domingo, 31 de julho de 2011

Crise humanitária no Corno de África não tem recebido atenção suficiente dos EUA - Obama




SK - LUSA

Washington 30 jul (Lusa) - O Presidente norte-americano, Barack Obama, reconheceu na sexta-feira que a crise humanitária que assola a região do Corno de África, causada pela fome e seca, não tem recebido atenção suficiente por parte dos Estados Unidos.

Barack Obama, que falava na Casa Branca, onde minutos antes recebera os chefes de Estado do Benim, Guiné Conacry, Costa do Marfim e Nigéria, salientou que a crise alimentar na região precisa de uma resposta internacional, que conte com o continente africano como parceiro.

"Falamos sobre como podemos trabalhar em conjunto para evitar a iminência da crise nesta região [do nordeste] da África, (...), que nos Estados Unidos não tem recebido a atenção que merece", afirmou Obama, acrescentando que a África terá der ser "um parceiro que garanta que dezenas de milhares de pessoas não morram de fome".

A seca que se vive atualmente no Corno de África, a pior dos últimos 60 anos, já provocou dezenas de milhares de mortos e constitui uma ameaça para cerca de 12 milhões de pessoas na Somália, no Quénia, na Etiópia, no Djibouti, no Sudão e no Uganda.

A situação humanitária é particularmente crítica na Somália, onde a ONU decretou formalmente o estado de fome em duas regiões do sul (Bakool e Lower Shabelle), controladas pela milícia islâmica radical Shebab, que proíbe o acesso a certas organizações humanitárias.

Com a abertura, na quarta-feira, de uma ponte aérea de ajuda humanitária entre as capitais do Quénia e da Somália, as Nações Unidas e o Programa Mundial Alimentar (PAM) já conseguiram transportar para Mogadíscio cerca de 50 toneladas de alimentos.

Nos próximos dias, segundo anunciou o PAM, a agência alimentar prevê levar a cabo mais voos para Mogadíscio, bem como para as imediações do campo de refugiados de Dolo Ado, no sudoeste da Etiópia, e rumo à Wajir, capital da província do nordeste do Quénia (na fronteira com a Etiópia e a Somália), uma das zonas quenianas mais afetadas pela seca.

*Foto em Lusa

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