Bom dia. A seguir vão desembocar no Curto do Expresso onde a novela orçamento é vedeta eleita pela direita ressabiada ao toque da extrema-direita política e em plena e descarada atividade com tricas e laricas até do professor Marcelo Cata-Vento. O ‘Velho do Restelo’ alapou-se no palácio em Belém com um contentor gigante de diz que disse recheado de intrigalhada e baralhada nada digna de um Presidente da República. Ele ‘fala-caro mas não engana os atentos’. O que não significa que milhões de portugueses embarquem nas loas e na dramatização se não houver orçamento geral do estado amigo dos grandes empresários, das escandalosamente grandes empresas e seus correligionários. Tretas gravosas de um Marcelo guinado ao seu partido (PSD) e ao extremismo do Chega, do CDS e seus apaniguados da auto-apelidada de “Maioria Silenciosa” que correspondeu à lavra dos minoritários golpistas Champalimauds, Melos e outros que tais em 28 de Setembro de 1974 na tentativa de um golpe de Estado de retorno ao passado salazarista e fascista que foi travado pelas forças progressistas e democráticas… Nesse período os portugueses não deixaram que o tempo voltasse para trás. Nem Spínola, nem ELP e seus escabrosos nazi-fascistas-bombistas e assassinos se safaram. O povo defendeu destemidamente a liberdade e a democracia. Democracia que há muitos anos vem sendo atacada e definhada pé ante pé. Hoje já só sobrevivemos numa pseudo-democracia e sob a canga de manipuladores, ladrões, vigaristas e fascistas que avançam ocultando as suas botas cardadas e reais intenções encostados ao populismo, por enquanto. Só por enquanto, mas visando o regresso ao passado fascista e salazarista da modernidade enganosa e dita capacitada e sofisticada. O desprezo aos que trabalham e produzem no duro é flagrante e gritante. Não se ganha para pagar uma renda de casa...
Tenham vergonha seus abutres das finanças, do grande empresariado e da política!
Agora é o Orçamento Geral do Estado por pretexto e nas ilhargas. Sub-repticiamente esses tais energúmenos, adversários da democracia de facto, das liberdades e dos direitos dos portugueses vão avançando e submetendo-nos à canga das suas vontades, dos seus lucros exponenciais, do seu fascismo social, económico, financeiro, político e de contenção dos direitos, liberdades e garantias democráticas e justas…
E assim vai Portugal, como quase todos os países da União Europeia e do mundo…
A Terceira Guerra Mundial já está em curso. As gigantescas corporações armamentistas e de multi-interesses económico-financeiros são quem mandam, os políticos sabujos comem as sobras dos milhares de milhões que estão em jogo. Um jogo mortal, para os povos. E o nuclear para quando, a sério e devastador?
Abram os olhos mulas! – dizia Policarpo,
carroceiro de uma parelha, quando se desviava do caminho numa carroça repleta
de verduras destinadas à Praça da Ribeira,
Basta. Já vamos longos.
Segue-se o Curto do Expresso, desta feita sob a autoria de Pedro Lima, prestimoso trabalhador do tio Balsemão Impresa e Correlativos.
Boa semana, se conseguirem… Pois, pois.
MM | Redação PG
Pedro Lima, Editor-adjunto de Economia | Expresso (curto)
Bom dia,
Começamos por lhe fazer um convite: quarta-feira, às 14h, "Junte-se à
Conversa" com David Dinis e Liliana Valente para falar sobre
"Orçamento: o PS está a ser “radical”?". Inscreva-se aqui.
Enquanto lá fora o mundo vai estando suspenso dos avanços militares de Israel
no Líbano ou da radicalização política que vai fazendo caminho em vários
países, com as eleições nos EUA à porta, por cá são as negociações do Orçamento
do Estado para o próximo ano que vão centrando as atenções. A poucos dias da
entrega do documento, PSD e CDS-PP iniciaram ontem jornadas parlamentares
conjuntas, que se estendem para hoje, com o mote "Um Orçamento do Estado
para resolver os problemas das pessoas". E a mensagem dos ministros que
vão discursando vai sendo a mesma: o governo da Aliança Democrática pede que o
deixem governar.
A sessão de encerramento está prevista para as 12h com os líderes dos dois
partidos, Luís Montenegro e Nuno Melo, mas antes o primeiro-ministro vai
assinar o acordo de concertação social – o Acordo Tripartido de Valorização
Salarial e Crescimento Económico. O Governo suavizou a sua posição mantendo a intenção de reduzir
o IRC mas já não se compromete em descê-lo em dois pontos percentuais e
admite a proposta do PS de descida de 20% das tributações autónomas.
Será uma aproximação ao PS mas aparentemente PS e PSD estão longe de um
entendimento e o presidente da República lá vai pressionando para que se
concertem porque os tempos difíceis que aí estão e os que se avizinham a isso
obrigam. Hoje há Conselho de Estado para analisar a situação económica a nível
nacional e internacional e será mais uma oportunidade para Marcelo Rebelo de
Sousa apelar ao consenso entre os dois maiores partidos.
Mas a troca de recados prossegue e o país continua portanto sem saber se vai
ter Orçamento ou eleições antecipadas. Ouviu-se dizer nas jornadas
parlamentares que o PS andou a “enganar” o país e que o Chega anda aos
“ziguezagues” e os ministros saíram em defesa das medidas polémicas
que deverão fazer parte do Orçamento, dizendo que o IRS Jovem não é “discriminatório” e que a descida de IRC
“atrai investidores”. Já o líder do PS diz que o seu partido não aceitará medidas “que
violentem" o seu "projeto de sociedade”. Pedro Nuno Santos
afirmou também que as medidas do Governo é que são “radicais”.
A apresentação do Orçamento está marcada para 10 de outubro.
Do lado dos parceiros sociais, o presidente da CIP mostrou-se desagradado com a oposição do PS
à descida do IRC: “Preocupa-me quando o líder de um partido estabelece como
princípio orientador da duas base programática ser radicalmente contra a
descida do imposto sobre as empresas”, disse Armindo Monteiro. A CIP era um dos
parceiros em dúvida na assinatura do acordo de concertação social mas acabou por
anunciar que afinal sempre o vai subscrever.
OUTROS ASSUNTOS
Guerra no Médio Oriente Israel intensificou ontem os bombardeamentos em Beirute e
confirmou ataques terrestres "limitados e direcionados" contra o Hezbollah depois
de durante o dia ter circulado a informação de que estaria a preparar uma
operação terrestre. O presidente dos EUA, Joe Biden, manifestou-se contra essa
hipótese. O líder interino do Hezbollah, Naim Qassen, afirmou que o grupo
radical islâmico estaria preparado caso os israelistas entrassem por terra.
Entretanto o Irão disse que não vai enviar soldados para combater Israel
no Líbano ou na Palestina porque, segundo o seu ministro dos Negócios
Estrangeiros, os governos dos dois países têm a capacidade e o poder para fazer
frente aos israelitas. E a ONU contabiliza a fuga de 100 mil pessoas do Líbano para a
Síria, cerca de 60% dos quais serão menores de 18 anos.
Ucrânia A Rússia quer recrutar mais 133 mil russos no outono e
decidiu elevar o orçamento da defesa em 30% com vista a reforçar a guerra na Ucrânia.
Presidenciais nos EUA Donald Trump disse que Kamala Harris, a sua adversária nas
eleições de 5 de novembro, é “deficiente mental”, um dia depois de a
vice-presidente democrata ter visitado a fronteira sul e ter prometido apertar
as normas para o acolhimento e asilo e reforçar a segurança, bem como aplicar
penas mais duras a quem se entre ilegalmente no país.
Áustria A vitória do FPÖ, de extrema-direita, nas eleições de domingo
lançou a Áustria num impasse. O ÖPV, de centro-direita, recusa-se integrar
um governo que tenha o líder do FPÖ como chanceler e o presidente austríaco
sinaliza que não dará posse a alguém que recorre a expressões que eram usadas
por Adolf Hitler, o ditador que lançou a Europa na Segunda Guerra Mundial.
Incêndios O Presidente da República e o primeiro-ministro sobrevoaram as
zonas ardidas pelos incêndios que começaram a 15 de setembro. O Governo
prometeu rapidez nos apoios.
Inflação O índice de preços do consumidor voltou a subir em setembro em
Portugal – passou de 1,9% para 2,1% -, após quedas em junho, julho e
agosto. Se contarmos com os gastos dos turistas - o indicador que conta para a
comparação europeia - a subida foi ainda mais pronunciada.
Contas públicas Pelo segundo mês consecutivo as contas públicas registaram, em
agosto, um saldo positivo, embora o excedente tenha registado um recuo face
a julho.
Pensões O Governo vai rever a lei para permitir a atualização das
pensões no ano seguinte ao da sua atribuição, confirmou ontem a ministra do
Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Ramalho. Desde
Efacec Numa auditoria feira à Efacec, o Tribunal de Contas concluiu que a nacionalização foi feita
sem justificação, os objetivos ficaram por cumprir, a vida na esfera
do Estado foi feita sem controlo significativo e a venda à Mutares teve fragilidades.
FRASES
"Havemos de perseguir a EDP até pagar os seus impostos e perseguir a
Autoridade Tributária até cobrar cada cêntimo que a EDP deve pelo pagamento
destes impostos" – Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de
Esquerda, a propósito do pagamento de impostos sobre as barragens
“Eu tenho visto muito reacionário ter empatia por revolucionários. Espantoso. E
moderados não terem empatia nenhuma entre si” – Marcelo Rebelo de Sousa,
presidente da República
PODCASTS
Expresso da manhã Incursões terrestres israelitas no Líbano: em que sustenta
Netanyahu esta escalada na guerra?
Economia dia a dia O Instituto Nacional de Estatística publicou os números
provisórios da inflação relativos a setembro. Como evoluíram os preços dos bens e serviços?
O QUE ANDO A LER
“O homem mais rico de sempre” conta-nos a história de Jakob Fugger, também
conhecido como ‘Fugger o rico’, banqueiro alemão que viveu entre 1459 e 1525.
“Pioneiro do Renascimento e banqueiro de Papas e Imperadores, os seus métodos
abriram caminho a cinco séculos de capitalismo”, conta-nos o autor do livro,
Greg Steinmetz.
Fez fortuna na mineração e na banca, vendeu têxteis, especiarias, jóias e
relíquias, foi odiado por muitos devido à sua obsessão pelo dinheiro e à forma
como conseguia ganhá-lo: “era um homem de negócios agressivo, que se esforçou
por fazer tanto dinheiro quanto possível e por todos os meios ao seu alcance”.
“Obteve favores de políticos, usou o dinheiro para mudar as regras a seu favor,
rodeou-se de advogados e contabilistas e recorreu a meios sofisticados para
obter informações”, escreve Greg Steinmetz, acrescentando que “foi o primeiro
dos homens de negócios da era moderna por ter sido o primeiro a perseguir a
riqueza pela riqueza, sem receio de ser condenado ao inferno”.
Obrigado por estar desse lado. Continue na nossa companhia em www.expresso.pt.
Sem comentários:
Enviar um comentário