segunda-feira, 20 de junho de 2011

OU AGRICULTURA SUSTENTÁVEL OU FOME, diz FAO





Produtividade tem de crescer 70% até 2050

As práticas de meio século de agricultura intensiva devem dar lugar a uma abordagem mais sustentável para alimentar o mundo em 2050, de acordo com a Organização de Alimentos e Agricultura da ONU, FAO. A produção mundial terá de crescer 100% em países em desenvolvimento. Ao mesmo tempo, agricultores precisam conservar os recursos e proteger o ambiente, de acordo com a FAO, que espera que o planeta tenha 9.2 bilhões de habitantes em 2050.

A mudança do clima e a crescente competição por terras, água e energia com outros setores da economia leva a crer que a agricultura não pode mais depender de produção intensiva. Esta abordagem causou degradação da terra, uso excessivo da água, resistência a pestes e outros problemas em muitos países, diz a organização em seu relatório Economize e Cresça. “Também está claro que os sistemas atuais de produção e distribuição de alimentos não estão conseguindo alimentar o mundo”, diz o relatório, apontando que o total de pessoas subalimentadas em 2010 foi estimado em 925 milhões, um número maior do que 40 anos atrás. A meta de alimentar o globo se torna mais complicada pela falta de novas terras aráveis para a expansão das colheitas, afirma a agência.

Os passos necessários para enfrentar a situação incluem o uso de sementes de maior produtividade, incluindo as geneticamente modificadas, assim como uma mistura de fertilizantes minerais e recursos naturais, uso eficiente de água e uso limitado de pesticidas, com a rotatividade das colheitas. Pequenos agricultores, especialmente no mundo em desenvolvimento, precisarão de apoio financeiro, tecnológico e educacional de governos e organizações internacionais. O mundo precisa investir um total de U$ 290 bilhões por ano na agricultura de países em desenvolvimento para chegar a metas desejadas para 2050. Este número inclui agricultura primária e serviços, como armazenamento, processamento e comercialização. A FAO reitera que o investimento em países em desenvolvimento é “claramente insuficiente”, informa a Reuters.

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