sexta-feira, 22 de julho de 2011

ANTONIO PATRIOTA DIZ QUE BRASIL QUER PARTICIPAR NO DESENVOLVIMENTO ANGOLANO




CFF - LUSA

Luanda, 22 jul (Lusa) - O ministro das Relações Exteriores do Brasil defendeu, em entrevista ao Jornal de Angola, que a economia angolana oferece muitas oportunidades aos empresários brasileiros, sublinhando o interesse do seu país em participar no esforço de desenvolvimento angolano.

"Constato que o país se pacificou, se estabilizou, é uma democracia vigorosa, uma economia que cresce a um ritmo muito acelerado, de modo que há muitas oportunidades e queremos também fazer parte desse esforço de desenvolvimento angolano", disse Antonio Patriota.

O ministro brasileiro, que está em Luanda para participar hoje no Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), acrescentou que "os empresários brasileiros estão comprometidos com o progresso de Angola" e as autoridades brasileiras "encorajadas por constatar a rapidez com que Angola tem recuperado o tempo perdido (...) porque a guerra civil foi extremamente devastadora e violenta".

Antonio Patriota lembrou que Angola é o terceiro mercado das exportações brasileiras para África, e o quinto em termos de comércio bilateral, considerando tratar-se de "parceiro muito importante, mas sobretudo um país onde também existe uma forte presença do setor privado brasileiro".

Na entrevista ao Jornal de Angola, o ministro brasileiro destacou o "vigor da CPLP" como espaço de cooperação, referindo que a organização é constituída por países de diferentes regiões "comprometidos com a democracia, o crescimento, a justiça social, o multilateralismo, o sistema das Nações Unidas, o direito internacional e a solução pacífica de contenciosos".

"Portanto, há muito que nos une além da atividade linguística e de uma história que nos aproximou", disse.

Neste contexto, Patriota sublinhou a importância da coordenação dos oito países lusófonos "em torno de plataformas comuns", apontando como exemplo de coordenação bem sucedida o apoio da CPLP à eleição do brasileiro Graziano da Silva para a direção da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação.

"É uma demonstração de como trabalhando juntos conseguimos favorecer uma certa linha de pensamento", disse.

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