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A Human Rights Watch (HRW), grupo defensor dos direitos humanos, denunciou hoje a impunidade dos homicídios nas Filipinas, algo que atribui à falta da ação do Governo de Benigno Aquino.
Num relatório intitulado “a falta de justiça aumenta a dor: homicídios, desaparecimentos e impunidade nas Filipinas”, a HRW sustenta que existem provas do envolvimento de militares nos sete homicídios e nos três desaparecimentos que ocorreram desde que Aquino tomou posse como presidente há um ano.
“Os ativistas são assassinados na rua, enquanto que os soldados envolvidos saem impunes”, refere a subdiretora do grupo na Ásia, Elaine Pearson, ao realçar que as Filipinas só podem terminar com este tipo de abusos quando os que os ordenam ou cometem forem presos e a sua carreira militar terminar.
De acordo com a organização não governamental, nenhum suspeito foi processado durante o mandato do presidente Aquino e na última década apenas sete casos de homicídios deram entrada nos tribunais, sem registo de condenações.
A HRW também denunciou o facto das investigações destes crimes pararem “especialmente quando as provas conduzem ao exército” e criticou as ações de perseguição e de intimidação de que são alvo as testemunhas.
Quando chegou ao poder, Aquino prometeu terminar com os crimes depois do mandato de Gloria Arroyo que foi acusada de permitir que os homicídios de jornalistas, ativistas políticos e juízes passassem em branco.
No documento, a HRW pede ainda à comunidade internacional que exerça mais pressão sobre o executivo filipino, cuja intensidade diminuiu desde que Aquino assumiu a presidência.
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