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O artista dissidente chinês Ai Weiwei foi libertado sob caução, anunciou hoje a agência noticiosa oficial chinesa, citando a polícia de Pequim.
De acordo com a Nova China, a libertação foi possível devido à boa atitude de Ai, que confessou os crimes de evasão fiscal. Weiwei sofre de uma doença crónica.
Ai Weiwei, artista vanguardista contestatário do regime comunista há anos, foi detido a 03 de abril em Pequim, quando tentava embarcar para Hong Kong. Ai ficou detido em segredo.
A polícia de Pequim disse hoje que Ai Weiwei tinha sido libertado sob caução "devido à boa atitude (porque) confessou os seus crimes e também devido à doença crónica que o afeta," anunciou a agência oficial.
Esta decisão das autoridades deveu-se também a Ai ter dito repetidamente estar pronto a pagar os impostos que não entregou às finanças chinesas, acrescentou a Nova China.
A detenção secreta de Ai, um dos dissidentes mais conhecidos no estrangeiro, desencadeou vários protestos nas capitais ocidentais e nos meios culturais estrangeiros.
Filho de um consagrado poeta, Ai nasceu em 1953 e viveu na década de 1980 em Nova Iorque.
Foi consultor do atelier suíço que desenhou o estádio olímpico de Pequim, mas recusou assistir à abertura dos Jogos, a 08 de agosto de 2008.
O governo quer usar estes Jogos para se celebrar a si próprio e à sua política. Não há nada a celebrar, disse na altura Ai Weiwei a uma revista alemã.
Na mesma entrevista, quando lhe perguntaram porque ainda não tinha sido preso, o artista respondeu: Também me ponho essa questão. Talvez seja por estar só. Não pertenço a nenhum grupo político e estou bastante fora do sistema.
Ai, um dos artistas plásticos chineses mais conhecido internacionalmente, realizou a última grande exposição em Londres.
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