LUCIANO ALVAREZ, JOÃO PEDRO PEREIRA - PÚBLICO
PS com pior resultado dos últimos 20 anos
O PSD obteve 38,6 por cento dos votos nestas eleições legislativas, elegendo 105 deputados. Os 11,7 por cento de votos do CDS valeram-lhe 24 deputados. Juntos, os dois partidos têm maioria parlamentar
Os sociais-democratas conseguiram uma vantagem de mais de dez pontos sobre o PS, bem acima da distância que as várias sondagens durante a campanha indicavam.
Pedro Passos Coelho, o último dos líderes dos cinco principais partidos a falar esta noite, frisou a "vontade de mudança" que acabou por se traduzir no voto no PSD. "É uma vontade inequívoca de abrir uma janela de esperança e de confiança para o futuro", afirmou.
Passos Coelho garantiu, no seu discurso de vitória, que fará todos os esforços para assegurar que “os portugueses terão um Governo de maioria liderado pelo PSD”.
O líder do PSD disse acreditar que o entendimento com o CDS-PP é possível, até pelo que já ouviu de Paulo Portas.
“Esta noite quem ganhou foi Portugal”, afirmou Passos Coelho, que se mostrou satisfeito com o resultado, mas salientou que, devido à crise em que o país vive "este não é o momento para triunfalismos".
Passos prometeu “trabalho absoluto” e “transparência total” no que respeita aos sacrifícios pedidos aos portugueses e acrescentou que vai ser necessária muita coragem.
“Os anos que nos esperam vão exigir de todo o nosso Portugal muita coragem. Sabemos as dificuldades que enfrentamos. Precisamos de muita coragem para vencer as enormes dificuldades, precisamos também de alguma paciência, porque nós sabemos que esses resultados não aparecerão em dois dias”, afirmou.
"Vai ser difícil, mas vai valer a pena. Eu sei que vai valer a pena", acrescentou o líder do PSD.
O líder do PSD reiterou a sua indisponibilidade de ‘abrir’ o Governo ao PS, mas garantiu disponibilidade para dialogar com os socialistas e fez votos para que o PS respeite aquilo que negociou com a 'troika'.
“Julgo que o país não perceberia que eu dissesse na noite das eleições o contrário”, frisou.
O PS ficou-se pelos 28,1 por cento de votos (73 deputados) – é o pior resultado socialista nos últimos 20 anos. As eleições de 1991, quando Cavaco Silva foi eleito primeiro-ministro pela terceira vez, tinham sido a última em que o PS tinha obtido menos de 30 por cento.
O resultado levou José Sócrates a assumir a derrota e a demitir-se do cargo de secretário-geral, num discurso ainda antes de o escrutínio ter terminado.
“Regresso à condição de militante de base. Deixarei a primeira linha da actividade política e não pretendo ocupar qualquer cargo político”, esclareceu Sócrates.
Já o CDS consegue nestas legislativas mais três deputados do que nas anteriores eleições. “Com menos cidadãos a votar, convencemos mais cidadãos a votar em nós”, observou esta noite Paulo Portas, que se mostrou preocupado com o número de pessoas que não foram às urnas.
A abstenção foi de 41,1 por cento, a mais elevada numas legislativas desde 1976.
O Bloco de Esquerda foi um dos derrotados da noite. O partido reduziu para metade o número de assentos na Assembleia da República, tendo obtido pouco mais de cinco por cento dos votos, muito longe dos quase dez por cento das últimas legislativas. O Bloco desce assim de 16 para oito deputados.
“O BE não atingiu os seus resultados, eu sou o primeiro dos responsáveis de não termos conseguido os resultados que queríamos”, disse Francisco Louçã, em conferência na sede do BE.
A coligação PCP e Os Verdes manteve praticamente inalterada a votação de 2009 (teve 7,9 por cento dos votos), mas elegeu mais um deputado. Ao todo, a CDU conseguiu 16 mandatos.
“A CDU, com grande empenhamento, fez a sua parte”, declarou o líder comunista, Jerónimo de Sousa, que prometeu "luta" face à vitória da direita.
Os quatro deputados dos círculos da emigração ainda não são conhecidos. Duas freguesias boicotaram a votação.
Pedro Passos Coelho, o último dos líderes dos cinco principais partidos a falar esta noite, frisou a "vontade de mudança" que acabou por se traduzir no voto no PSD. "É uma vontade inequívoca de abrir uma janela de esperança e de confiança para o futuro", afirmou.
Passos Coelho garantiu, no seu discurso de vitória, que fará todos os esforços para assegurar que “os portugueses terão um Governo de maioria liderado pelo PSD”.
O líder do PSD disse acreditar que o entendimento com o CDS-PP é possível, até pelo que já ouviu de Paulo Portas.
“Esta noite quem ganhou foi Portugal”, afirmou Passos Coelho, que se mostrou satisfeito com o resultado, mas salientou que, devido à crise em que o país vive "este não é o momento para triunfalismos".
Passos prometeu “trabalho absoluto” e “transparência total” no que respeita aos sacrifícios pedidos aos portugueses e acrescentou que vai ser necessária muita coragem.
“Os anos que nos esperam vão exigir de todo o nosso Portugal muita coragem. Sabemos as dificuldades que enfrentamos. Precisamos de muita coragem para vencer as enormes dificuldades, precisamos também de alguma paciência, porque nós sabemos que esses resultados não aparecerão em dois dias”, afirmou.
"Vai ser difícil, mas vai valer a pena. Eu sei que vai valer a pena", acrescentou o líder do PSD.
O líder do PSD reiterou a sua indisponibilidade de ‘abrir’ o Governo ao PS, mas garantiu disponibilidade para dialogar com os socialistas e fez votos para que o PS respeite aquilo que negociou com a 'troika'.
“Julgo que o país não perceberia que eu dissesse na noite das eleições o contrário”, frisou.
O PS ficou-se pelos 28,1 por cento de votos (73 deputados) – é o pior resultado socialista nos últimos 20 anos. As eleições de 1991, quando Cavaco Silva foi eleito primeiro-ministro pela terceira vez, tinham sido a última em que o PS tinha obtido menos de 30 por cento.
O resultado levou José Sócrates a assumir a derrota e a demitir-se do cargo de secretário-geral, num discurso ainda antes de o escrutínio ter terminado.
“Regresso à condição de militante de base. Deixarei a primeira linha da actividade política e não pretendo ocupar qualquer cargo político”, esclareceu Sócrates.
Já o CDS consegue nestas legislativas mais três deputados do que nas anteriores eleições. “Com menos cidadãos a votar, convencemos mais cidadãos a votar em nós”, observou esta noite Paulo Portas, que se mostrou preocupado com o número de pessoas que não foram às urnas.
A abstenção foi de 41,1 por cento, a mais elevada numas legislativas desde 1976.
O Bloco de Esquerda foi um dos derrotados da noite. O partido reduziu para metade o número de assentos na Assembleia da República, tendo obtido pouco mais de cinco por cento dos votos, muito longe dos quase dez por cento das últimas legislativas. O Bloco desce assim de 16 para oito deputados.
“O BE não atingiu os seus resultados, eu sou o primeiro dos responsáveis de não termos conseguido os resultados que queríamos”, disse Francisco Louçã, em conferência na sede do BE.
A coligação PCP e Os Verdes manteve praticamente inalterada a votação de 2009 (teve 7,9 por cento dos votos), mas elegeu mais um deputado. Ao todo, a CDU conseguiu 16 mandatos.
“A CDU, com grande empenhamento, fez a sua parte”, declarou o líder comunista, Jerónimo de Sousa, que prometeu "luta" face à vitória da direita.
Os quatro deputados dos círculos da emigração ainda não são conhecidos. Duas freguesias boicotaram a votação.
**Notícia actualizada às 00h18 em Público
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