sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

A miséria espreita a cada esquina e caça os portugueses sem dó nem piedade


Expresso Curto de véspera de fim-de-semana. Autoria de David Dinis, diretor adjunto do Expresso. O título indica aquilo que trata. Não precisamos adiantar muito mais, exceto que Portugal detém nos poderes grandes admiradores e dedicados mãos de obra de novelas e opacidades superiores. Eles é que têm os livros, eles é que sabem tudo.

Muitos outros e Marcelo são eles. Mas o mal, inimigo da transparência, está profundamente arreigado na sociedade. Isso e cunhas. Isso e locupletações (Ação de aumentar o seu próprio património de maneira a prejudicar uma ou mais pessoas). Pois. Toca-nos a nós os milhões de passa fome e de todo o tipo de carências que assentaram arraiais ainda antes da implantação do salazarista fascista. Milhões à farta é para os esgotos bancários e de offshores só de alguns. Eles lá sabem. Essa minoria parasitária que não nos larga a braguilha nem a parca (inexistente demasiadas vezes) sustentação da nossa alimentação, dos setores da educação, da saúde, dos empregos indignos e respectivos  acumulados salários indignos. A miséria espreita a cada esquina e caça os portugueses sem dó nem piedade por ordem a ações de elites que têm os livros e que sabem tudo para nos lixarem, para nos explorarem. para nos enganarem, para nos roubarem enquanto enchem as bocas malvadas com a palavra democracia. Fome de quase tudo para todos. Menos para eles, 'dótores' e donos disto tudo...

A conversa azeda quando nos dispomos a pensar. Um dia não haverá mais conversas e será quando tudo mudará de figura e de procedimentos. Os intrujões dos poderes não mais disporão das porções e pós que têm vindo sempre a adormecer e aniquilar os plebeus a que chamam, por exemplo, eleitores, trabalhadores, etc., etc.. Mas a quem não dão contas, só novelas e ludibriações.

Bom dia, esta primeira parte de abertura contempla desabafos sentidos apelando à ação na descoberta da real e efetiva democracia. Não é a única, antes pelo contrário. Resta a esperança de que um dia virá com um sol radioso de liberdade e justiça de facto. Assim seja.

E agora saltem para o Curto com patacoadas e alguns toques de interesses para partilhar. O 25 de Abril vem novamente aí. Acontecerá num dia qualquer, de todos para todos... os pérrapados. Inté.

O Curto a seguir.

AV | Redação PG

O Supremo e António Costa. Tolentino da Esperança. E o melhor da Cultura em 2023

David Dinis, director-adjunto | Expresso (curto)

Viva,

entramos num fim de semana pré-Natal a ferver no futebol, mas antes há tempo para ler a edição desta sexta-feira do Expresso, aquela em que destacamos na fotografia o Prémio Pessoa deste ano: o júri escolheu "um humilde e generoso Peregrino da Esperança". E ele logo escolheu entregar o valor do prémio na íntegra a uma instituição de solidariedade. É uma bela história para começar as leituras.

Mas deixe-me começar pela nossa primeira página:

É isso: nesta edição contamos-lhe que o Supremo acelerou o processo que envolve o ainda primeiro-ministro, pedindo desde já a informação relativa à Operação Influencer e às buscas que foram feitas naquele fatídico (para o Governo) 7 de novembro. Se nessa notícia explicamos que expectativas há de a decisão ser rápida, nesta outra contamos como António Costa ainda não afastou a hipótese de ser cabeça de lista nas europeias em junho. E aqui lembramos que Lucília Gago se atirou a quem quer “descredibilizar ou destruir” o Ministério Público: mas quem são os alvos da Procuradora-Geral da República?

Mas isto é só o início. Deixo-lhe um aperitivo do que pode encontrar no primeiro caderno, esta semana. Atenção, é mesmo só aperitivo:

Na Política:

Sobre o PSD, poderá ler os novos apoios a Luís Montenegro, rumo às legislativas com nomes surpresa e um par de ex-governantes do tempo de Guterres.

Hoje, os socialistas começam a votar nas diretas: o que é uma boa vitória para cada um? os candidatos podem saber resultados parciais já esta noite? Respostas aqui. A par deste guia: o que une e separa Pedro Nuno Santos, José Luís Carneiro e António Costa.

Acerca de transparência: a Entidade das Contas não garante a fiscalização dos rendimentos dos próximos governantes.

Na Sociedade:

Acerca da crise na Educação: “Não têm aí quem queira vir aqui dar umas horas?”: já foram contratados milhares de professores sem formação, há alunos sem uma aula de Português.

Sobre a Igreja: saiba quanto poderão receber as vítimas de abusos sexuais, apesar da resistência de elementos das comissões diocesanas.

No caso das gémeas: Lacerda Sales incorre num possível crime de abuso de poder? Respostas aqui.

E a infância perdida num corredor: a mãe tinha problemas de adição, o pai não era solução, João esperou anos até o tribunal decretar a adoção.

E ainda o balanço da COP, tema inevitável desta semana.

No Internacional:

Uma entrevista com a embaixadora dos EUA em Lisboa: “O mundo é como aquele jogo de acertar na toupeira”.

Os desafios do Governo Tusk: sensibilidades na coligação e três eleições no horizonte.

Adam Kadyrov: a história do delfim do amigo de Putin na Chechénia.

No caderno de Economia a manchete vai para a crise na habitação. Conta-nos que o preço das casas na margem sul do Tejo sobe o triplo das de Lisboa.

Sobre o adiado aeroporto de Lisboa, mais uma pedra no sapato: afastar a ANA da construção do novo aeroporto pode demorar mais de cinco anos. Mas acrescentamos que as obras na Portela serão mais ambiciosas do que o previsto pela ANA. E como esta foi uma década dourada para a Vinci.

Falando em pedras no sapato, contamos isto também: o fim de litígio do Novo Banco com Fundo de Resolução derrapa pelo menos até março.

Mas há boas notícias: Banco de Portugal e CMVM vão trocar segredos para impedir dinheiro sujo.

E uma interrogação pertinente, depois das decisões do BCE e Fed: quando vai começar a descida das taxas de juro?

E na Revista?

Bom, aí a capa vai para a personalidade do ano escolhida pela Time: este é o (não) perfil da mulher que quer contar a sua história.

Escrevemos também sobre o Estado Novo que resiste: o antigo regime continua a marcar presença nas ruas de Portugal.

Assim como dos peregrinos da beleza: estará a febre da imediatez a colocá-la em causa?

Por fim (but not the least): “O que é a vida se não for uma mudança constante?”, questiona Linton Kwesi Johnson numa grande entrevista.

Claro que estamos em tempo de festas e, seja para prendas, ou apenas para fazer um balanço do que melhor se passou, entregamos-lhe um roteiro sempre esperado: os melhores discos, livros, filmes, séries, peças de teatro ou exposições do ano. É começar por aqui.

E os podcasts?

Ia despedir-me, mas vale a pena sugerir-lhe ainda alguns podcasts, para ouvir nestes dias: comece pela Geração de 70 e a conversa aberta com Pedro Penin; siga pelo Ontem já era tarde, com a memória do treinador do Sporting que perdeu um campeonato para o Benfica mesmo no fim; e feche com chave de ouro, recuperando a Beleza das Pequenas Coisas com José Tolentino Mendonça – “A vida tem sido esplêndida para mim. Tem-me dado um património de sede, uma latência de desejo”.

Agora sim, resta-me desejar-lhe boas leituras. E, se não passar por aqui antes, desejos de boas festas e um feliz ano novo.

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