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Díli, 14 mai (Lusa) -- O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, disse hoje que está a ser exercida pressão internacional sobre o seu país, nomeadamente sobre as forças de segurança, para que cumpra critérios que nem os países mais desenvolvidos cumprem.
Num comentário sobre a parte que respeita a Timor-Leste do relatório da Amnistia Internacional "O Estado dos Direitos Humanos no Mundo", divulgado sexta-feira, Xanana Gusmão disse sentir-se "triste" com as apreciações que ali são feitas.
"Na pressão internacional que é feita sobre Timor-Leste, esquecem-se que nós estamos no nono ano da construção deste Estado. Exigem-nos demais e por esses critérios, se fossemos a ver, as Nações Unidas deviam estar presentes em todo o lado do mundo, com forças em praticamente todos os países e, nalguns, até a nossa polícia teria que estar lá também", declarou à Lusa.
Segundo aquele relatório, que se reporta ao período de janeiro a dezembro de 2010, "a Polícia Nacional do Timor-Leste (PNTL) prosseguiu firme na retomada das suas atribuições policiais primárias, e os mecanismos disciplinares internos da instituição foram fortalecidos."
No entanto, persistiram denúncias de que polícias e militares continuaram a abusar dos direitos humanos, inclusive com maus-tratos e uso de força excessiva.
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