ANGOLA PRESS
Luanda – O candidato às eleições presidenciais em Cabo Verde , Manuel Inocêncio Sousa, revelou hoje, sexta-feira, em Luanda, que caso seja eleito vai exercer uma presidência muito activa e interessada em questões ligadas ao desenvolvimento do país, assim como garantir o respeito da Constituição da República e o bom funcionamento do sistema político.
Em entrevista exclusiva à Angop, no aeroporto internacional 4 de Fevereiro, na capital angolana, Manuel Sousa realçou que vai também trabalhar para a estabilidade política, considerando-a fundamental para garantia do processo de desenvolvimento do arquipélago.
Manuel de Sousa que chegou hoje, sexta-feira, a Luanda, para uma visita de trabalho de 72 horas, enfatizou que Cabo Verde avançou muito nos últimos anos e que vai enfrentar desafios maiores para poder continuar o seu processo de modernização e desenvolvimento.
“Penso que o Presidente da República de Cabo Verde, nesta fase, deve trazer o seu contributo próprio para reforçar as condições de sucesso de democratização do país e é o que pretendo fazer. Também quero exercer uma presidência que seja muito próxima da cidadania cabo-verdiana, unindo, mobilizando e motivando a nação cabo-verdiana a volta de dois grandes objectivos que têm a ver com o futuro e desenvolvimento do país”, explicou.
Na mesma senda, manifestou que pretende exercer uma presidência com um conjunto de agendas sobre as matérias cruciais para o futuro das relações externas de Cabo Verde, com realce para o reforço da ideia de nação global.
“É necessário o reforço da aproximação das diversas comunidades e sua participação no processo de desenvolvimento, aqui uma atenção especial será dedicada à nossa juventude”, disse.
Segundo Manuel Inocêncio Sousa, vai pretender ser um presidente atento a questões que têm a ver com o desenvolvimento equilibrado das ilhas, mas também com a coesão social.
Com efeito, frisou, uma atenção particular será dada às comunidades mais carenciadas, assim como vai estar atento às questões do ambiente e de ordenamento do território, questões que considerou essenciais para o futuro de Cabo Verde, não na perspectiva executiva - uma vez que no arquipélago o presidente não tem funções executivas, quem as tem é o Governo - mas na perspectiva de congregar sinergias, de motivar a nação a volta das questões essenciais a todos o cabo-verdianos.
Por outro lado, sublinhou que as relações com o mundo estarão no centro da sua atenção.
“O reforço de todas as parcerias que Cabo Verde vem desenvolvendo, nomeadamente com Angola, África do Sul, União Europeia, Brasil e China, são fundamentais para garantirmos o processo de desenvolvimento do nosso país”, afirmou a fonte.
O candidato, que conta com o apoio do Partido Africano para Independência de Cabo Verde (PAICV),
Avançou que pretende ainda lutar por uma integração do arquipélago a nível da CEDEAO e acompanhar toda a realidade da União Africana.
Quanto à CPLP, disse que as relações entre os estados no quadro da CPLP se consolidaram muito.
“A CPLP hoje, efectivamente, contribui para aproximar os países de expressão portuguesa, a sua agenda deve ser consolidada e penso que ainda temos muito caminho a percorrer na aproximação dos diversos países, no reforço da aproximação das comunidades dos diversos países e se for eleito penso continuar a trabalhar para a implementação da agenda da comunidade e no reforço da aproximação entre nós”, concluiu.
Manuel Inocêncio de Sousa foi formalmente reconhecido como candidato único apoiado pelo Partido Africano para Independência de Cabo Verde (PAICV) no princípio deste mês, após entrega de dez caixas, simbolizando as nove ilhas habitadas do arquipélago e a diáspora, contendo cerca de 3400 assinaturas ao Supremo Tribunal de Justiça.
Quatro candidatos vão disputar as eleições presidenciais em Cabo Verde , que decorrem a 07 de Agosto, nomeadamente Manuel Inocêncio Sousa, Aristides Lima, Joaquim Jaime Monteiro e Jorge Carlos Fonseca.
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