Artur Queiroz*, Luanda
A Associação Justiça, Paz e Democracia (AJPD) acaba de denunciar que Carlos São Vicente corre perigo de vida, devido a tortura e maus-tratos que tem sofrido no estabelecimento prisional de Viana. Uma prisão arbitrária. E o julgamento foi ilegal como concluiu o Comissariado da ONU para os Direitos Humanos.
As Nações Unidas disseram ao Executivo para libertar o empresário e negociar com ele uma indemnização pelos danos causados. Até hoje ninguém tomou qualquer decisão. O governo do Estado Angolano comporta-se como os nazis de Telavive. E com a denúncia da associação angolana de defesa dos Direitos Humanos mostra que está a seguir as lições do estado terrorista mais perigoso do mundo. João Lourenço é bom aluno.
“O Doutor São Vicente, que já cumpriu parte da sua pena, está em condições de gozar o benefício da liberdade condicional. Mas foi-lhe apresentada uma proposta, como pré-condição, para ser conseguida a liberdade condicional: Entregar todo o seu património ao Estado, como condição prévia. Se assim não fizesse, isso mesmo lhe foi dito por uma Procuradora, haveria de apodrecer na cadeia”, denunciou a AJPD.
Carlos São Vicente tem direito à liberdade condicional. Negam-lhe esse direito porque João Lourenço odeia a liberdade, seja ela plena ou com condições. O empresário continua a viver uma situação de prisão arbitrária E há alguns meses também lhe é negada a liberdade condicional. Um retrocesso aos anos dos chefes de posto. Do colonialismo puro e duro.
As denúncias da Associação Justiça, Paz e Democracia são gravíssimas mas não são novidades. A associação de defesa dos Direitos Humanos revela que “para fragilizar a saúde e a vida do empresário Carlos São Vicente, a fim de renunciar aos seus bens a favor do Estado, o serviço prisional limitou as visitas de familiares e deixou de lhe dar assistência médica”.
A caminho dos 50 anos da Independência Nacional leiam o que, segundo a AJPD, estão a fazer a um cidadão angolano apenas por ser genro de Agostinho Neto: “Não lhe dão a medicação, nem a assistência médica necessária, para que ele possa sobreviver”. João Lourenço transformou o Palácio da Cidade Alta no acampamento da Jamba. Só faltam as fogueiras para matar mulheres e crianças vivas.
Paulo Lukamba Gato, soubemos pelo próprio, fez o exame do quinto ano na Ganda, no ano de 1973. Mas não nos informou se ficou aprovado ou reprovou. Pelo nível que tem demonstrado, levou um grande chumbo. Escreve umas aldrabices sobre o Caminho-de-Ferro Benguela. Diz que o CFB foi um projecto do rei de Portugal.
Nem pensar, menino! O projecto de uma ponta (Lobito) à outra (Luau) é dos ingleses. Verdade, a via-férrea foi construída para a rapina das matérias-primas de Angola, do então Congo Belga e da Rodésia do Norte (Zâmbia).
O Gato da Galo Negro lembra-se do CFB com amor à moda da UNITA. O Savimbi mostrava o seu afecto pelas mulheres que violava e abusava, atirando-as para as fogueiras ou enterrando-as vivas com ois seus bebés. Matando!
O amor da UNITA pelo CFB foi mostrado partindo tudo, entre Catenge e o Luau. Partiram tudo sem dó nem piedade e o comboio só voltou a apitar depois de 2002.
A destruição do canal ferroviário pelos sicários da UNITA causou ao Estado Angolano prejuízos de biliões de dólares. Mas a UNITA não paga pelos seus crimes. Por isso é que João Lourenço usa o Poder Judicial para “recuperar activos” de quem fez fortuna à custa do seu trabalho e da sua sabedoria. Alguém tem que pagar pelos sicários da UNITA, improváveis amigos de João Lourenço.
Abílio Kamalata Numa converteu-se. Já está a denunciar a criminosa ligação da UNITA ao regime racista de Pretória. A propósito da visita de Joe Biden a Angola ele escreve coisas que até há pouco tempo eram negadas ou desmentidas pelo Galo Negro.
O sicário Kamalata Numa, a propósito da estada do chefe do estado terrorista mais perigoso do mundo em Angola, recuou “aos tempos da resistência” ao lado dos racistas de Pretória. Ele escreve que o primeiro-ministro dos racistas de Pretória, Peter Botha, “negociou com a UNITA para visitar a Jamba. Nas negociações havidas entre as partes, foi comunicado ao Dr. Savimbi que não se preocupasse com as questões da alimentação, talheres e loiça, bem como lençóis, colchões, etc. A resposta do Dr. Savimbi foi assim: “se a visita é feita nestes termos, então, não se faça”. O Savimbi, muito macho, resistiu aos patrões!
Leiam só mais estra parte: “Felizmente, os Generais Sul Africanos que mantinham contactos com a UNITA, convenceram o Sr. Primeiro Ministro à fazer a visita sem levar a logística preparada, o que foi feito. A delegação que visitou a Jamba teve que utilizar a logística organizada pela UNITA”.
Por fim, a grande revelação: “A UNITA durante anos teve na Jamba, uma representação americana, com quem manteve relações apropriadas na articulação dos interesses das partes”. Portanto, segundo Kamalata Nhuma, os amigos de João Lourenço (estado terrorista mais perigoso do mundo) tinham uma embaixada na Jamba para atender aos interesses do regime racista de Pretória e a sua criadagem da UNITA.
Um dia destes o sicário Abílio Kamalata Numa vai revelar-nos que o embaixador dos EUA na Jamba também carregou lenha para as fogueiras onde Savimbi queimou vivas mulheres e crianças!
* Jornalista
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