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Sidney, Austrália, 10 mai (Lusa) -- Timor-Leste recusou uma proposta chinesa de construção de um radar na sua costa perante o receio deste ser utilizado como base de espionagem, revela a correspondência americana filtrada pelo Wikileaks e publicados hoje na imprensa australiana.
A China terá oferecido ao Governo timorense a construção e a operação de uma base de vigilância por radar no estreito de Wetar com o objetivo declarado de combater a pesca ilegal na zona, indica o diário australiano "The Age".
O estreito, entre a costa nordeste de Timor-Leste e a ilha indonésia de Pulua Wetar, é utilizado por barcos e submarinos nucleares da marina americana nas rotas entre os oceanos Índico e Pacifico.
No início de 2008, o Governo timorense alertou os Estados Unidos e a Austrália da proposta chinesa, tendo ambos os países classificado o projeto como uma "ameaça estratégica".
Fonte dos serviços de informações da Austrália disse ao "The Age" que Camberra conhecia os planos chineses e que os considerava como uma tentativa de Pequim para aumentar a sua "ação de recolha de informação na Ásia".
A Defesa australiana alertou em 2009 que Pequim representava uma ameaça à região o que gerou momentos de tensão política entre Camberra e Pequim.
Pelo lado da China, o Governo de Pequim sempre afirmou que o seu desenvolvimento militar visa promover a estabilidade na região, onde o seu crescente poder, principalmente o naval, é olhado com uma ameaça.
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