sexta-feira, 17 de junho de 2011

STP: 13 candidatos formalizaram até hoje, data limite, candidatura às presidenciais




MYB - LUSA

São Tomé 16 jun (Lusa) -- As próximas eleições presidenciais em São Tomé e Príncipe, marcadas para 17 de julho, vão contar com 13 candidatos, que até hoje, data limite, formalizaram as suas candidaturas junto do Tribunal Constitucional (TC).

Este é o maior número de candidatos de sempre às eleições presidenciais naquele país.
O antigo ministro dos recursos naturais e atual embaixador são-tomense no Gabão, Manuel de Deus Lima (Minho) foi o último a formalizar hoje a sua candidatura junto do TC.

Filinto Costa Alegre, assessor jurídico do Banco Central de São Tomé e Príncipe, BCSTP, Jorge Coelho, ex-director-geral da Empresa Nacional de Navegação Aérea, ENASA, Francisco Rita, ex-coordenador da Empresa Nacional de Administração dos Portos, ENAPORT, e Delfim Neves, um dos principais homens de negócios do arquipélago, também formalizaram as suas candidaturas junto do TC só esta semana.

Outros formalizaram mais cedo as suas candidaturas. E ao todo foram 13 os candidatos às presidenciais que legalizaram as candidaturas, faltando agora saber se algum deles estarão impedidos por lei de concorrer.

Estão na corrida Maria das Neves, Elsa pinto, Manuel Pinto da Costa e Aurélio Martins, todos pertencentes à mesma linha do partido MLSTP/PSD (maior partido da oposição), Francisco Rita, Filinto Costa Alegre e Delfim Neves da linha do PCD, Evaristo de Carvalho do ADI (partido do atual líder do executivo são-tomense), Carlos Bené do Espírito Santo, que espera o apoio do MDFM-PL, Liberato Moniz, Gilberto Gil Umbelina, Jorge Coelho e Manuel de Deus Lima.

Manuel de Deus Lima, último concorrente a formalizar a candidatura junto do TC disse esta tarde aos jornalistas pretender com a sua eleição "garantir a coesão" dos são-tomenses.

A opinião pública são-tomense considera, entretanto, as candidaturas de Delfim Neves e Manuel De Deus Lima como sendo as que "correm o risco" de serem rejeitadas pelo Tribunal Constitucional, que tem, por lei, 15 dias para definir qual dos candidatos poderão ou não concorrer às eleições de 17 de julho.

Delfim Neves, vice-presidente e deputado do Partido da Convergência Democrática (PCD) é arguido num processo-crime, por envolvimento numa alegada má utilização de cinco milhões de crédito à importação de produtos brasileiros, concedidos pelo governo do Brasil a São Tomé e Príncipe.

Manuel de Deus Lima foi condenado a cinco anos e três meses de prisão por crime de peculato num processo de cunhagem de moeda quando era administrador do banco central de São Tomé e Príncipe (BCSTP).

Pascoal Daio, mandatário da candidatura de Delfim Santiago das Neves, disse, entretanto, aos jornalistas que "aos olhos da lei não há nada que impeça a candidatura" do dirigente do PCD.

Delfim Neves afirmou: "é um homem do povo, que vem do povo, que pretende unir o povo de São Tomé e Príncipe em torno de um compromisso eleitoral".

"Ele pretende articular consensos constitucionais, assegurar a funcionalidade do Estado, na perspetiva da formação do Estado ao mais alto nível, exercer poderes constitucionais que estão adstritos na lei fundamental, assegurar a funcionalidade do sistema democrático, desenvolver o Estado de direito e a afirmação do Estado como um Estado soberano e presente numa sociedade internacional", disse Pascoal Daio.

Já o mandatário da candidatura de Filinto Costa Alegre defendeu que esta é "uma candidatura que faz o reencontro com a história", justificando que "Filinto Costa Alegre foi a pessoa que mais lutou para a independência de São Tomé e Príncipe e a pessoa que mais lutou para a instalação da democracia".

'Um País para Todos' é o slogan do candidato Filinto Costa Alegre para a campanha eleitoral que arranca oficialmente no primeiro fim-de-semana de julho.

Liberato Moniz, arquiteto, residente em Portugal diz, por seu lado, que vai concorrer à presidência porque deseja "novas políticas" para o arquipélago que quer ver "respeitadas, e para que possa pertencer e participar em igualdade de circunstâncias na política económica e social de África e do mundo".

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