domingo, 26 de fevereiro de 2023

A GUERRA VISTA DO LADO DO ÂNUS – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

O Presidente João Lourenço tem toda a razão. A guerra na Ucrânia fez um ano. Entre 2014 e 24 de Fevereiro de 2023 não existia uma guerra mas sim um massacre no Leste do país, região chamada Donbass. O massacre militar, segundo os relatórios oficiais do alto comissariado da ONU para os Direitos Humanos, teve a forma de limpeza étnica. Milhares de civis assassinados por serem russos ou falarem a língua russa. Vista com o ânus a guerra só tem um ano.

Em Angola, entre 4 de Fevereiro de 1961 e 25 de Abril de 1974, também não havia guerra. As tropas de ocupação apenas massacravam os angolanos que lutavam pela Independência Nacional. Criaram campos de concentração chamados “sanzalas da paz”, onde aprisionavam as populações rurais que apoiavam a guerrilha. Prendiam nos campos de concentração do Missombo, Tarrafal e Bentiaba (São Nicolau) as elites angolanas que pertenciam ou apoiavam os movimentos de libertação. Isso de guerra colonial é conversa de comunistas como Agostinho Neto.  

Surpresa! Eu também acho que as tropas russas devem retirar da Ucrânia. E sem condições. O Presidente Putin está de acordo, tenho a certeza. O Presidente João Lourenço vai a Washington falar com Joe Biden, o chefe do estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA), e diz-lhe que eu tracei este plano de paz, muito simples de executar.

Ponto um. Eslovénia, Croácia, Bósnia, Montenegro e Macedónia do Norte saem imediatamente da OTAN (ou NATO) e regressam à Jugoslávia, o país que foi destruído à bomba pelos EUA, União Europeia e o seu braço armado, a OTAN.

Ponto dois. O Acordo de Estabilização e associação entre a União Europeia e o Kosovo é imediatamente revogado. O território volta a fazer parte da Jugoslávia.

Abrir parêntesis. Para o caso do Presidente João Lourenço não estar informado, presto as seguintes informações. No Kosovo está situado o Camp Bondsteel, maior base militar dos EUA no estrangeiro. É também base da OTAN. Em junho de 1999, após a destruição da Jugoslávia, os EUA apreenderam 1.000 hectares em Uroševac, próximo da fronteira com a Macedónia.   A base tem no seu interior 25 quilómetros de estradas e 300 edifícios. É protegida por 14 quilómetros de barreiras de terra e cimento armado, 84 quilómetros de arame farpado e 11 torres de vigia. 

A base Bondsteel é uma peça vital na defesa dos interesses estratégicos de Washington nos Balcãs. Fica às portas do Médio Oriente, do Cáucaso e da Rússia. Permite controlar os oleodutos e corredores estratégicos vitais da Halliburton Oil, empresa dos EUA.

Na área dos direitos humanos a base Bondsteel teve um papel importantíssimo, em 2002. A CIA e o Pentágono criaram uma área de detenção secreta igual à de Guantánamo, para onde levaram milhares de civis “suspeitos”. Na época, o jornal suíço Weltwoche publicou uma notícia da qual transcrevo este excerto: “Um relatório do Instituto Alemão de Berlim para a Política Europeia, produzido em nome do exército alemão, é particularmente crítico do papel dos EUA, que obstruíram as investigações europeias sobre a existência de um centro de detenção secreto da CIA com base em Camp Bondsteel, no Kosovo”.

Angola | “GESTÃO DANOSA” NA TAAG GERA PROTESTO DE TRIPULANTES

Dezenas de tripulantes da companhia aérea angolana TAAG protestaram contra a "gestão danosa" da administração da transportadora e exigem que as suas reivindicações sejam atendidas.

Cerca de 70 tripulantes concentraram-se na manhã deste sábado (25.02) em frente ao Aeroporto Internacional 04 de fevereiro, em Luanda, gritando palavras de ordem e exibindo cartazes de protesto, entre os quais "devolvam a nossa TAAG", "abaixo a gestão danosa", "chega de aluguer as aeronaves estrangeiras, "devolvam os nossos direitos" ou "fora HiFly".

Para a secretária executiva do Sindicato Provincial do Pessoal Navegante de Cabine (SINPROPNC), que convocou a manifestação, está em causa o incumprimento da administração face às reivindicações dos trabalhadores.

"Estamos aqui hoje porque se esgotaram todas as possibilidades de conversarmos com a empresa", acusou Ondina Costa, dando exemplos como a falta de pagamento do valor diário para os tripulantes de voos internacionais.

Silêncio da TAAG

A sindicalista afirmou que foi enviado um 'email' ao conselho de administração a propósito de várias questões e queixou-se de o sindicato não ter sido ouvido até hoje.

"Esta administração ignora-nos", afirmou, lamentando que a empresa reaja apenas perante protestos públicos e usando comunicados que deveriam ser dirigidos aos trabalhadores e não à opinião publica, o que considerou uma forma de "escamotear tudo o que vêm fazendo".

Sublinhou ainda que os acordos assinados com a empresa apenas estão a ser parcialmente cumpridos.

Em relação às ajudas de custo, indicou que a situação se agravou, já que os tripulantes não estão a receber o pagamento adiantado. "Muitas vezes os tripulantes chegam ao destino e não têm o dinheiro depositado nos cartões", disse Ondina Costa.

Angola | ORDENS SUPERIORES CONDENAM À MORTE – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

O país está em choque ante a evidência da podridão da Justiça que levou à asfixia do primado da Lei. Valor mais alto se levantou: As ordens superiores! O Estado de Direito foi capturado pelos ordenantes. A magistratura judicial é abandalhada, desprestigiada e publicamente corrompida por um Decreto Presidencial impensável mas também inadmissível. É hora de mudar corrigindo o que está péssimo e apoiando quem no Poder Judicial quer fazer bem. 

Uma coisa é destruir a credibilidade dos Tribunais e dos agentes da Justiça. Outra é demolir o sistema e desonrar os seus servidores para não terem que dar ordens superiores. Esse caminho desagua na ditadura e reduz os Tribunais a instrumentos de agressão e repressão. A magistratura judicial fica reduzida ao papel de redigir sentenças encomendadas. 

Nada melhor do que ilustrar com um exemplo concreto o início da demolição do Poder Judicial por outros órgãos de soberania. O Dr. Carlos São Vicente foi preso em 22 de Setembro de 2020, sem provas. Ilegalmente. Ao abrigo do código das ordens superiores. O Procurador-Geral da República, Hélder Pita Grós, ainda se opôs. Porque pouco antes tinha assumido por escrito que o detido não tinha cometido qualquer crime. Imperou a ordem superior. Agora o Poder Judicial está a ser demolido para acabar com as ordens superiores. Passam a ser directas e, se for necessário, a chicote.

Na instrução contraditória, a Defesa do Dr. Carlos São Vicente demonstrou que a acusação era vazia e sem provas. Por isso pediu o arquivamento do processo. O juiz de instrução decidiu remeter o auto para Tribunal com base no código das ordens superiores. Antes do julgamento do Dr. Carlos São Vicente, os edifícios da AAA começaram a ser ocupados e em alguns casos vandalizados. Uma antecipação à decisão judicial que tem apenas como cobertura a lei das ordens superiores. Até hoje ainda não existe uma sentença transitada em julgado. Logo, não podiam existir as ocupações. 

O ministro da Justiça na época, Francisco Queiroz, deu um exemplo de amor acrisolado à lei das ordens superiores e mandou ocupar o edifício sede da AAA com um Cartório e um Guiché Único. Os funcionários da empresa foram escorraçados como se estivessem na zunga de rua. O assaltante é jurista de formação. Justificou o assalto dizendo envergonhadamente que recebeu ordens superiores. Pode dar essa cadeira na Faculdade de Direito como professor convidado.

Após a prisão do Dr. Carlos São Vicente, em 22 de Setembro de 2020, as suas contas bancárias, as da sua família e das sociedades AAA foram bloqueadas. Com base na lei das ordens superiores. Todo o seu património foi apreendido com base no artigo único da lei ordens superiores. A família que estava ocasionalmente no estrangeiro não pôde regressar a Luanda porque ficou sem dinheiro para a viagem. E se tivesse, não tinha casa porque a morada de família foi apreendida por força da lei ordens superiores. Resultado: A família de Agostinho Neto ficou sem tecto e foi impedida de regressar à Pátria que ele ajudou a libertar!

Tempestade Freddy deixa 3.300 sem energia em Moçambique

Mais de 3.000 pessoas estão sem energia elétrica no sul de Moçambique após a passagem da tempestade tropical Freddy. Equipas da companhia de eletricidade trabalham para restabelecer o serviço.

tempestade tropical Freddy deixou cerca de 3.300 clientes da Eletricidade de Moçambique (EDM) sem energia na província de Inhambane, sul do país, anunciou este sábado (25.02) a empresa pública em comunicado.

A tempestade derrubou 21 postes de média tensão e destruiu um posto de transformação, afetando os distritos de Vilanculo, Inhassouro, Mabote, Massinga e Funhalouro.

"Equipas técnicas da EDM estão no terreno, a intervir na rede para reposição gradual" da energia, mas as condições atmosféricas adversas e a inacessibilidade de alguns locais "têm sido os maiores obstáculos", anuncia a empresa.

"O custo total para a reposição dos danos causados em Inhambane é de 6,6 milhões de meticais (cerca de 100 mil euros)", concluiu.

A tempestade tropical Freddy provocou na sexta-feira estragos em dois centros de saúde e 24 salas de aula, segundo um balanço preliminar das autoridades, sem registo de vítimas.

Segundo os serviços meteorológicos, a tempestade perdeu força e dirige-se para o interior do país e depois para o Zimbabué, mantendo, no entanto, potencial para provocar chuva intensa nos próximos dias.

A previsão mantém em alerta o sul do país, onde os caudais dos rios estão elevados e os solos encontram-se saturados com as cheias registadas desde o início do mês, especialmente em Maputo e arredores.

A depressão que na sexta-feira chegou a Moçambique atravessou esta semana a ilha de Madagáscar no estado de ciclone tropical, provocando sete mortes e afetando 78.000 pessoas.

Deutsche Welle | Lusa

UCRÂNIA - ÁFRICA NA DISPUTA ENTRE OCIDENTE E RÚSSIA

A invasão da Rússia à Ucrânia completou um ano. Enquanto a guerra prossegue na Europa e, aparentemente, sem um desfecho à vista, África transformou-se num campo de batalha diplomática entre o Ocidente e a Rússia.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, já teve três viagens a África. A última das quais foi em janeiro passado, tendo escalado Angola, África do Sul e Swatini.

Vários chefes de Estado e de Governo europeus também visitaram no ano passado o continente africano. Um dos exemplos foi a visita do chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell. O que estaria na origem dessa apetência pelo continente africano pelos países direta ou indiretamente envolvidos no conflito em curso na Europa?

O especialista em Relações Internacionais, Wilker Dias, aponta a busca de fontes alternativas de fornecimento de energia para fazer face à crise energética que se vive na Europeu, com o corte de fornecimento do gás russo, como uma das hipóteses da corrida do ocidente a África.

"A Europa está em busca de outros mercados e a África tem esse potencial todo, embora ainda não exista um grande investimento nesta matéria, fora o caso de Moçambique, mas tem todas essas componentes que podem, de certa forma, serem extremamente importantes. Então, toda esta corrida dá-se necessariamente pelos recursos existenciais em África", avalia.

É HORA DE TIRAR O CANADÁ DA TANZÂNIA E DE ACABAR COM AS MATANÇAS

A mineradora canadense  Adisa Owusu , Barrick Gold , a segunda maior mineradora de ouro do mundo, está sendo processada por residentes da Tanzânia por contratar policiais locais para assassinatos, tortura e outros tipos de violência. A violência é indiscutivelmente financiada e patrocinada pela Barrick Gold enquanto eles abrigam, alimentam e pagam a polícia local de North Mara Acacia, na Tanzânia. Eles são basicamente a segurança pessoal da empresa, um pequeno exército. Eles são pessoalmente responsáveis ​​por mais de 100 assassinatos desde 2010, incluindo o de uma menina de 5 anos e as 4 mulheres que se reuniram em torno da menina morta.

Internationalist 360º | # Traduzido em português do Brasil

Grande parte da mídia [canadense] ignorou esta história ou omitiu detalhes que ilustram como o bárbaro imperialismo mineiro do Canadá continua até hoje. O Canadá é o maior investidor estrangeiro da Tanzânia, pois o Canadá teve seus tentáculos capitalistas dominando a economia do país por mais de 100 anos. Todo o PIB nacional da Tanzânia em 2020 foi de $ 62 bilhões de dólares, enquanto os lucros do Canadá de suas 40 principais empresas de mineração foram de $ 126 bilhões de dólares.

Após a renúncia de Julius Nyrere como presidente da Tanzânia em 1985, e as subseqüentes falhas parciais do componente agrário de sua filosofia ujamaa, além de ter conflitos com Idi Amin de Uganda, o país foi preparado para ajuda externa. Deve-se notar com mais frequência que o Canadá, junto com a Grã-Bretanha, os EUA e Israel, de fato, apoiou Idi Amin. O Canadá então ofereceu ajuda alimentar em 1985. Com o ujamaa nacionalizado de Nyrere controlando as minas e Nyerere fora de cena, eles disseram que dariam ajuda alimentar apenas se a Tanzânia desistisse de se recusar a abrir sua economia para 'investimentos' de mineração estrangeiros.

Em 1996, após as  reformas do FMI , a Alta Comissária Canadense para a Tanzânia, Verona Edelstein, continuou a aplicar a tradicional pressão colonizadora sobre o governo da Tanzânia para expulsar os mineiros de pequena escala para que uma mina canadense pudesse ser construída. Os despejos foram violentos e pelo menos 60 mineiros artesanais conscientes do ujamaa foram enterrados vivos em suas minas por escavadeiras. Barrick então se mudou.

A segurança da Barrick Gold também é responsável por até 200  casos de estupro nas minas de Papua Nova Guiné. Nada disso impediu o Plano Nacional de Pensões do Canadá (a contribuição previdenciária dos trabalhadores que é deduzida de cada contracheque) de encerrar seus investimentos com a empresa de mineração de ouro de estupro, pilhagem e assassinato. A única coisa que os preocupava era como a Barrick estava pagando seus executivos, com uma breve menção aos impactos ambientais e nenhuma menção à violência. Ou o fato de que, por décadas literais, a Barrick relatou 3 kg de concentrado de ouro por contêiner, mas uma auditoria do governo da Tanzânia descobriu que o conteúdo de ouro era de 7,3 kg por contêiner. Eles roubaram tanto quanto declararam e pagaram impostos! Isso é um exemplo de como apenas um mineral precioso e uma empresa estrangeira em um país africano contribuíram para a pilhagem dos recursos africanos. As 1.348 empresas de mineração do Canadá operam em 93 países, metade desses países são africanos e o Canadá representa 75% das empresas de mineração globais. Como Barrick pagará por seus crimes? Como as bases de extração de recursos sucumbirão à sua própria traição contra a humanidade e a Terra? Nomes, números e endereços?

Líderes ocidentais dizem em privado que a Ucrânia não pode vencer a guerra

Os líderes alemão e francês disseram à Ucrânia que devem buscar a paz com a Rússia em troca de um pacto de defesa pós-guerra, de acordo com uma reportagem do The Wall Street Journal. 

Joe Lauria* | Especial para Consortium News | # Traduzido em português do Brasil

Líderes ocidentais disseram em particular ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky que a Ucrânia não pode vencer a guerra contra a Rússia e que deveria iniciar negociações de paz com Moscou este ano em troca de laços mais estreitos com a Otan. 

As comunicações privadas estão em desacordo com as declarações públicas dos líderes ocidentais, que rotineiramente dizem que continuarão a apoiar a Ucrânia pelo tempo que for necessário até que ela alcance a vitória no campo de batalha. 

O Wall Street Journal, que noticiou as declarações privadas a Zelenksy, disse:

“A retórica pública mascara o aprofundamento das dúvidas privadas entre os políticos do Reino Unido, França e Alemanha de que a Ucrânia será capaz de expulsar os russos do leste da Ucrânia e da Crimeia, que a Rússia controla desde 2014, e uma crença de que o Ocidente só pode ajudar a sustentar o conflito. esforço de guerra por tanto tempo, especialmente se o conflito chegar a um impasse, dizem autoridades dos três países.

'Continuamos repetindo que a Rússia não deve vencer, mas o que isso significa? Se a guerra continuar por muito tempo com esta intensidade, as perdas da Ucrânia se tornarão insuportáveis”, disse um alto funcionário francês. "E ninguém acredita que eles serão capazes de recuperar a Crimeia."

O presidente francês Emmanuel Macron e o chanceler alemão Olaf Scholz disseram a Zelensky em um jantar no Palácio do Eliseu no início deste mês que ele deveria considerar negociações de paz com Moscou, informou o jornal .

Segundo sua fonte, o jornal citou Macron dizendo a Zelensky que “ mesmo inimigos mortais como a França e a Alemanha tiveram que fazer as pazes após a Segunda Guerra Mundial”.

Macron disse a Zelensky que “ele tinha sido um grande líder de guerra, mas que eventualmente teria que mudar para estadista político e tomar decisões difíceis”, relatou o jornal. 

Milhares manifestam-se em Berlim pela paz e contra o envio de armas à Ucrânia

Protesto pacifista foi convocado por autoras de controverso manifesto condenando o apoio militar a Kiev e acusando o governo alemão de promover escalada belicista.

Deutsche Welle | # Publicado em português do Brasil

Chamada "Rebelião pela paz", a marcha concentrou neste sábado (25/02) cerca de 13 mil pessoas no centro de Berlim, segundo a polícia, apesar das advertências de praticamente todo o espectro político alemão sobre uma possível participação de radicais de direita e de esquerda.

O protesto foi convocado pela controversa líder da ala comunista do partido A Esquerda, Sahra Wagenknecht, e pela autora e ativista Alice Schwarzer, ícone do feminismo alemão, que nos últimos tempos tem se destacado por defender inclusive posições mais identificadas com a direita mais conservadora.

A passeata terminou com um comício nas imediações do emblemático Portão de Brandemburgo. Um efetivo policial de cerca de 1.400 agentes foi destacado para a segurança do ato. O esquema de segurança foi reforçado após o anúncio de participação de vários representantes de extrema direita.

Os organizadores estimaram um provável comparecimento de cerca de 10 mil pessoas, mas as estimativas da polícia excederam esses números, apesar das temperaturas congelantes e da fina neve que caía sobre a capital alemã.

Reino Unido | PRINCIPAL COLÓNIA DOS EUA NA EUROPA AINDA À VOLTA DO BREXIT

Rishi Sunak: 'Estamos dando tudo o que temos' no acordo do Brexit

Primeiro-ministro britânico diz estar esperançoso de 'resultado positivo' nas negociações.

LONDRES - Rishi Sunak insistiu no sábado que quer "fazer o trabalho" no Brexit, prometendo que está "dando tudo o que temos" para garantir um acordo com Bruxelas.

Annabelle Dickson | Politico.eu | # Traduzido em português do Brasil

Em entrevista ao Sunday Times , o primeiro-ministro britânico disse estar esperançoso de um "resultado positivo", ao lançar uma blitz de mídia no fim de semana, polindo suas credenciais Brexiteer e tranquilizando os críticos em potencial de que seu acordo "deve receber um apoio muito amplo, porque garante o livre fluxo de comércio no mercado interno do Reino Unido, garante o lugar da Irlanda do Norte em nossa União e garante a soberania.”

Ambos os lados continuam a insistir em um acordo para resolver a tensão em curso sobre os acordos comerciais pós-Brexit da Grã-Bretanha, que fazem com que a Irlanda do Norte continue a seguir algumas leis da UE para contornar a necessidade de verificações na fronteira do Reino Unido com a República da Irlanda. concluído, mas pode ocorrer em alguns dias se os negociadores conseguirem preencher as lacunas restantes.

Sunak, que apoiou a saída do Reino Unido da União Europeia em 2016, tem tentado ganhar o apoio do Partido Unionista Democrático e do Grupo de Pesquisa Europeu de Westminster, que apoia o Brexit.

“Sou um conservador, sou um Brexiteer. E sou sindicalista", disse Sunak ao Sunday Times. "Há negócios inacabados sobre o Brexit e quero terminar o trabalho", acrescentou.

Separadamente, em um artigo para o Sun no domingo , Sunak escreveu: "Ainda há mais trabalho a fazer, mas fizemos progressos promissores recentemente e estou determinado a fazer o certo pelo povo da Irlanda do Norte e entregar para eles."

Na imagem: 'Sou um conservador, sou um Brexiteer. E eu sou um sindicalista', diz PM Rishi Sunak | Justin Tallis/AFP via Getty Images

EURODEPUTADOS DENUNCIAM AS MENTIRAS DE MARROCOS

Bruxelas – APS.dz – porunsaharalibre  - Eurodeputados denunciam as falsas alegações e acusações enganosas de Marrocos contra os eurodeputados que votaram a favor da resolução que condena as violações da liberdade de imprensa em Marrocos.

Entrevistada pela activista da oposição exilada Dounia Filali, Ana Miranda eurodeputada do grupo Verdes/Aliança Europeia Livre disse: “O Parlamento Marroquino passou um dia a debater a resolução do Parlamento Europeu (PE). Apresentou argumentos totalmente miseráveis e falsos, que não podemos aceitar”.

“Sabemos que fazer falsas acusações contra todos aqueles que tocam os seus interesses é a sua forma de agir”, acrescentou a parlamentaria espanhola, sublinhando que “aqueles que criticam Marrocos estão na prisão, mortos ou no exílio”.

Por seu lado, Miguel Urbán, do grupo parlamentar de esquerda, explicou que não era “anti-marroquino” como a imprensa local o apresentou, mas que era “contra um regime que oprime o seu próprio povo e não permite o direito às liberdades fundamentais”.

Aparentemente não surpreendidos pelas acusações espúrias do regime marroquino, os deputados europeus explicam esta campanha de denigração dos deputados europeus pelo facto de, durante mais de 25 anos, Marrocos se ter protegido contra qualquer condenação do PE, graças à rede de corrupção que instalou na Câmara.

“Em 25 anos, Marrocos nunca foi condenado, apesar da gravidade das violações dos direitos humanos cometidas. Quer se trate da liberdade de imprensa, da pressão exercida sobre a questão da emigração ou de outras questões. Pensamos que era uma questão de posição estratégica do PE, para proteger um parceiro privilegiado da União Europeia. Pensávamos que estava relacionado com a chantagem exercida por Marrocos sobre as questões da migração e da luta contra o terrorismo, mas agora sabemos que na realidade tudo fazia parte de uma conspiração mafiosa. Estamos perante o caso mais importante de corrupção na história do PE, porque Marrocos influenciou as decisões do Parlamento”, disse o Sr. Urban.

Segundo Ana Miranda, “as autoridades marroquinas estão zangadas porque criaram um sistema de corrupção e amigos no PE para defender os seus interesses e influenciar as decisões do Parlamento, como fizeram com os acordos de pesca, agrícolas e comerciais em geral”.

“Mas agora que a luz brilhou e as verdades saíram, é mais difícil para Marrocos, e é por isso que não aceita a condenação”, explicou, salientando que a resolução em questão era o resultado de um amplo consenso no seio do Parlamento Europeu.

Criticando as práticas de corrupção e chantagem de Marrocos contra a instituição europeia, Miguel Urban traçou um paralelo com as actuais relações entre Marrocos e Espanha.

“A posição de Pedro Sánchez e do seu governo em relação a Marrocos é indecente. A Espanha, cujos eurodeputados socialistas votaram contra a resolução do PE, quer perpetuar a impunidade de Rabat. Em troca, Sánchez quer que Marrocos aja como polícia para guardar as nossas fronteiras. A indecência desta postura é resumida pelo que aconteceu a 24 de Junho em Nador e Melilla, onde mais de quarenta pessoas foram mortas pela polícia marroquina enquanto a polícia espanhola olhava de forma ociosa. Mas a partir de agora, a Europa não pode continuar a permitir que o regime criminoso de Marrocos continue a violar os direitos humanos dos migrantes”.

Ler mais em porunsaharalibre :

36ª Cimeira da União Africana: República Saharaui frustra plano marroquino de distorcer a sua causa

Marrocos é denunciado por manipular o III Fórum Mundial sobre Direitos Humanos para justificar a ocupação ilegal do Sahara Ocidental.

Moroccogate – Parlamento Europeu adopta resolução para proibir o acesso a Marrocos

Bruxelas (SPS) - porunsaharalibre  - No meio da investigação do escândalo de corrupção de MarrocosGate e das detenções de eurodeputados associados aos serviços secretos marroquinos (DGED) sob a direcção de Yassin Mansouri, um amigo de Mohamed V, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução apelando à proibição do acesso ao Parlamento Europeu de representantes de Marrocos.

A nova resolução foi adoptada ao mesmo tempo que a informação revelada pelos meios de comunicação social POLITCO, que apontava para o alargamento da investigação a outros eurodeputados. “Os eurodeputados Maria Arena e Alessandra Moretti estão ligados à investigação em curso pelos procuradores belgas sobre o mandado contra a eurodeputada italiana Andrea Cozzolino, que foi detida na semana passada sob acusações de corrupção, branqueamento de capitais e participação numa organização criminosa. O mandado foi emitido a 10 de Fevereiro pelo juiz de instrução belga Michel Claise”, nota POLITICO.

Nos documentos, a que a imprensa teve acesso, o grupo de indivíduos corruptos é definido como o “quadrumvirate”, um grupo de quatro pessoas que simultaneamente dirigem um projecto. O quarteto, segundo a mesma ordem, trabalhou sob as ordens do antigo deputado europeu Pier Antonio Panzeri, que já chegou a um acordo com o Ministério Público belga para revelar todas as informações sobre o mecanismo de corrupção e suborno na mais alta instituição legislativa do velho continente.

A resolução, aprovada por 401 votos a favor, 3 votos contra e 133 abstenções, apela à suspensão do acesso dos representantes dos interesses marroquinos e à suspensão de todos os trabalhos sobre os dossiers legislativos relativos ao país do Magrebe. O Parlamento Europeu tinha anunciado anteriormente o cancelamento de todas as visitas planeadas e programadas a Rabat.

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