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Atenas, 28 jun (Lusa) - A imprensa da Grécia saudou hoje a iniciativa de Paris de contribuir para o segundo plano de resgate ao país, que está hoje parcialmente parado devido ao início de uma greve de 48 horas.
Em Atenas, e ao contrário do metro, os transportes públicos não estavam a funcionar e as ruas estavam ao início da manhã relativamente vazias porque muitas pessoas decidiram não ir trabalhar devido à convocação da quarta greve geral deste ano.
A greve foi convocada pelos dois grandes sindicatos gregos, o GSEE, representativo dos assalariados do setor privado, e o ADEDY, representativo do setor público.
Os grevistas, essencialmente funcionários públicos, protestam contra o plano de austeridade 2012-2015, que deverá ser votado na quarta-feira e na quinta-feira, no Parlamento.
Este plano, que prevê novos sacrifícios, deverá permitir que a Grécia, à beira da bancarrota, receba uma nova ajuda financeira dos parceiros e credores.
Além do aumento de impostos e de taxas, o plano também deverá permitir a supressão de postos de trabalho na função pública.
No setor da aviação civil, numerosos voos internos das duas companhias gregas, AEGEAN e OLYNPIC AIR, foram anulados devido à adesão à greve dos controladores aéreos.
No Pireu, o porto situado perto de Atenas, cerca de 200 militantes do sindicato comunista grego PAME impediram os barcos de partir hoje de manhã.
Uma manifestação está prevista para hoje à tarde.
Na imprensa, dois diários gregos saúdam a iniciativa francesa, apresentada na segunda-feira, de contribuir para o novo plano de ajuda à Grécia.
Esta contribuição dos bancos franceses consistirá na renovação por 30 anos de metade dos créditos privados concedidos para dar tempo a Atenas.
O jornal económico grego Naftemporiki publicou uma fotografia do presidente francês, Nicolas Sarkozy, na primeira página. O jornal Ta Nea (pró-governo) destacava hoje o título: "O francês tem uma solução para a dívida".
Em contrapartida, o jornal de direita Eleftero-Typos apelava hoje, com o título "Votem não", para a rejeição do orçamento, refletindo a posição da Nova Democracia, principal partido da oposição que continua a rejeitar qualquer "união sagrada" com o Governo socialista, apesar dos apelos dos credores de Atenas.
*Foto em Lusa
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