terça-feira, 21 de junho de 2011

Durão Barroso responsabiliza Governos a seguir ao seu por falta de contenção orçamental





Durão Barroso criticou hoje implicitamente  os governos portugueses a seguir ao que liderou em Portugal até 2004 por  não terem seguido os seus esforços de contenção orçamental e correção dos  problemas estruturais do país. 

"Quando era primeiro-ministro, no dia em que terminei o meu mandato,  o défice  [orçamental] estava, de facto, abaixo dos 3,0 por cento  [...] e  a dívida  [pública], se me recordo bem, estava nos 57 ou 58 por cento, portanto  abaixo do limite" de 60 por cento do PIB, recordou hoje o presidente da  Comissão Europeia.
 
Em resposta às perguntas de um jornalista, Durão Barroso reconheceu  que os problemas que a Grécia e Portugal estão a atravessar neste momento  são "problemas de competitividade estrutural" e de, "em certos períodos",  ter havido "despesas demasiado elevadas". 

"Nessa altura (2004) eu estava a tentar que o meu país fizesse esforços  e algumas pessoas não concordavam com esses esforços", recordou o presidente  da Comissão Europeia, defendendo que "o problema aparece quando esse caminho  não tem continuação".
 
Durão Barroso concluiu que "agora a dívida portuguesa está acima dos  100 por cento e isso é, de facto, um dos problemas que Portugal está a enfrentar".

As regras europeias impõem que o défice orçamental dos Estados-membros  não deve ultrapassar os 3,0 por cento do PIB e a dívida os 60,0.
 
Durão Barroso foi primeiro-ministro de abril de 2002 até junho de 2004,  tendo abandonado o cargo para ir para Bruxelas como presidente da Comissão  Europeia.
 
Depois de alguns meses de um Governo de coligação entre PSD e CDS-PP,  José Sócrates assumiu em março de 2005 o cargo de chefe do executivo tendo  liderado dois governos do PS. 
 
Lusa

Sem comentários:

Mais lidas da semana