sexta-feira, 20 de maio de 2011

A pobreza continua pesada, mas as famílias vivem melhor do que há nove anos - Ramos-Horta




MSO - LUSA

Díli, 20 mai (Lusa) -- O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, considerou hoje que os nove anos de restauração da independência "têm sido anos de progresso e desenvolvimento" e agradeceu o apoio dado pela comunidade internacional e pelas Nações Unidas.

"Num balanço equilibrado, concluo que têm sido anos de progresso e desenvolvimento. A vida do povo continua a ser difícil, a pobreza continua a ser pesada. Mas, a maior parte das famílias vive melhor do que há nove anos. As crianças têm de novo sorrisos nos lábios. A devastação que nós e as Nações Unidas recebemos, em 1999, foi ultrapassada e pertence ao passado", disse.

Discursando na celebração do nono aniversário da restauração da Independência, Ramos-Horta considerou que "têm sido nove anos de trabalho intenso, em que o país alternou momentos de euforia, em que todos os sonhos parecem possíveis, com momentos de crise, em que tudo parece posto em causa".

Afirmou, no entanto, ter a sua satisfação uma base sólida: "o povo foi capaz de rejeitar a violência, ultrapassar as dificuldades e trabalha todos os dias para um futuro melhor. O Estado continua a erguer os seus serviços, com especial atenção aos serviços de Saúde, de Educação e de apoio aos grupos sociais mais vulneráveis. As instituições criadas com a restauração da independência estão a funcionar, respeitando o povo e o Estado de Direito".

No que respeita à saúde, lembrou que o sistema, que "partiu do nada", vacinou, até 2009, 80 mil crianças, na deteção e cura da tuberculose foram alcançadas em 2010 as metas estabelecidas para 2015, o mesmo acontecendo com a mortalidade infantil abaixo de um ano e até aos cinco anos, a mortalidade materna reduziu em um terço e a lepra foi praticamente erradicada do país.

Ao nível da educação, o sistema escolar foi destruído e hoje existem mais de 1.100 escolas a funcionar, a percentagem de matrículas subiu de 60 por cento, em 2007, para 83 por cento, em 2010 e o país está a fazer "um esforço grande" para formar rapidamente quadros nacionais, em Timor-Leste ou no estrangeiro, com bolsas de estudo em diversas áreas.

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