sexta-feira, 13 de maio de 2011

Governo australiano anuncia abandono de projeto de centro de refugiados




EL - LUSA

Sydney, 13 mai (Lusa) -- O governo australiano anunciou hoje o abandono do projeto de construção de um Centro de Processamento de Refugiados em Timor-Leste, informou a emissora de rádio australiana ABC.

O anúncio foi feito pelas autoridades de Camberra e põe fim a um projeto anunciado em meados de 2010 pela primeira-ministra Julia Gillard.

O projeto estava a marcar passo, sobretudo depois de o parlamento timorense ter aprovado uma resolução a rejeitar a proposta.

Segundo a ABC, que cita o ministro da Imigração, Chris Brown, o governo australiano está agora concentrado em encontrar uma alternativa a Timor-Leste, nomeadamente a Malásia, país com que o qual mantém já em curso negociações.

Brown assegurou à ABC que também no caso da alternativa Malásia falhar existem outras opções, mas escusou-se a identificá-las.

"Não vamos voltar a falar com Timor sobre esta questão, mas vamos debater o assunto na nossa região", afirmou.

Em abril, o Presidente timorense José Ramos-Horta deitou por terra as esperanças da Austrália em chegar a acordo com Timor-Leste, ao afirmar que Díli não estava interessado em manter discussões bilaterais com Camberra sobre a questão.

Ramos-Horta defendeu então que quaisquer debates sobre o tema deverão ser feitos a nível multilateral e não bilateralmente.

Já em março, o primeiro-ministro timorense Xanana Gusmão anunciara que rejeitava a proposta australiana.

1 comentário:

Anónimo disse...

Levou todos esses tempo para o governo australiano dar conta de que estavam a navegar contra altas mares? Souberam muito cedo de que o Parlamento Nacional de Timor-Leste, votou por maioria absoluta, contra esta possibilidade. O governo australiano em vez de negociar com o governo timorense, passou todo o seu tempo a conversar com um presidente que nao tem prerrogativas nenhum para tomar decisoes. Espero que o governo australiano aprendeu a licao e que qualquer negocio politico, deverao no futuro de governo para governo e nao de governo para 'amigo'.

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