ROMANO PRATES* - reposição
TIMOR LESTE PRECISA DE UMA POLÍCIA PARA A POLÍCIA
TIMOR LESTE PRECISA DE UMA POLÍCIA PARA A POLÍCIA
Ao ler o artigo publicado mais em baixo, da Agência Brasil, sobre Trabalho Infantil por todo esse mundo, despertou-me a atenção que, para além dos mencionados, faltam outros países que usam e abusam do trabalho infantil. Saliente-se que o Brasil está quase em todas as atividades como o grande criminoso abusado.
O Brasil, a vergonha verde e amarela que é sua bandeira espirituosa, cores da esperança e da iluminação que deverá ser o seu significado. Deve, mas não nisso de trabalho infantil. No Brasil, como noutros países, prevalecem os criminosos impunes.
Uma omissão. Também não consta Timor Leste, apesar de existir imenso trabalho infantil. Na devida proporção mas existe. A população é só de pouco mais de um milhão. E crianças são imensas. Imensas e muitas dessas imensas são maltratadas e vítimas do trabalho infantil.
O fato chamou-me à atenção. Lembrei uma foto bastante elucidativa sobre o trabalho infantil
A foto que referi e que considero elucidativa foi aplicada em mais de uma publicação acerca de Timor Leste, e é a que publicamos acima. Refira-se que documentava uma notícia sobre o mau estado e melhorias para as estradas timorenses. Lá estão, na foto, as crianças a carregar pesos impróprios para elas. Homem não se vê e é muito comum assim acontecer. É suficiente neste caso olhar a foto captada por alguém que certamente não tinha o propósito de excluir os homens trabalhadores mas que registou a realidade.
Fica interessante, termo irónico, que seja mostrado o trabalho infantil em foto de peça jornalística que pretende divulgar algo de positivo. O arranjo de estradas. Mas, com trabalho infantil é que não tem a aprovação dos Direitos da Criança e outros mais que sistemáticamente são violados.
E a isso que faz o governo de Timor Leste? Os políticos sabem do uso e abuso de trabalho infantil no país mas parece que não passam de discutir o tema no Parlamento Nacional, aprovar algumas leis que ficam inertes e pouco mais. A polícia timorense nem é usada para exercer a proteção às crianças. Devia. Devia até nos tempos em que anda de cabeça perdida a envolver-se com a prostituição. Aliás, onde vê menores de idade a prostituírem-se e nada faz, como é voz corrente e vimos, apontando para elementos da PNTL que são “protetores-proprietários” de prostitutos e prostitutas. Melhor dizendo: são proxenetas, chulos, exploradores do ramo para onde vícios, a miséria e carências da vida vão empurrando homens, mulheres, adolescentes e crianças que se prostituem.
Não é evidente que algo seja feito. Pelo contrário. Com prosápia o comandante da PNTL ainda disse há dias que na PNTL não existe nada disso na força policial… Pois não parece, nem é verdade. Só assim fala quem usa as palavras por contar com completa impunidade. Dili é pequeno e todos sabem das realidades. Se nada exigem e denunciam de cara destapada é porque temem represálias. O governo alimenta a situação ao não proteger as vítimas nem fazer valer uma polícia da polícia. Aparente paradoxo, mas efetivamente necessário. Como pôr cobro à situação compete ao governo saber. A impunidade é que não pode prevalecer num estado que se deseja de direito. A não ser que queiram fazer de Timor Leste um bordel e ainda mais um antro de criminosos. Então deixem passar mais uns tempos e será algo incontrolável. Se é que já não é.
*Conteúdo em reposição, original em Timor Lorosae Nação – diário – publicado em 20 de dezembro de 2010. Todos os conteúdos de opinião de autores do nosso coletivo e de amigos da Fábrica dos Blogues - publicados no Página Um e no Timor Lorosae Nação diário - estão a ser progressivamente transferidos para o Página Global.
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