Expresso na Estrada a acompanhar em resumo a campanha eleitoral das Eleições Legislativas 2024. Resumo útil e newsletter da oficina expressa do tio Balsemão Bilderberg.
A editora de política Eunice Lourenço dá-lhe força e conduz por estradas esburacadas e tapetes de autoestradas que ainda são um mimo e onde até dá gosto acelerar e brincar aos Fitipaldis da atualidade. Já agora recomendamos que tenham cuidado com os travões e verifiquem as baterias dos autoverdes que por aí andam mas que nos podem pregar partidas semelhantes às dos burros teimosos de outros tempos. Se assim acontecer adopte o “Vá à Pata” que dá sempre jeito e até pode abater gorduras. Sorte.
Cuidado com as patranhas da
campanha
Bom dia e um farnel. Olho vivo, orelhas espetadas e miolos a funcionar devidamente oleados. Apertem com eles.
Redação PG
Eunice Lourenço, editora de política | Expresso na Estrada
Olá
O Expresso tem várias jornalistas
a acompanhar a campanha eleitoral e todos os dias publicamos novos
conteúdos sobre os programas eleitorais. Para o ajudar a estar a par do que se
vai passando na campanha, vamos enviar-lhe diariamente este Expresso na
Estrada, que condensa os nossos conteúdos.
Quase 9 anos depois das eleições legislativas que António Costa não venceu, mas
que lhe deram o início de 8 anos de governação, ainda se discute o que fez
Passos Coelho e o que fez António Costa. Para além da questão da
governabilidade, que marcou toda a semana passada e ainda foi tema este
fim-de-semana, foi o passado que esteve presente em boa parte dos discursos.
No sábado, Luís Montenegro tinha dito que a sua prioridade são “os filhos de Portugal”. Passadas menos de 24 horas,
Mariana Mortágua e Pedro Nuno Santos pegaram na expressão para apontarem o que
consideram ser uma contradição e lembrar como Passos Coelho convidou os jovens
a emigrar . “Não tem memória”, acusou o líder do PS, que diz ter
orgulho da governação dos últimos anos e recear o “aventureirismo fiscal” da
direira que pode conduzir ao “regresso da austeridade”. Este domingo teve um vídeo de António Costa a tentar esvaziar a aproximação
de Montenegro aos pensionistas.
Às invocações do passado pelos socialistas, Montenegro respondeu com o mesmo Passos - para dizer
que mesmo com austeridade foi possível inaugurar 7 hospitais por oposição aos “zero”
da governação Costa - , mas também com Cavaco, para lembrar como foi o PSD que
os idosos ganharam o 14º mês. O líder da AD iniciou a campanha oficial em
Mirandela, onde quis mostrar que, como Pedro Nuno, também aposta na rua para o apelo ao voto. Mas continuou a
recusar responder aos desafios de mais clareza sobre cenários de governabilidade
e nem pensar em responder a Miguel Albuquerque, o líder do PSD Madeira que
continua a embaraçá-lo: no debate de sexta-feira, Montenegro tinha dito que
faria diferente de Albuquerque (ou seja, não seria recandidato), mas o
dirigente regional veio dizer que não precisa do apoio de Lisboa para nada.
Se Pedro Nuno e Montenegro apostam em beijinhos e abraços na rua, André Ventura também saiu à
rua, mas ficou na “bolha”. Como aqui pode ler, o líder do Chega desceu a via mais
comercial do Porto sem ter entrado numa única loja e sem ter arriscado o
contacto com qualquer cidadão comum.
E se PS e AD apostam em trocar culpas e orgulhos sobre os seus passados na
governação, o Bloco conseguiu neste fim-de-semana centrar a sua campanha em
problemas bem reais da população: a seca no Algarve e o acesso a cuidados de saúde. Também a CDU diz centrar-se nos problemas reais, mas Paulo Raimundo abriu a campanha a criticar
comentadores, depois de ter desvalorizado as sondagens, numa ida ao distrito de
Évora, onde tenta recuperar o deputado perdido em 2022, usado um “Ás de copas”.
Recuperar todos os seis deputados perdidos è, aliás, o objetivo da CDU nestas
eleições, tal como é o objetivo do PAN, como assumiu Inês Sousa Real que
começou a campanha com uma “cãominhada”, onde estabeleceu a meta de voltar a
eleger quatro deputados, como em 2019. Já o liberal Rui Rocha aumenta a
fasquia: quer passar dos atuais 8 para 12 deputados. E alcançar uma posição que
lhe permita estar no próximo governo alinhado com Montenegro.
Assim (no sábado) e assim (no domingo) correu este fim-de-semana de
campanha, com os partidos a tentarem conquistar os muitos indecisos, que hoje de manhã têm mais um debate para tentar
esclarecer ideias. Ás 10h, nas rádios Antena 1, Observador, Renascença e TSF. E
que pode também seguir no que não precisa do apoio de Lisboa para nada.
Se Pedro Nuno e Montenegro apostam em beijinhos e abraços na rua, André Ventura também saiu à
rua, mas ficou na “bolha”. Como aqui pode ler, o líder do Chega desceu a via mais
comercial do Porto sem ter entrado numa única loja e sem ter arriscado o
contacto com qualquer cidadão comum.
E se PS e AD apostam em trocar culpas e orgulhos sobre os seus passados na
governação, o Bloco conseguiu neste fim-de-semana centrar a sua campanha em
problemas bem reais da população: a seca no Algarve e o acesso a cuidados de saúde. Também a CDU diz centrar-se nos problemas reais, mas Paulo Raimundo abriu a campanha a criticar
comentadores, depois de ter desvalorizado as sondagens, numa ida ao distrito de
Évora, onde tenta recuperar o deputado perdido em 2022, usado um “Ás de copas”.
Recuperar todos os seis deputados
perdidos è, aliás, o objetivo da CDU nestas eleições, tal como é o objetivo do
PAN, como assumiu Inês Sousa Real que começou a campanha com uma “cãominhada”,
onde estabeleceu a meta de voltar a eleger quatro deputados, como em 2019. Já o
liberal Rui Rocha aumenta a fasquia: quer passar dos atuais 8 para 12
deputados. E alcançar uma posição que lhe permita estar no próximo governo alinhado com Montenegro.
Assim (no sábado) e assim (no domingo) correu este fim-de-semana de
campanha, com os partidos a tentarem conquistar os muitos indecisos, que hoje de manhã têm mais um debate para tentar
esclarecer ideias. Ás 10h, nas rádios Antena 1, Observador, Renascença e TSF. E
que pode também seguir no seu Expresso.
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