Assistência internacional começa a chegar ao país para ajudar nas operações de resgate
Nuno Fernandes | Diário de Notícias
Tailândia "voltou à normalidade após terramoto" , diz PM
A primeira-ministra tailandesa Paetongtarn Shinawatra disse hoje que o país "voltou à normalidade" após um terramoto mortal ter abalado a capital Banguecoque.
Shinawatra referiu que apenas um prédio desabou na capital, acrescentando que o edifício estava em construção e que nenhum outro sofreu impacto semelhante.
"Encarregámos o Departamento de Obras Públicas e Planeamento Urbano e Rural de investigar o que aconteceu [com o prédio desabado] e quais seriam os padrões futuros", disse a PM.
Pelo menos 10 pessoas morreram na Tailândia na sequência do terramoto. Na vizinha Myanmar, o número de mortos já ultrapassou os 1000.
12 crianças e um professor morreram após desabamento de uma escola em Myanmar
Entre os prédios que desabaram em Kyaukse, na região de Mandalay, em Myanmar, estava uma escola. Os socorristas que estão no local informaram que foram encontrados na manhã desde sábado corpos de 12 crianças e de um professor.
Há mais crianças soterradas no local. Relatos não confirmados, de acordo com a BBC, apontam que cerca de 50 crianças e seis professores estavam desaparecidos após o desabamento do prédio.
“O número aproximado de pessoas na escola é de 50, mas temos apenas uma lista do número de pessoas que foram retiradas. Retirámos do local 13 corpos", adiantou um membro da equipa de resgate.
A administração da Represa de Kyaukse, a Cruz Vermelha e grupos de assistência social têm ajudado no resgate. Na cidade de Kyaukse, casas e lojas também desabaram devido ao terramoto.
Terramoto em Myanmar libertou energia equivalente a "334 bombas atómicas", diz geóloga
O terramoto de magnitude 7,7 que atingiu Myanmar na sexta-feira libertou a energia equivalente a mais de 300 explosões de bombas atómicas, disse uma geóloga à CNN, alertando que tremores secundários provavelmente continuarão a abalar a região.
"A força que um terramoto como este liberta é de cerca de 334 bombas atómicas", disse Jess Phoenix à CNN.
A especialista também alertou que os tremores secundários podem durar alguns meses, pois a placa tectónica indiana continua a colidir com a placa eurasiana abaixo de Myanmar.
Mais de 1000 mortes e 2376 feridos já confirmados em Myanmar
O sismo de sexta-feira matou pelo menos 1002 pessoas e feriu outras 2.376, disseram as autoridades de Myanmar, que apelaram à ajuda da comunidade internacional, um apelo considerado excecional, tendo em conta a dimensão dos danos humanos e materiais e o isolamento político da junta no poder.
O sismo ocorreu às 12h50 (6h20
O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) estima, contudo, que o número de mortos na sequência do sismo possa superar os 10.000. Este serviço já emitiu um alerta vermelho para as fatalidades estimadas do sismo, indicando "altas baixas e danos extensos".
Assistência internacional começa a chegar a Myanmar
Vários países começaram já a enviar equipas de resgate para Myanmar para ajudar nas operações de socorro.
Os líderes militares de Myanmar tomaram a rara medida de solicitar assistência internacional para lidar com os danos do sismo.
Uma equipa chinesa foi o primeiro grupo de resgate internacional a chegar à maior cidade de Myanmar, Yangon, na manhã deste sábado, de acordo com a emissora estatal chinesa CCTV.
Pequim também fornecerá cerca ed 10 milhões de euros em ajuda humanitária, depois do líder chinês Xi Jinping ter falado ao telefone com o chefe da junta de Myanmar, Min Aung Hlaing.
A China é o aliado mais importante da junta militar, além de ser um dos seus maiores parceiros comerciais.
A Rússia também enviou uma de especialistas, incluindo cães, anestesiologistas e psicólogos, disse o ministério de emergências do país.
A Índia também enviou uma equipa médica e de resgaste, e Hong Konk, Singapura e Malásia já revelaram que também vão ajudar.
UE disponibiliza 2,5 milhões de euros para ajudar Myanmar
A União Europeia anunciou na sexta-feira uma ajuda de 2,5 milhões de euros para Myanmar (antiga Birmânia), afetada por um sismo de 7,7 na escala da Richter, que causou pelo menos 144 mortos e 732 feridos, segundo a junta militar.
“Esta ajuda vai trazer alívio imediato às pessoas afetadas”, disse, em comunicado, a comissária para a Igualdade, Preparação e Gestão de Crises, Hadja Lahbib.
Antes, a União Europeia informou que tinha mobilizado o programa de observação por satélite para ajudar a socorrer as vítimas do terramoto.
“Os satélites europeus Copernicus já estão a ajudar os primeiros socorristas. Estamos prontos para prestar mais apoio”, anunciou então a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na rede social X.
Também na sexta-feira, houve várias disponibilizações de ajuda, desde a Organização das Nações Unidas, cujo secretário-geral, António Guterres, afirmou que a organização se está a mobilizar para ajudar as vítimas do terramoto.
Guterres avançou ainda que “há outros países afetados”, mas que “o epicentro está em Myanmar, e Myanmar é o país mais fraco na situação atual”.
Da mesma forma, também a Organização Mundial de Saúde, os Médicos Sem Fronteiras e os EUA já manifestaram a vontade de ajudar.
Diário de Notícias | Lusa
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