Artur Queiroz*, Luanda
Os EUA através do seu “proxy” Israel matam quem querem. Destroem países insubmissos. O mundo tem de agradecer ao Irão e aos seus “proxys” o escancarar dessa realidade. De ontem para hoje, o governo de Teerão atacou o “estado judaico” e todos ficámos a saber quem, desde 7 de Outubro passado, matou na Faixa de Gaza 14.520 crianças cujos corpos foram sepultados e outras tantas desaparecidas sob os escombros causados pelos bombardeamentos. Sabemos agora quem causou dois milhões de deslocados à força. Quem encurralou um milhão e meio de seres humanos na cidade de Rafah. Quem matou 33.686 civis indefesos. Quem calou para sempre 140 jornalistas. E feriu gravemente 76.309 civis indefesos.
O Irão e seus “proxys” despacharam para Israel centenas de “drones” e mísseis. Segundo o nazi que fala em nome das tropas israelitas, 99 por cento dos engenhos foram eliminados pelos EUA, Reino Unido, França e Jordânia. Afinal é possível evitar a mortandade na Faixa de Gaza! Se os mesmos ajudantes dos nazis de Telavive interceptassem as bombas que destruíram o enclave palestino, que mataram 30.000 crianças (estou a contar as desaparecidas), que estropiaram 76.309 civis indefesos, que destruíram mais de 80 por cento das edificações, nada disso tinha acontecido.
Os 300 “drones” e 120 mísseis balísticos que voaram para Israel foram anulados por aviões e outros meios dos EUA, Reino Unido, França e Jordânia. Por isso, o ataque a Israel só feriu uma menina de sete anos. A minha mais amada filha. Sou pai de todas as crianças do mundo e por todas dou a vida. Se os mesmos países não fossem os assassinos das crianças e Mamãs de Gaza, ninguém tinha morrido.
Agora sabemos que o estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA) e seus “proxys” rastejantes, Reino Unido, França e Jordânia matam, ferem e destroem a Palestina. São eles os matadores. São eles que fornecem as bombas que rebentam na Faixa de Gaza. O “malicioso regime sionista” é apenas o executante desses crimes contra a Humanidade. Mataram até hoje 30.000 crianças. Mais de 15.000 mamãs sepultadas e milhares sem sepultura.
Eis os nomes dos assassinos que devem ser julgados no Tribunal Penal Internacional por crimes contra a Humanidade na Faixa de Gaza e Cisjordânia: Joe Biden, Emanuel Macron, Rishi Sunak e Abdullah II, rei da Jordânia, que diz ser descendente do profeta Maomé. Eu sou kamba de Baco e neto de Dionísio.
O mundo que estes assassinos construíram é assim. No dia 7 de Outubro de 2023 os “proxys” dos EUA iniciaram o genocídio na Palestina. Podiam ter interceptado todas as bombas, todos os “drones”, todos os mísseis. Não o fizeram. Pelo contrário, forneceram o material de guerra. Financiaram. Ajudaram a executar os ataques. Dão uns gritinhos de horror quando são confrontados com a dimensão do genocídio na Faixa de Gaza. E ficam por aí.
De ontem para hoje o ataque do
Irão a Israel, uma coisa diminuta em comparação com os ataques de Israel à
Cisjordânia e Faixa de Gaza, deixou os EUA e seus “proxys” rastejantes (entre
os mais sabujos está a União Europeia)
Neste momento em que escrevo reúnem de emergência os países do G7 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá) para decidirem como castigar o Irão. O Sunak mandou um submarino e um porta-aviões para o Médio Oriente. O submarino nuclear norte-americano e o porta-aviões dos EUA na região já tomaram posições para atingirem o Irão. Isto porque os “drones” e mísseis destruíram um “centro de inteligência”, uma base aérea e feriram uma menina. Quando os nazis de Telavive iniciaram o genocídio na Palestina, os mesmos actores tomaram posições para protegerem os genocidas. Está tudo dito. Felizmente a Federação Russa saiu do G7 no ano passado.
Atenção, muita atenção. O presidente Marcelo Rebelo de Sousa convocou o Conselho da Defesa Nacional para terça-feira, assim que os primeiros “drones” e mísseis iranianos começaram a voar rumo a Israel. Quando os iranianos souberem que os heróis do mar estão em prontidão para ajudar os nazis de Telavive, em Teerão os clérigos borram-se todos. Não há papel higiénico que lhes valha.
O marginal Nelito Ekuikui, dirigente da UNITA, anunciou que o seu partido quer “uma revisão constitucional” que permita candidaturas de listas independentes fora dos partidos políticos, para a Presidência da República: “É fundamental que a eleição do Presidente da República seja feita de forma directa. Permitiria que surgissem mais figuras fora dos partidos políticos a disputarem o poder”.
Os sicários da UNITA confundem tudo. De propósito. Qualquer angolana ou angolano podem integrar as listas de candidatos dos partidos políticos. Foi assim que o Francisco Viana ou o Justino Pinto de Andrade integraram a lista do Galo Negro nas eleições de 2022. Os queimadores da Jamba (a mim não queimam, não ardo, já sou cinza, como dizia o meu saudoso amigo Agostinho Mendes de Carvalho) ignoram que os partidos políticos são a essência da democracia. Quem quiser fazer política fora dos partidos, é livre. Mas a outro nível.
Na Assembleia Nacional existem os partidos MPLA, UNITA, FNLA, PRS e Partido Humanista. A coligação CASA-CE é constituída pelo Partido de Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), Partido de Apoio para Democracia e Desenvolvimento de Angola -Aliança Patriótica (PADDA-AP), Partido Pacífico Angolano (PPA) e Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA). À boleia da Frente Patriótica Unida (aldrabice para matumbo votar) ainda mexe o Bloco Democrático. Quem quiser fazer política tem muita variedade.
Os eleitores angolanos extinguiram, por falta de votos: Partido Angolano Independente (PAI), Partido Liberal Democrático (PLD), Partido da Juventude Operária e Camponesa de Angola (PAJOCA), Partido Democrático para o Progresso-Aliança Nacional de Angola (PDP-ANA), Partido Nacionalista para a Justiça em Angola (P-NJANGO), Partido Renovador Democrático (PRD), Fórum Democrático Angolano, Nova Democracia-União Eleitoral (ND-UE). Aliança Democrática de Angola-Coligação (AD Coligação).
Quem se achar em condições e apoio popular para ser eleito Presidente da República só tem que fundar um partido. É fácil. Não vejo por que razão, os sicários da UNITA querem imitar os brancos “proxys”.
Mihaela Weba, a Savimbi de saias, vice-presidente do grupo parlamentar da UNITA, diz que há falta de vontade política “para criar autarquias locais em Angola”. E ousadamente afirmou que “Angola é o único país africano da região austral e da lusofonia sem poder autárquico”. Mentira e confusão, como sempre. A Savimbi de saias que tome nota. As Autarquias Locais são pessoas coletivas territoriais que defendem interesses das respetivas populações.
Angola adotou o municipalismo herdado do regime colonial. Depois da Independência Nacional, os governos distritais passaram a comissariados e depois governos provinciais. Os municípios continuaram e surgiram as comunas no lugar dos “postos administrativos”. Portanto, Michaela, despe as calças novas do Savimbi, não mates mais alfaiastes nem mates a democracia angolana. Angola tem autarquias locais! Os seus titulares não são eleitos. Mas são nomeados por quem foi eleito e tem a legitimidade do voto popular.
Angola no Poder Local está muito à frente dos brancos que fazem a cabeça dos sicários da UNITA. Tem Autoridades Tradicionais que desempenham um papel fundamentalíssimo no Poder Local Democrático. A Michaela finge que não sabe, mas está praticamente concluído o pacote legislativo que vai servir de base às Eleições Autárquicas. Até lá vivemos com o sistema que temos. E que só não é mais eficaz porque foi trucidado pelos sicários da UNITA durante a rebelião armada, entre Outubro de 1992 e Fevereiro de 2002.
Os bandidos armados de Jonas Savimbi até destruíram as instalações do Poder Local tal é o ódio que têm à democracia: Sedes dos Governos Provinciais, dos Municípios e das Comunas, sistemas de captação, tratamento e distribuição de água potável, sistemas de produção e distribuição de energia eléctrica, máquinas, viaturas, edifícios das escolas de todos os graus de ensino, postos, centros de saúde e hospitais. Destruíram tudo quanto era equipamento social que garantia o bem-estar das populações. Trucidaram a Autoridade do Estado! Agora choramingam pelo Poder Local. Grandes mentirosos!
António Dembo, vice-presidente dos sicários da UNITA, rebentou com o Palácio do Governo Provincial do Uíge e ficou a viver no anexo. Quando lhe perguntaram por que razão tinha destruído tão belo edifício ele disse: “Nós depois construímos melhor”.
O Poder Local da UNITA foi acabar com a livre circulação de pessoas e bens, em aliança com os racistas de Pretória e depois de 1992, com a rebelião armada. O longo braço da Lei acabou com a aventura belicista dos sicários do Galo Negro. Agora dizem que não há autarquias! Clamam por eleições locais. Para depois de derrotados, dizerem que houve fraude. Tirem as angolanas e os angolanos deste filme de terror. A UNITA é o abono de família de quem quer destruir a democracia angolana.
* Jornalista
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