TERESA DE SOUSA - PÚBLICO
Normalmente, a alternância é uma coisa boa em democracia. O poder desgasta, os ciclos políticos esgotam-se, é preciso abrir a janelas e deixar entrar sangue novo e novas ideias. Este não é, no entanto, um desses momentos de normalidade democrática. Portugal atravessa, talvez, a mais séria crise desde a estabilização democrática. A alternância cumpre-se mas não se pode cumprir de uma maneira normal.
A distância que nos separa do destino triste de país pobre e irrelevante mede-se pelas medidas do programa de ajustamento económico exigido pela União Europeia e pelo FMI. O que está em causa é demasiado importante para que nenhum dos partidos que assinaram o memorando da troika possa ficar à margem ou eximir-se de responsabilidades. Os que ficam com a responsabilidade do governo e o que fica com a responsabilidade da oposição.
O resultado das eleições teve uma virtude: afirmou com toda a clareza a vitória do PSD e garantiu uma sólida maioria de direita. Pedro Passos Coelho terá de vencer com enorme rapidez o primeiro teste: provar que está preparado para constituir e liderar um governo que decidirá do nosso futuro imediato. O resultado das eleições também não deixou margem para dúvidas sobre a dimensão da derrota do PS. Os socialistas terão de saber resistir à tentação de radicalizar à esquerda. Sócrates ontem lembrou-lhes os seus “compromissos”
Os dois maiores partidos portugueses partilham desde sempre um forte consenso em torno da nossa opção europeia e em torno da nossa participação no euro. Cabe-lhes garantir que ela se mantém nestes tempos de extrema dificuldade e de indefinição.
Este é também o momento da política se redimir. Não há outra maneira de mobilizar o país.
O resultado das eleições teve uma virtude: afirmou com toda a clareza a vitória do PSD e garantiu uma sólida maioria de direita. Pedro Passos Coelho terá de vencer com enorme rapidez o primeiro teste: provar que está preparado para constituir e liderar um governo que decidirá do nosso futuro imediato. O resultado das eleições também não deixou margem para dúvidas sobre a dimensão da derrota do PS. Os socialistas terão de saber resistir à tentação de radicalizar à esquerda. Sócrates ontem lembrou-lhes os seus “compromissos”
Os dois maiores partidos portugueses partilham desde sempre um forte consenso em torno da nossa opção europeia e em torno da nossa participação no euro. Cabe-lhes garantir que ela se mantém nestes tempos de extrema dificuldade e de indefinição.
Este é também o momento da política se redimir. Não há outra maneira de mobilizar o país.
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