seus telefones. e dois homens se renderam aos russos quase sem luta. Esses dissidentes muito jovens, às vezes com menos de 20 anos, também vêm de uma juventude parcialmente globalizada, das cidades e das classes médias ou ricas. Do ponto de vista simples das qualidades rústicas e físicas necessárias (para não falar das qualidades militares), esses homens só poderão se acostumar ao combate depois de muitos meses ou até um ou dois anos na linha de frente. É por isso que a propaganda dos dissidentes bielorrussos e da mídia ucraniana engrandece esses homens e mostra apenas as poucas figuras neonazistas dos veteranos da operação ATO, mais marciais e, em última análise, tranquilizadoras, do que os jovens recém-saídos da adolescência que ontem estavam mais interessados ​​em videogames ou seus telefones. Esses dissidentes muito jovens, às vezes com menos de 20 anos, também vêm de uma juventude parcialmente globalizada, das cidades e das classes médias ou ricas. Do ponto de vista simples das qualidades rústicas e físicas necessárias (para não falar das qualidades militares), esses homens só poderão se acostumar ao combate depois de muitos meses ou até um ou dois anos na linha de frente. É por isso que a propaganda dos dissidentes bielorrussos e da mídia ucraniana engrandece esses homens e mostra apenas as poucas figuras neonazistas dos veteranos da operação ATO, mais marciais e, em última análise, tranquilizadoras, do que os jovens recém-saídos da adolescência que ontem estavam mais interessados ​​em videogames ou seus telefones. Esses dissidentes muito jovens, às vezes com menos de 20 anos, também vêm de uma juventude parcialmente globalizada, das cidades e das classes médias ou ricas. Do ponto de vista simples das qualidades rústicas e físicas necessárias (para não falar das qualidades militares), esses homens só poderão se acostumar ao combate depois de muitos meses ou até um ou dois anos na linha de frente. É por isso que a propaganda dos dissidentes bielorrussos e da mídia ucraniana engrandece esses homens e mostra apenas as poucas figuras neonazistas dos veteranos da operação ATO, mais marciais e, em última análise, tranquilizadoras, do que os jovens recém-saídos da adolescência que ontem estavam mais interessados ​​em videogames ou seus telefones. das cidades e das classes médias ou ricas. Do ponto de vista simples das qualidades rústicas e físicas necessárias (para não falar das qualidades militares), esses homens só poderão se acostumar ao combate depois de muitos meses ou até um ou dois anos na linha de frente. É por isso que a propaganda dos dissidentes bielorrussos e da mídia ucraniana engrandece esses homens e mostra apenas as poucas figuras neonazistas dos veteranos da operação ATO, mais marciais e, em última análise, tranquilizadoras, do que os jovens recém-saídos da adolescência que ontem estavam mais interessados ​​em videogames ou seus telefones. das cidades e das classes médias ou ricas. Do ponto de vista simples das qualidades rústicas e físicas necessárias (para não falar das qualidades militares), esses homens só poderão se acostumar ao combate depois de muitos meses ou até um ou dois anos na linha de frente. É por isso que a propaganda dos dissidentes bielorrussos e da mídia ucraniana engrandece esses homens e mostra apenas as poucas figuras neonazistas dos veteranos da operação ATO, mais marciais e, em última análise, tranquilizadoras, do que os jovens recém-saídos da adolescência que ontem estavam mais interessados ​​em videogames ou seus telefones.

A ENTRADA DA UCRÂNIA NA NATO VALE QUANTAS VIDAS HUMANAS?

Pedro Tadeu | Diário de Notícias | opinião

A guerra na Ucrânia matou, segundo um relatório da ONU de há um mês, pelo menos, no mínimo dos mínimos, 4731 civis. O número de soldados mortos é, também no mínimo dos mínimos, de 10 a 11 mil pessoas.

Esta tragédia começou porquê?... Não, não vou falar do Euromaidan, do golpe de Estado de 2014, da guerra civil no Donbass, pois, se o fizer, dizem logo que sou putinista, que qualquer contextualização histórica do conflito serve os interesses do governo russo, que não se pode relativizar a invasão, que o que interessa é o começo da guerra.

Muito bem, aceitarei, derrotado pelo cansaço e mortinho para ir de férias, essa argumentação. Passo então a analisar o começo da guerra sem fazer qualquer enquadramento histórico.

Quando a guerra começou, li centenas de vezes nos melhores órgãos de comunicação social do mundo antiputinista, o governo da Ucrânia, na sua inocência, só queria poder fazer uma coisa: entrar na NATO. Foi esse o pretexto para a invasão ordenada por Putin, que exigia que essa entrada não acontecesse, para garantir um "tampão" no avanço de instalações militares da Aliança Atlântica junto à sua fronteira.

O presidente norte-americano e os líderes europeus juntaram-se ao presidente ucraniano e proclamaram: "A Ucrânia tem todo o direito de entrar na NATO e a Rússia não tem a nada a ver com isso". O que, à luz da abstrata autodeterminação e independência dos Estados tem, sem dúvida, lógica.

Acontece que a defesa da concretização do direito da Ucrânia de pertencer à NATO vale, segundo essa lógica, o preço de todas as vidas, entretanto, perdidas, mais os 6,5 milhões de desalojados, os 10 milhões de refugiados, uma enorme devastação, a ameaça de uma guerra nuclear, o perigo do crescimento da fome no mundo, uma crise energética, a possibilidade da generalização da pobreza na Europa rica, a entrada da era da globalização numa era global de medo - tudo coisas previsíveis (e foram-no!) antes da guerra começar.

O lado moralmente certo da guerra na Ucrânia não é apoiar Zelensky contra Putin. É contestar os dois e é combater pela paz.

A lógica que levou a Ucrânia a não ceder na questão da sua entrada na NATO é, portanto, uma lógica assassina, tão assassina quanto a lógica apresentada pelo poder russo para justificar o começo da invasão do país vizinho.

Porém, ao fim de cinco meses de guerra, as razões do seu início são, para muita gente, irrelevantes, secundarizadas pela evolução das tropas no terreno, a avalanche de imagens de aflição e de morte, as denúncias de crimes de guerra, a corrida generalizada aos armamentos, os movimentos e confrontos diplomáticos por todo o mundo.

Para mim, porém, são relevantes. São as razões do começo da guerra que me levam a recusar o entrincheiramento que me exigem: "Ou és pro-Zelensky ou és um traidor".

Além de o meu país não ser a NATO, não ser a União Europeia, nem ser a Ucrânia (é Portugal, e isso não é a mesma coisa), a condenação moral que se faz a todos os que não embarcam no navio do entusiasmo suicida em que navegam os dirigentes ocidentais e da Rússia é um lamentável exercício de hipocrisia.

Quem apoia incondicionalmente o governo da Ucrânia não apoia a proibição de partidos políticos no país, mesmo de insuspeitos de comunismo ou de apoio à Rússia? Não apoia o fim da liberdade de opinião? Não apoia as infiltrações nazis no Exército e no governo? Não apoia a mal explicada perseguição a 650 responsáveis ucranianos por suspeitas de conluio com os russos? Não apoia o despedimento da procuradora-geral ucraniana que investigava crimes de guerra? Não apoia a demissão sucessiva, desde o princípio da guerra, de governantes, de autarcas, de responsáveis militares, de segurança, da espionagem, de embaixadores, numa evidente, constante e autoritária operação de concentração de poder absoluto? Não apoia os crimes de guerra ucranianos que a ONU, a par dos crimes russos, já identificou? Não apoia a utilização ucraniana de armamento de destruição de alvos civis, tal como fazem os russos? Não apoia o torniquete informativo que nos cerca, tal como a Rússia faz?

O lado moralmente certo da guerra na Ucrânia não é apoiar Zelensky contra Putin. É contestar os dois e é combater pela paz.

É por isso, para reclamar pela paz, que, entre outras coisas, lá estou a ajudar a fazer a Festa do "Avante!" que, pelos vistos, não terá a visita de José Milhazes, o suposto democrata que na TV tentou lançar um anátema moral sobre artistas que lá vão trabalhar e que não pensam exatamente como ele - como se a sua admiração por Vladimir Zelensky não fosse, como o tempo está a comprovar, moralmente equivalente a uma admiração por Vladimir Putin.

*Jornalista

Portugal | Crise para todos? Não, a Galp tem lucros de 420 milhões de euros

Os trabalhadores relembram o encerramento criminoso da refinaria do Porto e que há uma drenagem da economia portuguesa. O Governo continua a recusar taxar lucros extraordinários das empresas energéticas.

Os lucros da Galp subiram 153% no primeiro semestre, face a igual período de 2021, para 420 milhões de euros, com o resultados a reflectirem um «desempenho operacional robusto», divulgou esta segunda-feira a empresa.

No ano passado o resultado líquido da Galp tinha sido 166 milhões de euros.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Galp adianta que no segundo trimestre o lucro alcançou os 265 milhões de euros, o que compara com 140 milhões de euros em termos homólogos.

«Os resultados da Galp no segundo trimestre reflectem um desempenho operacional robusto, com a empresa a capturar com sucesso as condições favoráveis de mercado, nomeadamente nas actividades de 'upstream', refinação e renováveis», lê-se no comunicado enviado pela a empresa à CMVM.

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) ajustado foi de 2.114 milhões de euros, um aumento de 97% face a igual período de 2021, e no segundo trimestre ascendeu a 1244 milhões de euros, valor que compara com 571 milhões de euros um ano antes.

Para "ganhar o respeito do povo" é preciso "prometer e concretizar" - Nuno Santos

O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, recusou, esta terça-feira, falar sobre as polémicas à volta da decisão sobre a instalação do novo aeroporto de Lisboa e disse que "para ganhar o respeito do povo" é preciso "prometer e concretizar".

"Estou na política para trabalhar e sinto-me bem quando conseguimos concretizar porque é isso que a população espera. Temos de ter a capacidade de prometer e fazer, concretizar. É só assim que ganhamos o respeito do povo", disse Pedro Nuno Santos em resposta à comunicação social.

Em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, quando falava aos jornalistas à margem da assinatura de protocolos na Câmara Municipal, Pedro Nuno Santos disse de imediato que "compreendendo a insistência", não falaria sobre o novo aeroporto. "Não tenho nada para dizer sobre esse tema", disse.

O ministro - que foi a Gaia presidir a uma cerimónia onde foi revelado que a Infraestruturas de Portugal (IP) se compromete a fazer, a partir de setembro, um estudo de viabilidade sobre a substituição de passagens superiores pedonais por interiores na Linha do Norte, um tema que tem gerado muita contestação a nível local -- disse que é preciso ter "capacidade de prometer e fazer, concretizar".

Já no discurso, Pedro Nuno Santos falou da ferrovia e apelidou os projetos atuais nesta área de "verdadeira revolução".

"Não tem precedente na história recente do nosso país o que estamos a fazer na ferrovia. Concentrámo-nos durante décadas no automóvel e deixámos para trás o melhor e mais importante meio de transporte do futuro que é o comboio. Ainda bem que hoje também começam a aparecer os exigentes", referiu.

E, perante o vice-presidente da IP, Carlos Fernandes, e do presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues (PS), disse que Gaia "vai estar no eixo da nova linha Porto-Lisboa, Porto-Vigo", no "grande investimento infraestrutural para a próxima década".

"Gaia vai pontuar e ganhar mais centralidade na região norte", referiu.

À margem, sobre esta matéria, o governante apenas apontou que o projeto será apresentado "nos próximos meses".

A cerimónia de hoje também serviu para assinar um protocolo entre a Câmara de Gaia e o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) que visa a construção de habitação com rendas acessíveis.

Pedro Nuno Santos apontou que Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) "serve para resolver problemas da população" e que neste "só há dinheiro para a habitação porque o Governo quis".

"Portugal é o país da União Europeia que destina mais dinheiro à habitação", referiu.

Jornal de Notícias | agências

Portugal | MENTIRA OU IGNORÂNCIA? VENTURA QUE ESCOLHA

Rafael Barbosa* | Jornal de Notícias | opinião

Recorde-se o filme dos acontecimentos: primeiro, André Ventura expôs as suas teorias xenófobas no Parlamento; depois, Augusto Santos Silva decidiu que, mais importante do que manter a imparcialidade do cargo de presidente da Assembleia da República, era contrariar ele próprio o populismo histriónico; e esse foi o pretexto para o número circense em que Ventura e respetiva corte abandonaram o plenário. Tenho ouvido dizer que, neste episódio, o único que ganhou alguma coisa foi André Ventura. Permito-me discordar. Não há nada a ganhar na política com a ignorância ou a mentira (terá de ser o líder do Chega a esclarecer qual o substantivo que melhor se aplica).

Recorde-se o que disse Ventura, enquanto se discutia uma proposta de alteração à Lei dos Estrangeiros: "Já temos tantos e de tantas etnias, que nós não podemos dizer a mais para virem porque já estamos a pagar demais. E às vezes os portugueses perguntam-se porque é que pagamos tantos impostos. E há uma resposta tão fácil para isso: pagamos tantos impostos porque andamos a sustentar os que cá estão e não querem fazer nada; os que querem vir e não querem fazer nada; e ainda os que querem vir ilegalmente e viver à nossa custa".

Contraponham-se os factos à mentira (ou ignorância), mas apenas relativamente aos que já cá estão (o que pensam fazer os que estão para vir, de forma legal ou ilegal, deixemos para o Zandinga da política portuguesa): segundo dados de 2020, os imigrantes entregaram 1075 milhões de euros à Segurança Social. E receberam em subsídios 273 milhões de euros. Ou seja, o saldo foi positivo em 802 milhões de euros. Dito de outra forma, no caso da população imigrante havia 64 contribuintes por cada cem residentes. É pouco? No caso dos cidadãos portugueses, eram 45. No que diz respeito a beneficiários, havia 52 em cada cem imigrantes. Demasiados? No caso dos portugueses eram 83.

A verdade é tão esclarecedora que apetece perguntar sobre quem acrescenta mais valor ao país: um grupo de 12 imigrantes nepaleses, ou brasileiros, ou marroquinos, ou ucranianos, gente que dá lucro à Segurança Social e ao Estado; ou um grupo de 12 deputados do Chega, que, afinal (e para usar o mesmo tipo de retórica de café que os próprios aperfeiçoaram), vivem à conta dos contribuintes e dão prejuízo ao Estado?

*Diretor-adjunto

HABEMUS ACORDO. E GÁS? -- um Curto sem 'espinhas' e simplesmente gazeante

Por que se desperdiça tanto gás-pum no Ocidente?

Cristina Figueiredo | Expresso (curto)

Hoje os russos fecham mais um bocadinho a torneira do gasoduto Nordstream 1 e os fluxos de gás para a Alemanha (que, em face da crise, já reequaciona o nuclear) vão descer para 20% (desde junho que já só estavam a 40%). Coincidência que seja exatamente um dia após 26 dos 27 países da União Europeia terem chegado a um acordo para a redução do consumo de gás no continente até 15%? O Kremlin assegura que sim, diz que o corte no fornecimento se deve única e exclusivamente ao facto de o Canadá não devolver uma turbina do gasoduto (que foi para reparação naquele país), no âmbito da aplicação das sanções contra a Rússia pela invasão da Ucrânia. Mas ninguém acredita, a começar nos mercados: ontem os preços do gás subiram 20% e os preços da eletricidade, em consequência disso, também vão continuar a aumentar; já o euro voltou a cair face ao dólar. O FMI está pessimista para 2023: fala em estagnação, se não mesmo contração, da zona euro (e num dos piores crescimentos económicos mundiais desde 1980).

Neste contexto, a única boa notícia (e já não é pouco) é mesmo a Europa ter conseguido manter-se unida e responder ao uso do gás como arma diplomática por parte de Moscovo com um acordo a 26 (a Hungria ficou de fora) para um plano de poupança de gás (e consequente aceleração da libertação da dependência energética da Rússia) até à primavera de 2023. Algo que só foi possível porque as exceções (mais que muitas) permitem acomodar praticamente todas as reivindicações dos Estados-membros, a começar por Portugal e Espanha que na semana passada se prestaram ao (triste) papel de aparecer como pouco solidários, vingativos até (de tomadas de posição dos frugais durante a crise das dívidas soberanas), em relação aos países do Norte. Para compreender a "evolução" nacional é revisitar as razões para o inicial rotundo não e os argumentos, menos de uma semana depois, para o completo sim. Perdeu-se uma boa oportunidade, como se costuma dizer, para estar calado.

Angola | Falaram Tanto que a Morena Foi Embora – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Samba é Ataúlfo Alves numa aliança fraterna com Mário Lago. Ao Ataúlfo chamavam Garnisé por ser pequenino e cantar como ninguém. Mas foi tão grande como o pensamento livre. Mário Lago era um dos maiores actores do Brasil mas como letrista do Garnisé foi único e irrepetível. Os dois criaram sambas que fazem parte da riquíssima história da grande música negra.

Ataúlfo cantou, compôs, tocou violão, cavaquinho e bandolim. Uma das suas composições foi interpretada por Carmem Miranda e por essa via entrou no mundo artístico. Encheu os corações de milhões de fãs, desde o Rio de Janeiro ao Negage, mas nunca se pronunciou sobre as suas opções políticas. 

O seu parceiro Mário Lago extravasou o mundo dos palcos e dos ecrãs de cinema. Foi um militante comunista muito activo e deu a cara na campanha que levou Lula da Silva à sua primeira vitória eleitoral para a Presidência da República. Estou à espera da próxima vitória, camarada Lula!. Era excepcionalmente culto e elevou a arte de representar a um patamar inigualável.

No meu pequeno mundo, Ataúlfo Alves e Mário Lago têm um lugar de eleição porque deram à arte popular uma grandeza tal, que a partir deles ruíram as torres de marfim onde poetas macilentos e músicos desgrenhados olhavam com desdém para a humanidade que respira com a pele encostada ao chão. Os rurais ganharam visibilidade e passaram a ser vistos como almas doces e sensíveis. Meninas, não se esqueçam, eu sou um rural da Kapopa!

A nossa festa chama-se eleições gerais. Kizomba total. Quem não tem preparação pode dançar di lento, peito com peito, cara a cara. Que ninguém siga o rasto dos ateadores de fogueiras. Ninguém desça ao nível dos motoqueiros incendiários. Ninguém dê importância a Adalberto, controlado por Chivukuvuku, trela curta, discursos revistos palavra a palavra. 

Quem manda na campanha é aquele que ameaçou reduzir Angola a pó e balcanizar o país, esse mesmo, Abel Chivukuvuku. Depois meteu-se num golpe de estado, falhou, foi gravemente ferido, os médicos salvaram-no e renunciou ao Savimbi. Está de regresso cheio de guso para novos golpes.

Angola | Distúrbios em Luanda terão sido provocados por "infiltrados"

A organização da passeata de motoqueiros para "enaltecer" o PR, na abertura da campanha eleitoral em Luanda, garante que as promessas de gratificação foram cumpridas e aponta "infiltrados" como causadores dos distúrbios.

No passado sábado (23.07), cerca de 14 mil motoqueiros foram recrutados para uma passeata em Luanda, a fim de "enaltecer os feitos do Presidente João Lourenço", uma iniciativa que acabou por ficar marcada por distúrbios em vários pontos da cidade, incluindo a zona turística da Ilha do Cabo e as proximidades da Cidade Alta, junto do Tribunal de Justiça, de elevada segurança.

Pelo menos uma viatura foi incendiada por motoqueiros enfurecidos que, em vídeos que circularam nas redes sociais, queimaram também material de propaganda com a efígie do Presidente da República, reclamando o pagamento de 10.000 kwanzas (cerca de 30 euros) que lhes teriam sido prometidos para se juntarem à passeata, que aconteceu no mesmo dia em que João Lourenço, nas vestes de presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder), realizou um megacomício em Luanda

Em declarações à Lusa, Wankana Oliveira, secretário para a informação da Associação de Jovens Unidos e Solidários (AJUS), confirmou que os coordenadores das "placas" (local onde se juntam os taxistas e mototaxistas) prometeram gratificações aos participantes, cujo valor não quis revelar, nomeadamente para pagar o combustível.

Segundo Wankana Oliveira, os promotores, que já tinham organizado passeatas semelhantes, ficaram surpreendidos com a elevada adesão, mas não ficou em causa o cumprimento das promessas.

"Muitos motoqueiros aderiram porque sabem quem está na organização e as pessoas sabem que (Mário Durão, presidente da AJUS) é uma pessoa séria e que cumpre com as suas obrigações", disse.

Questionado sobre os motivos que levaram os participantes a revoltarem-se, considerou haver um "aproveitamento político" da situação que terá sido levado a cabo por algumas pessoas "devidamente infiltradas e orientadas".

"Algumas pessoas decidiram sair [do cortejo] e foram fazer desmandos, não teve nada a ver com o facto de não haver gratificação", garantiu o responsável da AJUS.

Admitindo ser militante do MPLA -- tal como Mário Durão -- Wankana Oliveira rejeitou, no entanto, associar a passeata ao partido, salientando que a AJUS "também tem militantes da UNITA [União Nacional para a Independência Total de Angola, oposição]".

Reiterou que a passeata serviu para "enaltecer os feitos do Presidente, e não do MPLA", embora tenham dado a conhecer a realização da mesma às estruturas provinciais do partido.

São Tomé e Príncipe: "Estamos na iminência de um golpe institucional"

Ação Democrática Independente acusa o presidente do Parlamento são-tomense de forçar a aprovação da lei das zonas francas e offshore e incluir o país no grupo de paraísos de crime internacional e lavagem de dinheiro.

"Estamos na iminência de um golpe de Estado institucional que resultará na venda a saque de São Tomé e Príncipe. Se forem para frente com este plano o nosso país cairá para o poço dos Estados falhados e paraísos de crime internacional e lavagem de dinheiro", disse esta terça-feira (26.07) o secretário-geral da ADI, Américo Ramos, numa conferência de imprensa onde esteve acompanhado pela vice-presidente e o líder parlamentar da ADI (oposição), respetivamente, Celmira Sacramento e Abnildo Oliveira.

A reação do maior partido da oposição surge na sequência do adiamento, para quinta-feira, da sessão plenária prevista para esta terça-feira, que inclui na ordem do dia a "apreciação do ato normativo do Presidente da República, relativamente a devolução do diploma que aprova o código das atividades francas e offshore".

Segundo a ADI, o presidente do Parlamento quer forçar o Presidente da República a promulgar a lei, após a sua aprovação "com uma maioria de apenas 29 deputados e não uma maioria qualificada, que é de 2/3, ou seja, 37 deputados".

A ADI entende que esta interpretação feita por um assessor de uma comissão especializada da Assembleia Nacional é "completamente desviante do verdadeiro conceito da maioria qualificada" e tem o propósito de "violar grosseiramente a Constituição da República".

"Toda essa persistência em torno da aprovação do diploma da Zona Franca, leva a desconfiar que o senhor Delfim Neves fez promessas à pessoas estrangeiras que procuram um país que seja um paraíso para lavarem dinheiro, sendo que no âmbito destas promessas poderá estar naturalmente o enriquecimento ilícito de certas pessoas, e o dinheiro para financiar a campanha de certos movimentos políticos que surgiram a última da hora, como se fez nas presidências com o financiamento de campanha do candidato Delfim Neves às presidenciais e que nunca chegou a apresentar ao Tribunal Constitucional o relatório e contas", disse Américo Ramos.

Dívidas ocultas: Extradição de Chang aguarda decisão da Justiça sul-africana

MOÇAMBIQUE

Extradição do ex-ministro das Finanças moçambicano Manuel Chang, pedida pelos EUA e Moçambique, aguarda decisão de plenário de juízes sul-africanos.

Em conferência de imprensa, o ministro da Justiça da África do Sul, Ronald Lamola, anunciou esta segunda-feira (25.07) que "o caso está com o SCA [Supremo Tribunal de Recurso, na sigla em inglês] para argumentação e também para decisão. É onde se encontra o caso", referiu.

Lamola convocou uma conferência de imprensa para atualizar o país sobre os casos de extradição em curso de vários fugitivos à justiça.

Mais tarde, Chrispin Phiri, porta-voz do ministro da Justiça sul-africano, corrigiu a informação.

"Não é o SCA [Supremo Tribunal de Recurso], mas sim um plenário de juízes do 'High Court'. Pedimos desculpas pela confusão", afirmou Phiri em declarações à agência de notícias Lusa.

De acordo com um segundo comunicado também enviado à Lusa por Chrispin Phiri, o Ministério da Justiça da África do Sul salientou que, desde o indeferimento do recurso moçambicano pelo Tribunal Constitucional do país em junho deste ano, "o Governo moçambicano solicitou autorização para recorrer a um plenário de juízes do Tribunal Superior". 

"O caso foi ouvido em 20 de junho de 2022 e aguarda-se julgamento", concluiu Phiri.

Cabo Delgado: Assalto à base em Macomia fez dezenas de rebeldes mortos

MOÇAMBIQUE

Principal base dos insurgentes em Macomia, base Catupa, na província moçambicana de Cabo Delgado, era considerada estratégica para os rebeldes e foi assaltada pelas forças governamentais há três semanas.

O coordenador do teatro operacional norte nas Forças Armadas de Moçambique disse este sábado (23.07) que dezenas de rebeldes foram mortos durante a operação que culminou com o assalto à principal base dos insurgentes em Macomia, na província de Cabo Delgado.

"As nossas forças em operações mataram dezenas de terroristas e apreenderam material bélico e informático", disse Omar Saranga à comunicação social estatal em Macomia, durante uma visita à base Catupa, que era considerada estratégica para os rebeldes e que foi assaltada pelas forças governamentais há três semanas.

A base Catupa estava localizada numa mata densa do distrito de Macomia e albergava rebeldes que fugiram das operações militares que culminaram com a recuperação de Mocímboa da Praia, em agosto do ano passado.

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