Bom dia Portugal neste Curto do Expresso
em que vai estampar-se a seguir, mais
A esperança é uma empata-podas com a intenção de crescer, crescer, crescer desmesuradamente. Certo é que quase sempre nos trama. Temos esperança que os governos saibam governar em prol do melhor para Portugal e seu povinho… Afinal não. Ficamos sempre na mó de baixo, de rastos, indigentes e sem abrigos ou muito perto disso. Na realidade muitos de nós ficam cheios de fome e nas poupanças de desgastes do intestino grosso. Quem não come, às tantas, não precisa de obrar. E começa a ficar vazio, oco, até que três badaladas e um balde de cal lhe cai nas trombas e o corroí juntamente com os bichinhos subterrâneos que já moravam naquele local do subsolo em que lhe cavaram a campa cristã. Ámen, diria o Toninho da ONU, humano superior numa quantidade enorme. Tanta que nem sabemos e nem conseguimos fazer as contas.
Pois. O Expresso Curto está aqui, já a seguir. Afinal já escrevemos demais. Só queríamos dizer que a TAP vai ser vendida por uma tuta e meia. Que uma vez mais fomos enganados com essa tal de Esperança que sabemos de fonte segura que é uma cabra que roubou e corneou o marido à força toda. A TAP vai ser vendida por 900 milhões, nem chega a uma milena de milhão. Milenas de milhões entregamos nós, os otários portugueses esperançosos, enganados e roubados, à caterva de energúmenos que dizem que governam o país e os destinos dos portugueses…
Resumindo: somos umas grandes bestas e as culpas são dessa tal Esperança Cabra e Traidora a Tempo Inteiro que nos impinge os doutores e engenheiros das políticas que nos esfolam. Pois.
Bom dia… Mas como podemos ter um bom dia perante tais tristes realidades?
Bom fim de semana. Ora, ora. Bom fim, porque com tantos vigarista e ladrões estamos mais para lá que para cá a esticar o pernil e a sermos entregues aos bichinhos das campas cristãs ou dos fornos crematórios propriedade dos diabos das politicas do rapa, tira e mata que é povinho.
O Curto. Já! Vão lá.
MM | PG
David Dinis, director-adjunto | Expresso (curto)
Viva, seja bem-vindo à edição do
Expresso desta semana.
Um alerta: o que se segue não são "casos e casinhos", são questões
muito sérias mesmo.
O Ministério Público usou uma tradutora russa para processos que envolvem cidadãos ucranianos. Legitimamente, a tradutora é pró-Putin. Não legitimamente, terá espalhado nas redes sociais relatos do que ouviu;
Outro caso, o das suspeitas sobre as obras nas Forças Armadas. Hoje contamos que o então ministro da Defesa (agora MNE) foi avisado das derrapagens a tempo, mas nada fez. E agora diz que não sabia;
Desvendamos também que o sócio de Manuel Vicente oculta dinheiro em Portugal com uma offshore;
Contamos a história da empresa envolvida no processo de Espinho, com o sugestivo título “O clã de talhantes que sabe 'untar mãos'”;
Falamos das sombras de Montenegro, agora apanhado na vigilância judicial sobre, precisamente, a empresa do processo de Espinho;
Quanto a Fernando Medina, lembramos que o ex-autarca está na mira da Justiça desde 2017 e que há outra investigação em stand-by pela qual ainda não foi ouvido;
E, por fim, entrevistamos Isaltino Morais que deixa um desafio ao Ministério Público: “Se há dúvidas, façam buscas”.
Claro que há mais, para além de
suspeitas. Sobre a greve dos professores explicamos que António Costa
se envolveu nas negociações, que agora começaram, mas que traçou uma linha vermelha bem definida. Pelo meio, contamos que há centenas de alunos sem aulas desde o início de dezembro.
Na política, destaco-lhe a entrevista a Francisco Assis, antigo crítico de
António Costa e da geringonça, agora presidente do Conselho Económico e Social.
Assis faz críticas duras ao célebre “questionário” aos
candidatos a governantes e avisa que ja faltam políticos disponíveis para
“morrer no dia seguinte”.
Nesta edição temos um trabalho sobre os que trabalham para fora (do país)
cá dentro, a ganhar mais e a deixar nova pressão sobre as
empresas portuguesas.
Precisamente sobre o que se passa ‘lá fora’, conversamos com as
embaixadoras da Alemanha e França, na celebração dos 60 anos do Tratado do
Eliseu. Elas são claras: “Acabou o tempo que se esperava de paz, cooperação e relações
comerciais”. Vale a pena ler.
Por fim, recomendo a entrevista à neta de Nikita Khrushchev, com este
título sugestivo: “A América criou a imagem de um monstro e Putin disse: ‘ok’”.
Na Economia, atenção à TAP.
Na manchete do nosso segundo caderno contamos que o Governo acelerou o processo
de venda, já tem assessoria no terreno, que há um terceiro candidato à compra
(de peso) e que até há um preço estimado. Tudo isto, para ler aqui.
Em semana tensa, olhamos também para os pré-avisos de greve, numa série
longa. E concluímos que no ano passado as paralisações aumentaram 25%. Olhando
para a “era Costa”, é o segundo valor mais elevado (e apenas no início da
maioria absoluta).
Num ponto de situação sobre a crise, cruzámos as diversas expectativas sobre o
ano que agora começou. Na última semana, como saberá, houve indicadores
razoavelmente otimistas da Alemanha, também dos EUA, mas o BCE continua
pessimista sobre a inflação. O que é que isso quer dizer sobre o que se
avizinha? É melhor perceber por aqui.
E como sairemos nós disto? Vale a pena olhar para o texto que se segue, para
medir soluções: “Portugal está no fim da tabela da competitividade fiscal”.
Numa interessante conversa com o Expresso, Nuno Amado (chairman do
BCP, mas na condição de membro da Business Roundtable Portugal) deixa o
desafio: “O Estado tem de ter sentido de urgência”.
Já agora, deixo-lhe mais este desafio, também do caderno de Economia: Quem quer ter uma casa na árvore?
Quanto à Revista, o tema de capa
regressa ao domingo infame de 8 de janeiro em Brasília para perguntar “o
que esconde a bandeira do Brasil”. A Christiana Martins entra (virtualmente)
nos acampamentos do movimento pró-Bolsonaro para nos traçar um perfil dos que
se dizem “patriotas”, que agora lambem as feridas - mas que vão reorganizar-se.
E atenção: “Eles estão em todos os estados”.
Do José Pedro Castanheira, outro tema que começa com uma pergunta: “Quem
mandou matar Amílcar Cabral?” O texto começa lá atrás, a 20 de janeiro de
1973, para se debruçar sobre “um dos maiores mistérios da guerra colonial”. Na
Guiné, o nome parece estar quase esquecido. Aqui, reavivamos a memória.
A grande entrevista desta semana, na Revista, é sobre o Portugal de
hoje, ao homem que lançou um dos projetos universitários mais prestigiados do
pais - e que agora vai parar e pensar no desafio que se segue. Daniel Traça (é
o nome a registar) fala de Elon Musk, do mundo de hoje, dos gestores e
sobretudo de política. Com preocupação: “O ambiente da política em Portugal não é fácil”.
E talvez o tema seguinte ajude a explicar. É sobre “a cura da pobreza”, ou
melhor, sobre a possível ligação da pobreza extrema a um grupo determinado de
doenças mentais. O texto é do Henrique Raposo.
Fora estes, os temas principais, recomendo "O que aí vem", um guia
para os álbuns, concertos, festivais, mas também filmes, séries e documentários
que vão marcar o nosso ano. Assim sendo, abra o calendário, prepare-se para anotar datas, talvez enquanto corra um
dos podcasts do Expresso destes dias. Entrego-lhe três, para
escolher:
A vida aos olhos da geração sub-30: “Não está a acontecer o que nos prometeram”. No segundo episódio de Liberdade Para Pensar, dedicado a 2023, Paulo Baldaia recebe quatro jovens, dos 21 aos 29 anos. Justiça é a palavra de ordem;
Devemos temer a Inteligência Artificial? A discussão pública em torno da Inteligência Artificial têm aumentado, especialmente com o lançamento do ChatGPT, um modelo de linguagem pré-treinado que tem gerado muita expectativa e controvérsia. No Perguntar Não Ofende, Daniel Oliveira conversa com João Gabriel Ribeiro sobre o cruzamento entre a sociedade e a tecnologia, capitalismo digital e arte;
“António Costa irritou-se com Cristas como se irrita com Catarina Martins. Acha inadmissível que uma mulher se lhe dirija naquele tom”. Raquel Abecasis, jornalista, comentadora e política, é a convidada de Carla Quevedo e Matilde Torres Pereira no episódio desta semana de As Mulheres Não Existem, ainda com espaço para contar um pouco da vida de Maria de Lourdes Pintasilgo, a única primeira-ministra da nossa história.
Siga com o Expresso, pelo fim de
semana, sempre aqui.
Boas leituras, bom descanso e até prá semana.
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