A AFP avança que o Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, decretou lei marcial no país.
A Aljazeera acrescenta que a lei marcial foi declarada depois do Presidente acusar a oposição de atividades contra o Estado.
Esta terça-feira o Presidente Yoon Suk Yeol disse que ia reconstruir a liberdade e a democracia no país através da lei marcial.
O objetivo é proteger o país das "forças comunistas", anunciou num discurso.
"Para salvaguardar uma Coreia do Sul liberal das ameaças representadas pelas forças comunistas da Coreia do Norte e eliminar elementos antiestatais... declaro lei marcial de emergência", disse Yoon num discurso exibido ao vivo pela televisão.
Até ao momento desconhece-se ainda como as medidas vão afetar a governação e a democracia.
Enfrentando uma diminuição na sua aprovação, Yoon tem-se esforçado por implementar a sua agenda desde que assumiu o cargo em 2022, contra um parlamento controlado pela oposição.
O partido conservador Poder Popular de Yoon regista um impasse com o Partido Democrático, da oposição liberal, sobre o projeto de lei orçamental para 2025.
Yoon tem também rejeitado os apelos a investigações independentes sobre os escândalos que envolvem a sua mulher e altos funcionários, o que tem levado a fortes críticas dos seus rivais políticos.
O Partido Democrático terá convocado uma reunião de emergência dos seus deputados depois do anúncio de Yoon.
*Com Lusa e AFP
Bloqueados acessos à Assembleia Nacional da Coreia do Sul depois de anúncio de lei marcial
Segundo a agência noticiosa da Coreia do Sul Yonhap, a partir das 23h30 locais (14h30 de Lisboa), os guardas e os agentes da polícia posicionaram-se junto dos portões da Assembleia Nacional, permitindo a entrada apenas aos deputados, ao pessoal parlamentar e a jornalistas acreditados, após verificação da sua identidade.
Após a declaração da lei marcial por Yoon, dezenas de cidadãos concentraram-se em frente à Assembleia, o que já provocou confrontos.
Segundo uma televisão local, helicópteros sobrevoam o parlamento.
Yoon Suk Yeol,declarou hoje “lei marcial de emergência” para proteger a “ordem democrática constitucional”, acusando a oposição de controlar o parlamento e simpatizar com a Coreia do Norte.
Durante uma comunicação transmitida pela televisão, Yoon prometeu “erradicar as forças pró-norte-coreanas e proteger a ordem democrática constitucional”.
Desconhece-se ainda como as medidas vão afetar a governação e a democracia, porém, o Ministério da Defesa convocou uma reunião dos “principais comandantes e apelou a uma vigilância reforçada”, segundo a agência noticiosa local Yonhap.
“O ministro ordenou igualmente que as forças armadas se mantivessem em guarda de emergência”, segundo a curta notícia divulgada depois de o Presidente ter decretado a lei marcial.
Enfrentando uma diminuição na sua aprovação, Yoon tem-se esforçado por aplicar a sua agenda desde que assumiu o cargo em 2022, contra um parlamento controlado pela oposição.
O partido conservador Poder Popular de Yoon regista um impasse com o Partido Democrático, da oposição liberal, sobre o projeto de lei orçamental para 2025.
Yoon tem também rejeitado os apelos a investigações independentes sobre os escândalos que envolvem a sua mulher e altos funcionários, o que tem levado a fortes críticas dos seus rivais políticos.
Também o ministro das Finanças, Choi Sang-mok, convocará uma reunião de emergência com os principais responsáveis económicos, segundo a Yonhap.
Esta reunião incluirá os diretores do Banco da Coreia, da Comissão de Serviços Financeiros e do Serviço de Supervisão Financeira, informou o Ministério das Finanças, acrescentando que a reunião será seguida de uma sessão separada com altos funcionários do Ministério das Finanças.
O Partido Democrático já considerou a declaração de lei marcial de Yoon como “inconstitucional e contra o povo”, segundo a agência sul-coreana.
Madre Média (Sapo)
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