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Díli, 19 mai (Lusa) - Luís Humberto Soriano, o colombiano que criou o projeto "Biblioburro", é agraciado com a medalha de mérito sexta-feira, dia da restauração da independência da Timor-Leste, pelo Presidente da República, José Ramos-Horta.
"Fiquei com admiração por José Humberto Soriano e pelo seu trabalho. Como professor ele observou a falta de condições da escola, observou que os alunos tinham más notas, visitou as casas onde viviam e notou que não tinham livros, mas não baixou os braços: iniciou o projeto que hoje conhecemos como o 'Biblioburro' e é um herói na Colômbia", comentou hoje Ramos-Horta, em conferência de imprensa.
Luís Humberto Soriano foi expressamente convidado pelo Chefe de Estado para ser distinguido pelo seu projeto, lançado há duas décadas.
Fascinado pela leitura, Luís Soriano começou a viajar pelo interior do seu país com uma biblioteca portátil, carregada nos lombos de dois burros, para levar a leitura aos mais desfavorecidos. Chamou Biblioburro ao projeto, nascido na pequena localidade onde residia, La Gloria.
Começou com um magro acervo de 70 livros, todos seus.
Em 2008, já tinha 4.800 volumes e foi construída uma pequena biblioteca pública, financiada por uma empresa, na localidade de Santa Marta, Colômbia.
Atualmente, a Fundação Biblioburro distribui livros infantis e de aventuras, mas também romances, narrativas históricas e clássicos da literatura grega.
Ramos-Horta convidou-o para conhecer a realidade de Timor-Leste e trocar impressões com os professores locais.
"O meu discurso na comemoração do nono aniversário da restauração da independência vai ser concentrado na área da educação", revelou Ramos-Horta, que vai também homenagear um grupo de professores primários e o primeiro reitor da Universidade Nacional, Armindo Maia.
Também presente na conferência de imprensa, José Humberto Soriano disse que teve a oportunidade de visitar uma aldeia do distrito de Ermera, considerando-a semelhante a uma aldeia em Bogotá e comparou a situação da Colômbia com Timor-Leste "porque ainda está na fase de construção do Estado".
Atualmente, o projeto Biblioburro está a ser alargado a outros países da América Latina, como o Chile e a Bolívia, segundo revelou José Humberto Soriano.
4 comentários:
Caro Jose vai em frente com o biblioburro,
Tu tens uma maneira especial de mandar as tuas mensagens, em TL os caga milhoes so sabem fazer alguma coisa com milhoes, afinal nao e preciso milhoes para mudar TL, boas vontades e inteligencia sao suficientes, coisa q falta nos UNs, governo e NGOs, vai em frente com o biblioburro. Que Timor precisa de mais Biblioburros e nao burromentais sentados no obrigado barak a cocar a micose.
Beijinhos da Querida Lucrecia
Caro Jose,
Um Jumento ou Kuda distribuido a cada funcionario da UN faria mais servico do que aquelas carretas dos NUs a passearem-se por Dili.
Beijinhos da Querida Lucrecia
Dar uma medalha para um colombiano? Nao faz sentido. se ele tivesse feito isto em Timor ainda va la. Parece-nos que as medalhas estao a perder sentido e interesse. qualquer dia amantes de ministros que saem com sacos de dinheiro roubado ao povo, vao tambem receber estas medalhas.
Isto faz nos lembrar o caso da Gunie-Bissau. Depois da independendencia, muitas pessoas receberam medalhas e pior algumas das medalhas eram medalhas de cortissa. Nao tarda Timor vai oferecer medalhar de Aikameli, que pelo menos tem mais valor do que cortissa.
A bem da nacao
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