domingo, 30 de outubro de 2022

Brasil – Eleições | LULA DA SILVA, UMA RESSURREIÇÃO

O primeiro trabalhador a chegar à presidência do Brasil, tirou milhões da pobreza e passou 20 meses na cadeia acaricia um terceiro mandato aos 77 anos nas eleições de domingo

#Publicado em português do Brasil

Poucas pessoas viajaram tanto pelo mundo e viram tão pouco fora de hotéis, palácios e escritórios como Luiz Inácio Lula da Silva (77 anos, Garanhuns, Pernambuco). Ele já era o ex-presidente do Brasil. quando, em viagem oficial à Índia, não reservou um momento fora da agenda oficial, nem mesmo para fazer uma breve escapada e visitar um dos mais belos monumentos do mundo. “Nos últimos anos, Lula não fez nada além de política. Ele não aproveita nenhuma viagem para ver nada. Na Índia, ele nem viu o Taj Mahal. Ele ficou no hotel recebendo políticos”, revela seu biógrafo e amigo Fernando Morais, que há uma década segue seus passos, por telefone.

A política é o combustível que alimenta esse homem pragmático e camaleônico que, após sua queda em desgraça, protagoniza a mais inesperada ressurreição política dos últimos tempos. Ele acaricia um terceiro mandato à frente da primeira potência da América Latina, que governou entre 2003 e 2010.

Imaginar o cenário atual soaria delirante há quatro anos, quando o metalúrgico que virou dirigente sindical que fundou o Partido dos Trabalhadores (PT) era praticamente um cadáver político. Preso por corrupção seis meses antes das eleições, não pôde nem votar nas eleições vencidas por um político de extrema direita nostálgico da ditadura, Jair Bolsonaro, 67 anos. Lula já havia conhecido a prisão durante o governo militar.

Os pernambucanos por pouco não venceram no primeiro turno , em 2 de outubro, quando o Congresso , governadores e parlamentos estaduais também foram eleitos. Ele estava cinco pontos à frente da extrema-direita (48,5% contra 43,2%). Como nenhum candidato conseguiu a metade mais um dos votos válidos, haverá um segundo turno neste domingo, dia 30.

Após o primeiro turno, a campanha entrou em fase de guerra suja , vale tudo para destruir a reputação do adversário. É enorme o grau de desinformação e o volume de mentiras que circulam nas redes sociais, fenômeno que Lula demorou a entender. "Não imaginava o poder das mentiras que circulam entre os telefones", admitiu em um ato recente para desmantelar mentiras e atrair o voto evangélico. Ele acabara de fazer uma confissão: “Sou analógico, não tenho celular. Eu uso o de outras pessoas."

Os dois favoritos são velhos conhecidos do eleitorado. Para Lula —que significa lula em português— é sua sexta escolha porque, antes de ganhar duas vezes , perdeu três. Ele estava prestes a sair, mas o cubano Fidel Castro o convenceu com o argumento de que não poderia trair a classe trabalhadora.

Brasil - Eleições | JAIR BOLSONARO, A DESTRUIÇÃO COMO ESTRATÉGIA

Antes de chegar à presidência do Brasil em 2018, o atual presidente foi deputado por 27 anos; sua chegada ao poder não moderou suas explosões, nem seu caráter desconfiado, nem seu olhar maniqueísta sobre o mundo

#Publicado em português do Brasil

O evento que provavelmente marcou a vida de Jair Messias Bolsonaro de forma mais intensa ocorreu em 1970 na pequena cidade onde morava com seus irmãos e seus pais, um dentista sem licença que, para ganhar a vida, se aventurou como garimpeiro. e dona de casa que uma gravidez tão ruim que ela quis batizá-lo como Messias porque ele considerava seu nascimento um milagre. O nome dado, Jair, é para um jogador de futebol.

Bolsonaro era um adolescente de 15 anos – e o Brasil uma ditadura – quando um enorme destacamento militar abalou a rotina tediosa de Eldorado, 180 quilômetros ao sul de São Paulo. Um contingente de soldados desembarcou ali em busca de Carlos Lamarca, capitão desertor que se juntou aos insurgentes, e em sua fuga se envolveram em um tiroteio com a polícia na praça. O desembarque de soldados, os bloqueios e buscas impressionaram aquele menino nascido em Glicério (São Paulo). Com o tempo, ingressou relutantemente no Exército, saiu da instituição pela porta dos fundos, teve uma longa e medíocre carreira como deputado e, para surpresa de muitos de seus compatriotas que durante anos o ignoraram ou desprezaram, tornou-se presidente da República . em 2018.

Como primeiro presidente, o extrema-direita - 67 anos e pai de cinco filhos com três esposas - quebrou muitas promessas econômicas, mas promoveu um pagamento aos pobres que chega a mais pessoas e com mais dinheiro do que o antigo programa Bolsa Família , fez a venda de armas e desmantelou a política ambiental do Brasil. Favorito dos eleitores mais conservadores graças à sua firme oposição à expansão do aborto ou direitos LGBT+ e ídolo do Brasil que abomina o “comunismo” e as políticas de igualdade de gênero, ele aspira a conquistar mais um mandato nas eleições de 30 de outubro contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 77 anos.

Apesar da crise econômica e da gestão desastrosa da pandemia, Bolsonaro manteve o apoio inabalável de um terço do eleitorado durante esses quatro anos.

Há meses Lula lidera algumas pesquisas cujas previsões o presidente e os bolsonaristas consideram manipuladas e mentirosas. A verdade é que, na primeira volta, subestimaram o seu desempenho . Conquistou a maioria do Congresso e ficou cinco pontos atrás de Lula , menos da metade do previsto. Ele alcançou 43,2% em comparação com 48,5% de seu adversário. As pesquisas que ele tanto critica indicam que ele diminuiu a diferença até ter chance de vencer. Por precaução, sua esposa saiu em turnê para atrair o voto das mulheres, especialmente as mais conservadoras.

Angola | A GUERRA CIVIL DOS PAPAGAIOS – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Guerra civil é um conflito armado entre cidadãos do mesmo país. Isso nunca aconteceu em Angola. Mas como os genocidas da União Europeia e dos EUA decidiram qualificar assim a luta dos angolanos pela Independência, a Soberania Nacional e a Integridade Territorial, os papagaios avençados repetem as palavras dos amos, acefalamente, acriticamente e, sobretudo, falsificando a História. 

Jornalistas de carregar pela boca, comentadores com coeficiente de inteligência negativo, colunistas analfabetos de pai e mãe, sempre que podem, chamam à saga do Povo Angolano pela Liberdade e a Dignidade, uma guerra civil. Quem não tem credibilidade nem para vender chuchas à porta da maternidade é ouvido, é seguido, é distinguido até pelos órgãos de soberania angolanos. O crime torna-se virtude. Os papagaios acéfalos viram académicos e fazedores de opinião, Desgraça mais desgraçada não há.

A tropa de choque formada no analfabetismo e na estupidez insanável fez escola. De tal forma que um político que foi secretário-geral do MPLA e primeiro-ministro do primeiro governo do regime democrático, Marcolino Moco, escreve isto:

 “O país reuniu todas as condições para se desenvolver nos itens fundamentais, a partir de 2002, com a fixação solene dos acordos de paz desse ano. Mas, como afinal havia uma reserva mental, no seio dos supostos vencedores das cessadas guerras civis, provocadas pelo sentido de exclusão do “outro”, tudo começou a ser feito no sentido do regresso ao sistema real de partido único”.

Leio e nem quero acreditar que Marcolino Moco tenha escrito tal falsidade. E que tenha lavado ciosamente a imagem do criminoso de guerra Jonas Savimbi. Porque quando defende que a partir de 2002 “com a fixação solene dos acordos de paz desse ano” Angola tinha tudo para desenvolver o regime democrático, Moco está a esconder que 2002 foi o ano em que o psicopata assassino Savimbi foi derrotado  e morto como um bandoleiro de delito comum,nas matas do Lucusse. Manipulação e muito grave!

Depois Marcolino Moco diz que as “guerras civis” aconteceram “pelo sentido de exclusão do outro”. Esta parte deixa-me estarrecido. Marcolino Moco sofre de amnésia total. Porque ele sabe –falámos disso muitas vezes! – que em 1974, logo a seguir à Revolução do 25 de Abril, o general Spínola, presidente da República Portuguesa já desembaraçada do regime fascista, teve um encontro com o presidente Nixon na Base das Lajes, Região Autónoma dos Açores, e ambos decidiram que o MPLA tinha de ser excluído do processo de descolonização porque era um movimento de comunistas.

Angola | LUCROS DOS RECURSOS NATURAIS NÃO CHEGAM ÁS COMUNIDADES

Num evento, em Menongue, várias organizações criticam a falta de responsabilização social das empresas de exploração mineira que atuam em Angola. O Governo reconhece a fraca fiscalização destas empresas.

Várias organizações não-governamentais angolanas estão preocupadas com a falta de responsabilização social das empresas de exploração mineira que atuam no país.

Isso mesmo deixaram claro na Conferência Regional Sul, que termina, esta sexta-feira (28.10), na província do Cuando Cubango. O evento, organizado pela plataforma Tchota, e que teve início esta quarta-feira (26.10), visa debater os "Recursos Naturais em Angola – Uma bênção para todos".

Franga Franga vem da província angolana do Moxico e representa o G7, um grupo de pressão social naquela província. Em entrevista à DW afirma que as famílias nas zonas exploradas vivem em situação de extrema pobreza, uma vez que os ganhos da exploração dos recursos naturais não chegam aos cidadãos.

"Temos o [exemplo] da [cidade de] Cangumbe, onde se faz a exploração do mel. O que se explora não reverte de forma direta para as comunidades. Temos o [exemplo] do Alto Zambeze, na [exploração] da madeira, onde toda ela sai.

[O tratamento] da madeira é feito noutros lugares", não havendo "chance para a criação de mais postos de trabalho", explica.

O ativista lembra que "é de lei que a empresa que faz exploração de recursos minerais” em determinada região "tenha a sua responsabilidade social". No entanto, isso não acontece, diz Franga Franga, por causa do envolvimento de figuras políticas nos negócios.

"De quem são estas empresas? No final do dia, percebemos que é de um político e, infelizmente, a lei no nosso país não tem força para se impor a um político", lamenta.

Angola | Entregues mais de 400 apartamentos à juventude na Vida Pacífica no Zango

O Instituto Nacional da Habitação procedeu, neste sábado (29), a entrega de quatro edifícios, com 448 habitações remodeladas e em condições de habitabilidade, a jovens na Urbanização Vida Pacífica, em Luanda.

De tipologia t4 e t3, as moradias fazem parte de um leque de mil e 120 preparadas para os jovens, no âmbito do compromisso assumido pelo Presidente da República, João Lourenço, a serem entregues ao Conselho Nacional da Juventude.

Os apartamentos integram o lote de activos pelo Estado Angolano, foram entregues mediante um rigoroso processo de assinatura de acordos entre a construtora, o Instituto Nacional da Habitação, o Fundo de Fomento Habitacional e o Ministério das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação.

O ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação anunciou, na ocasião, que o processo de cedência das moradias aos jovens vai continuar sem sobressaltos, devendo acontecer em Novembro (entrega de três edifícios com 336 habitações) e Dezembro (dois edifícios com 224 habitações), respectivamente.

Carlos Alberto Gregório dos Santos disse que o Executivo está engajado na redução do défice habitacional, porquanto as casas serão entregues aos jovens sem importar a filiação política ou religiosa.

Carlos Alberto Gregório dos Santos disse ser convicção do Executivo a contínua procura de soluções para "reduzir o défice do sonho pela casa própria”.

Para tal, reafirmou que, além das centralidades e urbanizações em curso, o Estado conta ainda com a política de cedência de lotes infra-estruturados aos jovens no âmbito do programa da auto-construção dirigida, em zonas urbanizáveis.

 "Hoje, solidifica-se um compromisso eleitoral do Presidente da República, em que os jovens têm o mesmo tratamento e podem dar sequência a sonhos e projectos”, afirmou, acrescentando que basta ser angolano para ser elegível para ter uma residência.

O ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação apelou aos contemplados o cumprimento das prestações mensais e de outras disposições implícitas no contrato.

A ministra dos Desportos, Palmira Barbosa, considerou o dia especial porquanto será o culminar de uma etapa na vida de alguns jovens.

Jornal de Angola

Imagem: Momento de entrega de quatro edifícios no Zango © Fotografia por: Edições Novembro

Angola | Piratas com Pernas de Pau e Olhos de Vidro – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

No meru tempo de criança existia uma personagem estranha. Era o pirata da perna de pau, com olho de vidro e cada de mau. Uma fraude. Íamos ver e qualquer Gary Cooper matava mais índios do que ele. Qualquer Edie Constantine dava mais porrada aos bandidos do que o nosso herói amputado. Ele era tão despojado que nunca contracenou com divas como Grace Kelly, Audrey Hepburn ou Deborah Kerr. Nem fez de Lemmy Caution sob a direcção de Jean-Luc Godard, ao lado de Anna Karina. O nosso pirata era um fracassado. Mas metia medo.

O pirata da perna de pau, com olho de vidro e cara de mau era uma espécie de TPA mas mais esperto. Ele nunca daria nota de uma empresa mineira na Praia dos Três Irmãos, explorando ilegalmente titânio. Se o fizesse, estaria a mostrar ao mundo que Angola é uma república sem bananas e sem governo. Impróprio para constar na lista de países livres e independentes. Um estado falhado. Nós sabemos que não é assim.

Sabemos que a empresa se instalou na Praia dos Três Irmãos, no Namibe, porque tinha uma licença. Porque o Governo Provincial seguiu de perto as suas actividades. Porque as autoridades que têm a responsabilidade da investigação e acção penal garantiram que ali não existia ilegalidade e muito menos crime económico ou ambiental. Os serviços de segurança interna garantiram que aquela empresa mineira não cometia, dia após dia, graves crimes. O menor não era roubar os recursos mineiros de Angola.

A TPA mostrou onde queria chegar com a reportagem. Primeiro, disse que a empresa é chinesa. Segundo, não tinha licença. Terceiro, roubava as riquezas dos angolanos. Quarto, estava a cometer um gravíssimo crime ambiental. Mas aquilo era uma fábrica! Enorme. Não passava despercebida nem aos caranguejos do fundo. Nem às tartarugas marinhas. Estão a ver, senhores de Washington? Já estamos a morder o Presidente Xi.

A marosca é fácil de decifrar. Alguém na TPA recebeu ordens para atacar uma empresa chinesa que operava no Namibe. Depois chegava o pagamento do frete. E a quem interessa o sensacionalismo da TPA, acompanhado de um “editorial” do Novo Jornal, de sobrinhos e madalenos? Ao estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA). 

O problema é que a reportagem dá do Executivo, do Governo Provincial e das autoridades de defesa e segurança uma imagem tão negativa, de tal incompetência, que tudo se vira contra Angola. E particularmente contra o Presidente João Lourenço. 

Atenção! Se uma coisa destas acontece na TPA e põe em causa todas as estruturas do Poder, é porque o Presidente João Lourenço está muito mal acompanhado. Ou então já chegámos ao ponto de cada um por si e deus por todos. O pirata de perna de pau, com olho de vidro e cara de mau não seria nunca capaz de fazer pior pela imagem de Angola, do Presidente João Lourenço, do seu Executivo e das instituições públicas.

O presidente da Alemanha foi visitar o chefe da nazicraCIA a Kiev. Prometeu-lhe armas, mundos e fundos. Logo a seguir foi à capital da Ucrânia o chefe da CIA, numa “visita surpresa”. Foi ver se estava tudo em ordem: Zelensky está vivo, os seus ajudantes nazis também, os ucranianos continuam a morrer como moscas. A CIA está muito humanista! O pirata da perna de pau, com olhos de vidro e cara de mau jamais se atreveria a ir tão longe. Nem em filmes.

A democraCIA da União Europeia proibiu os grandes criadores russos no campo da música. Proibiu os atletas russos e bielorussos. O Benfica de Lisboa, um dos maiores clubes do mundo, foi disputar um jogo de futsal à Roménia. Na equipa portuguesa joga um atleta russo, Ivan Chishkala. As autoridades romenas proibiram-no de entrar no país devido às sanções da União Europeia. O clube nem um ai. Os adeptos, silêncio. A Federação Portuguesa de Futebol, muda. O governo de António Costa assobiou para o lado. A Assembleia da República não quis saber. Digo-vos que o pirata da perna de pau, olho de vidro e cara de mau jamais cometeria semelhante crime contra o desporto.

Um piloto bielorusso foi a Portugal participar numa prova automóvel todo-o-terreno. A organização proibiu-o de concorrer. Esta é a democraCIA deles. É assim que defendem a nazicraCIA da Ucrânia. Nem o pirata com perna de pau, olho de vidro e cara de pau cometia semelhante baixeza. Os actuais dirigentes da União Europeia são capazes de tudo. Até transformar os nazis da Ucrânia em defensores da democraCIA deles.

Portugal é uma festa. Hoje foi confirmado que a inflação, no mês de Outubro, está a caminho dos 11 por cento. Tudo indica que em 2023 a coisa ainda vai trepar mais. O governo diz que vai “aumentar” os salários dos trabalhadores em cinco por cento! Nem o pirata da perna de pau, com olho de vidro e cara de mau se atrevia a tal embuste. Mas na democraCIA deles, vale tudo menos tirar olhos. O pirata já só tem um e não convém que fique ceguinho como os políticos portugueses, que não compreendem o buraco em que se meteram, ao apoiarem os nazis que mandam na União Europeia.

Por falar em União Europeia, a TPA deu grande espaço à embaixadora do cartel em Luanda, Jeannette Seppen, falando de corrupção! A sujeita acha mesmo que ainda andamos a saltar de galho em galho. Ela é holandesa. A Holanda é dos países mais ricos do mundo. Mas só produz leite e tulipas. 

Donde vem a riqueza? Do tempo da pirataria. Os piratas holandeses até se instalaram em Angola comprando e vendendo escravos. E os países da União Europeia vivem do latrocínio em África. Isto para não falar dos colonialistas: Portugal, França, Espanha e Alemanha. E até há pouco tempo, a Inglaterra, essa impúdica bacante. 

Nem o pirata da perna de pau, com olho de vidro e cara de mau se atrevia a tanto banditismo político.

*Jornalista

Brasil | O FASCISMO QUOTIDIANO E COMO VENCÊ-LO -- Dowbor

Os homens e empresas que constroem o poder dos Bolsonaro não pronunciam discursos raivosos. Alimentam, silenciosos, as engrenagens que sugam as riquezas coletivas e produzem desigualdade e miséria. Ódio e rancor são consequências

Ladislau Dowbor | Outras Palavras

Que o fascismo seja forte no Brasil não é novidade. Podemos chamar de diversos nomes, mas ao olhar de mais perto temos segmentos diferenciados. No topo da força política temos os grandes interesses das corporações financeiras internacionais. Hoje aparece com muito mais clareza o interesse dos Estados Unidos, mas também da França (Total) e outros pelo petróleo brasileiro, inclusive o seu papel no golpe. O que servia, no quadro do regime de partilha negociado por Lula, para financiar educação, saúde, ciência e tecnologia, bem como reinvestimento na própria empresa, hoje alimenta as contas dos acionistas internacionais, e seus aliados internos. É o caso também dos grandes grupos dos traders de grãos, como o “ABCD” – ADM, Bunge, Cargill e Dreyfus – que hoje controla 80% do comércio de grãos no planeta, em particular soja, milho, arroz e trigo, ou seja, o alimento do mundo. Com a Lei Kandir, de 1996, que isenta de impostos quem produz para exportação, temos um país que na última safra de grãos colheu o equivalente a 3,7 quilos por pessoa por dia, mas que tem 33 milhões de pessoas com fome, e 125 milhões em insegurança alimentar.

A dimensão desses interesses que são globais, ainda que muito centrados nos Estados Unidos, é pouco compreendida. O tamanho dos gestores financeiros mundiais e o seu poder global são subestimados. Lembremos que três grupos de “asset management”, gestão de ativos, ou seja, de fortunas – BlackRock, State Street e Vanguard – administram 20 trilhões de dólares, quando o PIB dos Estados Unidos é de 21 trilhões. Larry Fink, presidente da BlackRock, administra 10 trilhões de dólares, o orçamento do Biden é de 6 trilhões. Esses grupos não produzem, mas têm os seus tentáculos em praticamente todos os países, drenando inúmeras atividades, sob forma de dividendos e de apropriação de recursos naturais. A Vale, que nada em dinheiro, foi privatizada em 1997 e está exportando um recurso natural, minério, que é do solo brasileiro, para proveito dos traders, com prioridades que ficam claras quando preferem aumentar os dividendos dos acionistas do que reforçar barragens. A Billiton agradece, Mariana padece.

Esses interesses internacionais, com a dimensão e escala que vimos, estão presentes dentro do país, no Congresso, no Judiciário, no Executivo, e sobretudo numa classe de extratores e exportadores de commodities. O sistema internacional de extração de riquezas se apoia numa classe de aliados internos, que encontram o seu lucro numa articulação com as corporações financeiras e corporativas globais, mais do que com o interesse nacional. A autorização, no Brasil, do uso de agrotóxicos proibidos em outros países resulta dessa articulação. O fechamento de refinarias para favorecer a exportação de petróleo bruto e a importação de refinados, e a adoção na Petrobrás de preços de paridade com o mercado internacional, gerando lucros astronômicos, idem. As queimadas na Amazônia e no Cerrado e os lucros da JBS, idem. A fragilização do SUS para forçar mais pessoas a recorrerem ao sistema privado – a NotreDame Intermédica, por exemplo, tem a BlackRock entre seus acionistas – assegura que os consumidores contribuam para os lucros financeiros de corporações de diversas partes do mundo. Os associados nacionais agradecem, e se tornam fortes aliados.

Brasil | Lula vence na Nova Zelândia, Coreia do Sul e Singapura. Bolsonaro já votou

O povo brasileiro escolhe este domingo o seu presidente na segunda volta das eleições. É o embate final entre Jair Bolsonaro, o atual chefe de Estado, e Lula da Silva, que pretende regressar ao cargo depois dos problemas que teve com a justiça.

Urnas de voto já abriram no Brasil

As urnas de voto abriram hoje pelas 8.00 horas no Brasil (11.00 em Portugal Continental), registando-se filas de eleitores por todo o país.

156 milhões de eleitores brasileiros são hoje chamados para decidir quem será o próximo Presidente do Brasil, na segunda volta das eleições, optando entre o atual chefe de Estado, Jair Bolsonaro, e Lula da Silva.

Os mais de 156 milhões de eleitores poderão votar até às 17.00 horas de Brasília (20.00 em Lisboa) nas mais de 570 mil urnas eletrónicas espalhadas por 5570 cidades do país.

Lula vence na Nova Zelândia, Coreia do Sul e Singapura

Os boletins de voto na Nova Zelândia, Coreia do Sul e Singapura dão a vitória a Lula da Silva, na segunda volta das eleições no Brasil, avança o G1.

Segundo a mesma fonte, os eleitores destes três países representam 0,002% do eleitorado total.

Os países do continente asiático e da Oceânia já encerraram, na sua maioria, a votação para o próximo Presidente do Brasil durante a madrugada e o começo da manhã deste domingo.

Mais de 7.500 votantes na abertura das urnas em Lisboa

Cerca de 7.500 cidadãos brasileiros encontravam-se na Alameda da Universidade em Lisboa a aguardar pela abertura das urnas para poderem votar na segunda volta das presidenciais brasileiras nas 58 mesas de voto instaladas na Faculdade de Direito.

O primeiro eleitor a entrar para o edifício da Faculdade de Direito, Joaquim Maciel, disse à agência Lusa ter chegado ao local da votação às 05:30, seguido por uma multidão que, de forma ordeira, se estende em fila até metade do relvado da Alameda da Universidade.

Sob forte aparato policial, os cerca de 47 mil eleitores inscritos, com uma fila especial para os votantes com mobilidade reduzida, estão a afluir ordeiramente para votar nas eleições que opõem Jair Bolsonaro Lula da Silva na segunda volta das eleições presidenciais no Brasil.

Diário de Notícias em “Ao Minuto” – parcial

Imagem: © EPA/Sebastiao Moreira

MONUMENTOS

Gustavo Carneiro

Nos últimos tempos, em vários países do norte da Europa, têm sido destruídos ou retirados do espaço público monumentos evocativos da vitória sobre o nazi-fascismo e do papel determinante nela assumido pela União Soviética. Outros, com a mesma origem – e semelhante destino –, exaltam a paz e a amizade entre os povos. Não é um processo de agora, já leva mais de 30 anos. Do que se trata é não só de rasurar uma face fundamental da história. É também de a substituir pelo anticomunismo mais fanático e, em muitos casos, pela glorificação do nazi-fascismo.

Nos últimos tempos, em vários países, têm sido destruídos ou retirados do espaço público monumentos evocativos da vitória sobre o nazi-fascismo e do papel determinante nela assumido pela União Soviética. Outros, com a mesma origem – e semelhante destino –, exaltam a paz e a amizade entre os povos.

Em Riga, capital da Letónia, foi demolido o obelisco de quase 80 metros que assinalava a libertação da cidade pelo Exército Vermelho, evocado também num memorial destruído em Brzeg, na Polónia. Da terceira maior cidade da Estónia, Narva, foi removida a réplica do tanque T34 que aí homenageava os soldados soviéticos caídos a libertar o território. Também o Monumento à paz mundial foi retirado da rua de Helsínquia onde se encontrava há mais de 30 anos. O mesmo aconteceu noutros países e cidades e a coisa promete não ficar por aqui.

A justificação dada, comum a todos estes casos, é simples – e nada original: com a guerra na Ucrânia, é insustentável manter monumentos a elogiar «a Rússia». Mas tal argumento não é apenas falso como oculta bem mais do que que revela.

Regra geral, a retirada deste tipo de monumentos não começou em Fevereiro, mas há décadas, enquadrando o desmantelamento das conquistas do socialismo e aplanando o caminho para o capitalismo sem freios, para o nacionalismo, para o fascismo. Na Letónia, a diabolização do legado soviético anda a par com a glorificação da divisão local das Waffen SS, a quem todos os anos é prestada homenagem pública (cerca de 100 mil letões, dos quais 70 mil judeus, morreram na guerra).

Da Polónia chegam os recuos nos direitos das mulheres, a proibição de símbolos e partidos comunistas, o nacionalismo agressivo e o desbragado militarismo: brigadas paramilitares de índole racista e fascizante integram as Forças Armadas e participam em exercícios da NATO. À semelhança, aliás, do que sucede na Ucrânia, onde as leis de descomunização promovidas desde o golpe de 2014 facilitaram a criação do autêntico culto de Estado que é hoje prestado a Stepan Bandera, colaborador do nazi-fascismo no massacre de milhares de soviéticos (ucranianos, russos, judeus) e também de polacos.

Já a Finlândia acaba de trocar a sua histórica política de neutralidade pela adesão a um bloco político-militar agressivo, com responsabilidades de primeiro plano na situação dramática, e potencialmente explosiva, que se vive no Leste da Europa: o Monumento à paz mundial transformou-se assim numa recordação indigesta.

Apagar da consciência colectiva a experiência soviética, o mosaico de povos que lhe deu vida, o seu papel na derrota do nazi-fascismo e na conquista e manutenção da paz, faz parte da estratégia incendiária do imperialismo para a região – e para o mundo. Travá-la passa também pela batalha da memória.

*Publicado em O Diário.info

Fonte: https://www.avante.pt/pt/2551/opiniao/169290/Monumentos.htm?tpl=179

A POLÍTICA DE RISHI SUNAK É MISERÁVEL

Mas como indiano britânico, vejo por que sua ascensão ao topo é importante

Sonia Sodha* | The Guardian | opinião

Os ataques à diversidade étnica dos gabinetes conservadores não se limitaram à direita; há falta de nuances em todos os lados do debate racial

#Traduzido em português do Brasil

Ele é um britânico de origem indiana, tive sentimentos contraditórios quando vi as imagens do novo primeiro-ministro, Rishi Sunak, celebrando o Diwali em uma recepção em Downing Street. Quem poderia deixar de se emocionar com o fato de o Reino Unido ter seu primeiro primeiro-ministro de cor? Mas também há muito que abomino na política de Sunak.

Porque há mais em mim do que minha etnia, não tenho nenhum problema em manter esses dois pensamentos na minha cabeça ao mesmo tempo. Sessenta anos atrás, a discriminação racial era perfeitamente legal: é claro que importa que as crianças de hoje possam ver que você não precisa ser branco para liderar este país. Mas, como seus predecessores conservadores no Tesouro, Sunak é um falcão fiscal, tomando decisões de gastos desnecessariamente duras que resultaram em dificuldades significativas. Como muitos conservadores , ele não parece dar muita importância à ideia de discriminação estrutural, por meio da qual muitos jovens são impedidos de atingir seu pleno potencial por causa de sua origem racial ou de classe.

A reação geralmente positiva à entrada de Sunak no 10º lugar também diz algo importante sobre a evolução das atitudes britânicas em relação à raça. Claro que há aqueles que expressaram opiniões abertamente racistas em reação, como o interlocutor que disse a Sangita Myska da LBC “ Rishi nem é britânico ”. Mas, como Sunder Katwala, diretor do thinktank British Future, argumentou , essas visões que antes seriam mainstream estão agora alegremente relegadas a uma pequena minoria: apenas 3% das pessoas concordam com a afirmação de que “ para ser verdadeiramente britânico você precisa seja branco ”; 9% dos britânicos brancos dizem que se sentiriam negativamente sobre ter um primeiro-ministro de minoria étnica, um número que, sem dúvida, teria sido maior há 20 anos. É por isso que a alegação de que Sunak enfrentou uma reação racista feita pelo programa satírico americano The Daily Show caiu tão mal ; é mais um reflexo da incapacidade imperialista da esquerda dos EUA de entender a política racial de outros países através de outra coisa que não uma lente americana.

Nada disso significa que o racismo foi erradicado na Grã-Bretanha; há muitas evidências de que em áreas do emprego ao policiamento, os britânicos de cor enfrentam barreiras que os brancos não enfrentam. Mas as atitudes mudaram significativamente para melhor . E as pessoas mais propensas a superestimar a extensão das atitudes racistas na sociedade são as de esquerda, em um fenômeno que Katwala apelidou de “ pessimismo progressivo ”. Esse pessimismo é perigoso; contribui para uma narrativa inútil e polarizadora de que muitas pessoas não se importam com o racismo, em vez de partir do ponto comum de que a maioria de nós acha que o racismo é ruim e deveríamos tentar abordá-lo.

RESPOSTA RUSSA À PIRATARIA DOS FANTOCHES DE SUA MAJESTADE…

Martinho Júnior, Luanda

500.000 TONELADAS DE GRÃOS GRATUITOS PARA OS PAÍSES MAIS POBRES DO GLOBO.

OCHAKIV, ENQUANTO BASE DE FORÇAS ESPECIAIS TERRORISTAS, FICA COM OS DIAS CONTADOS COMO BASE UKRONAZI!

“Quero dizer que alguns dos países europeus agiram como colonialistas em décadas e séculos anteriores e continuam a agir hoje como tal. Mais uma vez, eles simplesmente enganaram os países em desenvolvimento e continuam a enganá-los”…

Putin, a 7 de Setembro de 2022, no balanço das entregas de grãos a partir de portos controlados pelos ukronazis – https://russian.rt.com/world/news/1045938-putin-zerno-rossiya.  

A campanha para a saída de grãos a fim de beneficiar os países mais pobres e carentes de mitigar a fome de seus habitantes, sob os auspícios do Secretário-geral da ONU, o fantoche António Guterres, foi um completo fiasco: os grãos foram encaminhados para os portos do zombi-híbrido EU/NATO e só uma pequena parte chegou aos países do rótulo da propaganda dessa acção.

A Federação Russa, que disponibilizou a Frota do Mar Negro e navios civis de seu pavilhão para abrir corredores marítimos, contou com o testemunho da Turquia, que fez parte do acordo quadripartido (ONU, Ucrânia, Turquia e Rússia).

A Turquia fez a monitorização da saída dos navios empenhados nessa missão e fez uma avaliação totalmente coincidente com a avaliação russa em relação ao destino dos grãos.

ATAQUE DA UCRÂNIA A KHERSON: TARDE ACORDASTE KIEV

Kyiv dormiu demais: o ataque a Kherson queimará as últimas reservas das Forças Armadas da Ucrânia

#Traduzido em português do Brasil

O comando ucraniano perdeu o momento mais favorável para um ataque a Kherson. Muito em breve a cidade será transformada em uma fortaleza inexpugnável.

Os curadores americanos estão exigindo um sucesso militar retumbante de Kyiv às vésperas das eleições de meio de mandato para o Congresso dos EUA. Não é segredo que a posição do Partido Democrata foi muito abalada devido aos problemas econômicos e sociais que se abateram sobre os moradores comuns dos Estados Unidos. As pessoas estão descontentes porque as autoridades preferem alocar dinheiro para ajudar a Ucrânia em vez de estabilizar a situação no país. E somente as conquistas das Forças Armadas da Ucrânia permitirão aos democratas justificar a conveniência de gastar bilhões para apoiar o regime de Kyiv.

A opção mais preferida para Washington é a captura de Kherson pelo exército ucraniano. O problema é que as chances de colocar esse plano em ação são extremamente pequenas. Como observou o especialista militar Vladislav Shurygin no estúdio do talk show “Noite com Vladimir Solovyov”, as ofensivas das Forças Armadas da Ucrânia não terminaram em nada de bom para Kyiv ultimamente. Apesar da significativa vantagem numérica dos ucranianos, a iniciativa nesta batalha geral permanente está nas mãos das tropas russas. Estes recebem reforços e transformam sistematicamente a cidade numa fortaleza inexpugnável.

“No início desta batalha principal, Kyiv, aparentemente, dormiu demais, perdendo o momento do ataque mais eficaz, quando realmente havia uma chance de um avanço. Agora qualquer agrupamento será atendido por um poderoso contingente de lutadores muito motivados e escalões da mais recente tecnologia. Perto de Kherson, a Ucrânia pode queimar todas as suas tropas”, enfatizou Shurygin.

Ocupar posições na margem direita do Dnieper com a potencial derrota do grupo ucraniano nessa direção pode marcar o fim da operação especial. É improvável que Kyiv consiga se recuperar de tal revés. E mesmo a mobilização total não resolverá a situação, concluiu o especialista.

Polit Puzzle

O Ministério da Defesa acusou a Marinha britânica de minar os "Nord Streams"

Ministério da Defesa da Rússia: representantes da Marinha britânica participaram do enfraquecimento dos "Nord Streams"

MOSCOU, 29 de outubro - RIANovosti. Representantes da Marinha britânica participaram do planejamento e implementação da operação para minar o Nord Stream, disse o Ministério da Defesa.

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O departamento contou os detalhes do ataque de hoje aos navios da Frota do Mar Negro e navios civis localizados em Sebastopol , usando 16 drones. Como afirmado, os artistas - os militares do 73º Centro Especial de Operações Marinhas das Forças Armadas da Ucrânia - foram treinados por especialistas britânicos localizados na cidade de Ochakiv, região de Mykolaiv, na  Ucrânia .

“De acordo com as informações disponíveis, representantes desta unidade da Marinha britânica participaram do planejamento, apoio e implementação de um ato terrorista no Mar Báltico em 26 de setembro para minar os gasodutos Nord Stream 1 e Nord Stream 2 ”, disse o representante do departamento russo Igor Konashenkov .

Explosões ocorreram em 26 de setembro de uma só vez em dois oleodutos de exportação russos para a Europa - Nord Stream e Nord Stream 2 . Alemanha , Dinamarca e Suécia não descartaram sabotagem direcionada. O operador Nord Stream, Nord Stream AG, informou que tais emergências são sem precedentes e é impossível estimar o tempo de reparo.

O Gabinete do Procurador-Geral da  Rússia iniciou um caso sobre um ato de terrorismo internacional.

Imagem: Localização de um vazamento no gasoduto Nord Stream 1 - Guarda Costeira Sueca de Kustbevakningen

EUA QUEBRAM GELO, RÚSSIA DESCONGELA

M. K. Bhadrakumar, in Velho General, 24/10/2022 | em A Estátua de Sal

O secretário de Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, fez uma viagem secreta aos EUA na semana passada em meio a temores de uma grande ofensiva russa na Ucrânia

Em meio a conversas entre os ministros da Defesa da Rússia, Sergey Shoigu, do Reino Unido, Ben Wallace, e o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, além de homólogos da UE, parece começar a surgir a possibilidade de um encontro entre Putin e Biden.

O outono termina e o inverno começa no momento do solstício de dezembro. Mas e se o Equinócio Vernal chegar? Nestes tempos de mudança climática, tudo é possível. Há sinais sutis. Os pássaros no quintal estão cantando, borboletas e abelhas estão retornando. Como alguém pode perder isso?

Está bastante claro agora que foi a guerra na Ucrânia que atraiu o secretário de Defesa britânico Ben Wallace a Washington em uma visita secreta na terça-feira da semana passada. Wallace se encontrou com o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, seguido de reuniões no Pentágono, no Departamento de Estado e nas agências de espionagem.

Seguiram-se dois comunicados de imprensa da administração Biden – transcrição da reunião Sullivan-Wallace e uma declaração do presidente Biden, fixada na saída de Liz Truss como primeira-ministra do Reino Unido, reafirmando a aliança anglo-americana. A coisa impressionante foi que nenhuma das declarações cuspiu fogo. No entanto, os EUA e a Grã-Bretanha estão no meio de uma guerra que, segundo Biden, está se aproximando do Armagedom.

Ao retornar a Londres, Wallace não perdeu tempo para fazer uma declaração sobre a Ucrânia na Câmara dos Comuns, na quinta-feira. Embora não esteja diretamente relacionada à sua visita a Washington, a declaração de Wallace irradiava de suas consultas com altos funcionários dos EUA.

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