segunda-feira, 29 de abril de 2024

Portugal | VIVA O FUTEBOL CLUBE DO PORTO! OMESSA!

Bom dia. Este que vem a seguir é o Curto do Expresso. Vitor Matos assina no jornal de referência que é propriedade do Grupo Impresa Bilderberg Balsemista. Um mundo de informação que ainda sobrevive e que se perspectiva assim continuar, com saúde. Haja Expresso que os deuses estão de férias!

O Curto trata da revolução desportiva no FC Porto. De ninho e gerador de criminosos passou a Boas que é Vilas e André. Pinto foi reduzido à sua origem natural, o 'sim senhor' da galinha, já não porá mais ovos. Os bons filhos a casa tornam. É justo.

A abordagem do jornalista do Expresso é esfusiante e abusadora. Até pinta os cravos de azul inundados de positivismo. Deve ser milagre da Fátima que fatura aos milhões em nome da santa e do bem. É justo.

Pinto da Costa, a que chamaram Papa em tempos, passou agora a ser apelidado de Rei, talvez monarca das falcatruas e inimigo dos mouros que ele sempre amaldiçoou referindo-se aos portugueses do sul do país conquistado por D. Afonso Henriques (ainda meu familiar). Esse sim, um rei indiscutível. Um valentão de espada em riste que contrariou a mãe e os reacionários do norte, enveredando por aí abaixo à espadeirada com um exercito de homens destemidos com 'eles' (os tomates) negros, grandes e rijos. Pois, isso já lá vai. Foi quase há mil anos.

Na atualidade a guerra é outra. Os chutos nas bolas pouco contam para a felicidade devida ao povo português. Um grande amigão também do norte de Portugal sabe bem isso. Sem dúvida fez da sua lição um guia que está por cumprir pelos políticos fajutos e concentrados nos seus umbigos e/ou em interesses dos mais endinheirados: a paz, o pão, saúde, educação. Um guia para a liberdade a sério que está por cumprir após a manhã dos cravos vermelhos. Esses sim, importantes e autênticos. Sem folclores perniciosos, ausentes de reacionarismos tão alojados em muitos coios do norte de Portugal, da Europa e do Mundo. Adiante que se faz tarde e vai chover daqui a nada.

Sobre o FC Porto acabamos por agora. O "rei morreu. Viva o rei!" Daqui por uns tempos falaremos e logo veremos o que mudou para melhor e positivo graças à vitória do André Vilas Boas para presidente do FC Porto... Pinto da Costa saiu pela porta pequena, foi teimoso. Decerto estúpido, absoluto. Esses condimentos foram a razão da sua queda e da sua 'morte' enquanto dirigente. Ámen. Deixemos-lhe uns mimos de consideração pelos laivos positivos que representou. Poucos, mas o certo é que não há quem seja completamente perfeito. Azar, o Pinto foi imensamente imperfeito e construtor de "guerras" com tudo e com todos. Lucrou algumas vezes mas deixou a marca de rastos, até internacionalmente. O FC Porto não merecia isso.

Pronto. Vamos embora. Aqui deixamos uma "conversa" sobre desporto-rei, essa coisa dos chutos nas bolas. Protejam-se nas partes.

O Curto a seguir. Bom dia e umas tripas à moda do Porto, na Mamuda (ainda existe?) Se calhar agora é um McDonald's dos envenenadores globais made in EUA. Pois.

Obrigado, se chegaram até aqui. Prova de que são mesmo pacientes. Essa é uma muito boa qualidade que têm. 

Viva o FC Porto, omessa!

Leia o Curto. Vão lá. Já!

MM | Redação PG

Cravos azuis

Vítor Matos, jornalista | Expresso (curto)

Bom dia!

Não foi preciso um golpe. Cinquenta anos depois da madrugada que nos permitiu a democracia, eis que outro Abril chega a um lugar onde parecia não estar: ao Futebol Clube do Porto. Na verdade, foi um golpe, pelo inesperado (para quem segue estes assuntos de longe) mas sobretudo pela dimensão. Um golpe democrático na sequência das eleições internas: ao fim de 42 anos de liderança, Jorge Nuno Pinto da Costa perde a presidência do FC Porto, e André Villas-Boas é o novo presidente dos “dragões”, que recebeu a preferência de mais de 80% dos sócios, com 21.489 de votos, contra apenas 5.224 votos do líder histórico que ia para o 16º mandato.

André Villas-Boas, 46 anos, recebeu uma mensagem, em 2015, de um funcionário do clube a dizer-lhe: “Sei que um dia vais ser presidente do Futebol Clube do Porto”, como nos conta aqui o Pedro Barata, num perfil do novo presidente dos azuis-e-brancos, que destronou o homem que se confundia com a instituição, que vencera 23 campeonatos nacionais, 14 Taças de Portugal e dois títulos de campeão europeu. Desde sábado à noite e até agora, ainda não se ouviu uma palavra pública da boca de Pinto da Costa sobre o nível de rejeição da massa associativa, que saiu em silêncio do Estádio do Dragão quando ainda nem eram oficiais os resultados da derrota eleitoral.

No discurso de vitória, o novo presidente prometeu “ganhar, conquistar títulos e preparar o clube para o futuro”, mas manteve a elegância para com o presidente cessante: “Quero agradecer a Jorge Nuno Pinto da Costa por tudo aquilo que deu ao FC Porto. Esta é e sempre será a sua casa”, afirmou.

Ontem à noite, porém, ainda sem Villas-Boas na bancada VIP - que preferiu ver o jogo na bancada com os adeptos -, o FC Porto deixou escapar, em casa, a vitória frente ao Sporting. Estava a ganhar 2-0, mas permitiu que Gyökeres igualasse a partida nos últimos minutos. Na crónica do jogo, a Lídia Paralta Gomes fala em “excesso de confiança” dos leões. O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, que renovou o contrato com Pinto da Costa e o clube dois dias antes das eleições - com uma cláusula que permite a rescisão sem contrapartidas - depois do empate com o Sporting afirmou-se “disponível para falar com quem quer que seja que tenha responsabilidades no FC Porto, sem problemas nenhuns, com todo o gosto”.

Para Rúben Amorim, o jogo “não foi brilhante, mas fica o resultado”. O treinador do Sporting reconheceu que o empate no Dragão foi melhor do que a exibição, garantindo que as ondas de choque da sua viagem a Londres, pela qual já pediu desculpa, não condicionou os jogadores. Com o campeonato praticamente entregue aos de Alvalade, com o Benfica a cinco pontos, resta aos “dragões” prepararem as próximas épocas com a nova liderança. Fica para já, por saber, saber qual será a magnitude das mudanças ou que tipo de escrutínio interno vai Villas-Boas fazer.

No Expresso da Manhã de hoje o convidado de Paulo Baldaia é Miguel Sousa Tavares, conhecido adepto do FC Porto. O jornalista considera que “os portistas jamais esquecerão aquilo que Pinto da Costa fez, ao transformar um clube de aldeia num clube do mundo”, mas confessa que tem medo que, “nestes 15 dias se façam mais algumas golpadas, como fazer contratos com empresas de amigos, fazer pagamentos à frente de outros que são devidos”, ou do que vai encontrar André Villas-Boas “quando começar a abrir gavetas no Estádio do Dragão”.

Pode-se dizer, no entanto, e sem arriscar muito que, com esta mudança na chefia do FCP, inicia-se não só uma nova fase no clube, como eventualmente no futebol português.

OUTRAS NOTÍCIAS

Sebastião Bugalho, o jovem candidato surpresa da Aliança Democrática fez ontem o seu primeiro discurso político como cabeça de lista às europeias, onde assumiu o risco. Foi na 13ª edição da Universidade Europa, do PSD, a decorrer este fim-de-semana na Curia (Aveiro), que disse frases como esta: “Um grande homem disse uma vez que para se conhecer a vitória é preciso conhecer a derrota. Mas eu estou plenamente convicto de que nós escolhemos ganhar, porque a Europa ganha connosco e Portugal ganha com a Europa”.

Com a oposição a dificultar a aprovação de medidas do Governo como a redução do IRS; Luís Montenegro foi à mesma Universidade Europa da JSD pressionar direita e esquerda para justificarem essa convergência na campanha das europeias: "Se acontecer o que parece ser um sinal da primeira semana, e a ideia do PS e do Chega é simularem uma oposição ao Governo fazendo um governo alternativo, então vão ter de assumir isso olhos nos olhos dos portugueses".

Marcelo Rebelo de Sousa “foi longe demais, foi o dia mais infeliz do seu mandato”, criticou ontem Luís Marques Mendes no seu espaço de comentário na SICao analisar a conversa do Presidente da República com os correspondentes estrangeiros em Portugal. Para o ex-líder do PSD e eventual candidato à Presidência, Marcelo errou ao falar da relação com o filho, ao fazer considerações pouco abonatórias sobre o primeiro-ministro Luís Montenegro, mas o mais grave para o comentador foi levantar a questão das reparações às ex-colónias: “Sejamos francos e diretos. Não há nenhum contencioso. Manda o bom senso que não se esteja a inventar um problema", disse Marques Mendes.

Sobre a questão das indemnizações às antigas colónias, o Governo fez um comunicado este sábado a rejeitar a proposta do Presidente da República: “Não esteve e não está em causa nenhum processo ou programa de ações específicas com esse propósito”. E lembrou que “o Estado Português financiou, em Angola, o Museu da Luta de Libertação Nacional; em Cabo Verde, a musealização do campo de concentração do Tarrafal; em Moçambique, a recuperação da rampa dos escravos na Ilha de Moçambique”.

A discussão está a fazer-se na Europa: países como a França, a Suíça, a Alemanha ou o Reino Unido já devolveram obras de arte a países africanos colonizados.

Paga-se mais IRS em Portugal do que no estrangeiro. No ano passado Portugal tinha o 13º IRS mais alto dos países da OCDE. Os cortes previstos no Orçamento do Estado para 2024, acrescidos da redução que o novo Governo quer acrescentar, deverão atenuar a situação.

A morte de um homem na Barragem do Alqueva, que viajava num balão de ar quente, continua envolvida em mistério. Ao Expresso, o comandante dos Bombeiros de Mourão explicou que o pedido “foi feito com a indicação de que um homem se tinha atirado do balão para a água, mas isso não foi confirmado pelos testemunhos". Não se percebe se foi um acidente, um homicídio ou um suicídio.

O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, acusou o anterior Governo de ter "desperdiçado a oportunidade" de usar a totalidade dos fundos do PRR à disposição de Portugal, e alertou para o que chamou de "radicalismo verde" contra os agricultores, o que coincide com a posição dos que se têm manifestado contra as políticas europeias em toda a Europa.

O regime das taxas de subsolo, que continuam a penalizar consumidores de gás natural, devem ser revistas pelo Governo. O Orçamento do Estado para 2017 estipulou que a taxa, fixada município a município, não poderia ser repercutida nos consumidores de gás natural. Mas continua a ser cobrada. Ministério do Ambiente e Energia assegura que vai rever o regime jurídico.

O presidente do Governo espanhol, o socialista Pedro Sánchez, recebeu ontem o apoio de milhares de pessoas que se manifestaram em Madrid, pelo segundo dia consecutivo, no sentido de ele não se demitir. O primeiro-ministro do PSOE revelou que pondera deixar o cargo depois de ser conhecida uma investigação judicial à sua mulher.

Sánchez vai revelar hoje a sua decisão. Apesar das pressões dos militantes e simpatizantes para que fique, o sentimento dominante entre os socialistas é pessimista. A oposição critica governante e, na imprensa, há quem desconfie de estratégia eleitoralista, escreve Ángel Luis de la Calle, correspondente do Expresso em Madrid. Em todo o caso, o Ministério Público deve pedir o arquivamento do processo.

A guerra continua a somar vítimas em Gaza. Pelo menos 19 palestinianos morreram esta noite depois de um bombardeamento do exército israelita contra a cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, informaram meios de comunicação social palestinianos.

FRASES

“Na quinta-feira, mostrámos que uma ruidosa maioria não ficará calada perante a fanfarronice saudosista. Os nossos pais ensinaram-nos a beleza de abril. Nós ensinamos aos nossos filhos. Eles ensinarão aos nossos netos”
Daniel Oliveira, colunista do Expresso

“Nem Bugalho é Poiares Maduro, nem Temido é Vitorino. Montenegro e Pedro Nuno jogam na notoriedade, aflitos com a 2ª volta do 10 de março”
Ângela Silva, jornalista, no Expresso

“Passos Coelho criou o espaço onde quer iniciar o regresso”
Ângelo Correia, ex-ministro do PSD, no “Público

“Acossado pelo caso das gémeas, assustado com a irrupção do Chega e as críticas do PS, desconcertado pela forma como Montenegro lida com ele, Marcelo resolveu criar um facto: o pagamento às ex-colónias”
Helena Matos, colunista do “Observador

O QUE ANDO A LER

Na verdade, é uma preparação para ir ver uma peça. “Fado Alexandrino” (D. Quixote), de António Lobo Antunes, publicado já vai longe, em 1983, foi adaptado ao teatro por Nuno Cardoso no Teatro Nacional de São João, do Porto, e cuja encenação descerá ao palco do CCB esta sexta-feira, 3 de maio, em Lisboa. É a história cruzada, em trança, de cinco antigos combatentes da guerra colonial, que se encontraram num jantar, em Lisboa, e que a partir daí desfiam as memórias, ao mesmo tempo que o autor sobrepõe, como é habitual nos livros de Lobo Antunes, vozes, memórias e lugares.

Não é um testemunho, mas também é o testemunho do escritor que também esteve no “ultramar”, sobre a guerra, a distância, o regresso a casa, o 25 de Abril, e essa distância que permanece em relação às coisas e às pessoas que eram familiares mesmo quando se volta.

Em “Fado Alexandrino”, escreve aqui o Valdemar Cruz sobre a peça, “Lobo Antunes e Nuno Cardoso desenham um encontro de desiludidos da vida”, ao som da música de “Peixe”.

Este Curto fica por aqui, espero que tenha uma boa semana. Pode ir acompanhando a atualidade no Expresso, na Tribuna e na Blitz.

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