sábado, 16 de julho de 2011

Electricidade e transportes prejudicam ambiente de negócios em Cabo Verde - revela estudo




INFORPRESS

Cidade da Praia, 15 Jul (Inforpress) - O problema da electricidade e transportes, são alguns dos obstáculos que têm contribuído “negativamente” para a melhoria do ambiente de negócios em Cabo Verde, revela um estudo divulgado hoje na Cidade da Praia.

O estudo sobre “A Melhoria do Ambiente de Negócios em Cabo Verde”, realizado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), diz também que “a concorrência desleal é um dos principais problemas identificados pelos empresários cabo-verdianos e que de alguma forma tem prejudicado os negócios” em Cabo Verde.

De acordo com o apresentador do estudo, Rui Levy, “há um conjunto de intervenções a fazer em Cabo Verde para melhorar o ambiente de negócios, tendo em conta as condicionantes que ainda existem a nível da dimensão do mercado, da inexistência de matérias-primas e da insularidade”.

“Cabo Verde tem um mercado por ilha. Se quiser exportar de uma ilha para outra tem muitas dificuldades. Por isso, o estudo sublinha a importância da unificação do mercado através do investimento no sector dos transportes”, refere.

A electricidade também é um sector que na opinião dos empresários cabo-verdianos carece de “muita melhoria” tendo em conta os prejuízos causados à economia do país.

Neste estudo, refere o apresentador/coordenador nacional da UNIDO em Cabo Verde, Rui Levy, os empresários reclamam que em Cabo Verde existem leis, mas dizem que elas estão a ser cumpridas de “forma insuficiente”.

Cabo Verde “é um caso muito específico porque somos ilhas o que implica uma triplicação dos investimentos necessários para poder executar algumas das medidas que são definidas em termos da lei”, defende, Rui Levy.

Conforme disse, é preciso pensar também de que forma os municípios poderão intervir nas zonas periféricas, a nível regional, para que as leis que são definidas possam ser cumpridas.

Considera entretanto, que o melhoramento do ambiente de negócios em Cabo Verde implica um conjunto de medidas integradas que possam melhorar o nível de intervenção do Estado, enquanto regulador.

“Ou então, tem que ser o poder central a deslocar-se às ilhas para fazer essa inspecção”, sugeriu, Rui Levy, na apresentação do estudo no Fórum "Regulação em tempos de crise” promovido pela Unidade de Coordenação da Reforma do Estado (UCRE).

O estudo constatou também que em termos de ambiente de negócios, Cabo Verde não está no sítio que se desejaria e que “a nível de competitividade o país está menos bem classificado”.

JL Inforpress  

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