quinta-feira, 19 de maio de 2011

Indonésia: Radicais islâmicos reforçam militância nas prisões -- Estudo australiano




EL - LUSA

Jacarta, 19 mai (Lusa) -- O terrorismo islâmico reforça a militância nas prisões da Indonésia, onde dezenas de terroristas presos na última década, se podem reunir e planear ataques, refere um estudo divulgado hoje pela imprensa australiana.

O relatório, elaborado por Carl Ungerer para o Australian Strategic Policy Institute (Instituto Australiano de Política Estratégica), baseia-se em entrevistas feitas a 33 "jihadistas" detidos.

De acordo com a cadeia de televisão australiana ABC, Ungerer destaca no seu trabalho que a sobrelotação nas prisões indonésias favorece a propagação do terrorismo islâmico e a pouca vigilância permite a recruta de novos membros, ganhar dinheiro para financiar os planos, e comunicar com o exterior através de telemóveis e computadores.

"Eles disseram-me que graças ao espaço limitado da prisão tiveram oportunidade de conhecer pessoas que de outra forma nunca teriam conhecido, pelo elevado nível de segredo que envolve as suas atividades (terroristas)", disse à ABC Carl Ungerer, ex-analista dos serviços de informações australianos.

Esses contactos permitem aos "jihadistas" apreender de outros terroristas elementos essenciais para a sua formação pessoal e ideológica.

Desde 2002, na sequência do atentado terrorista na ilha de Bali, que vitimou 202 pessoas, as autoridades indonésias detiveram centenas de presumíveis terroristas em diversas operações policiais.

A Indonésia é a nação muçulmana mais populosa do mundo e o centro de operações da Jemmah Islâmica, organização que se considera integrar a rede terrorista Al-Qaida para o Sudeste Asiático.

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