domingo, 3 de julho de 2011

Maria das Neves começa campanha na Trindade com apelo a estabilidade politica




MYB - LUSA

São Tomé, 02 jul (Lusa) -- A promessa de estabilidade politica para relançar o desenvolvimento nacional de São Tomé e Príncipe foi o tema forte do discurso hoje da candidata às eleições presidenciais de 17 de julho, Maria das Neves.

"O presidente da República deve ser hoje, mais do que nunca, um moderador da vida politica nacional e o grande facilitador da estabilidade, da paz e do progresso para todos, devendo empenhar-se de forma permanente na afirmação de uma cultura de diálogo e de compromisso por parte das forças politicas e dos agentes económicos e sociais da nossa sociedade", afirmou.

Candidata independente, Maria das Neves, igualmente vice-presidente da Assembleia Nacional (parlamento são-tomense) escolheu a cidade da Trindade, 12 quilómetros do centro da capital para fazer o primeiro comício da sua campanha eleitoral.

"Ciente das mais valias que constitui a experiência que acumulei nas mais variadas responsabilidade que tive o privilégio de assumir ao serviço de São Tomé e Príncipe e inspirada no amor pátrio pela terra que me viu nascer, venho partilhar convosco a minha decisão de me candidatar ao cargo de presidente da republica", disse.

Maria das Neves Solicitou "apoio pessoal" de cada um dos presentes e das suas famílias "de modo a vencer esse grande desafio em nome e ao serviço da nação", apelou.

Fez um diagnóstico da atual situação socio-económica do arquipélago e reconheceu que a vida nas ilhas "não vai bem".

"O nosso país não vai bem, sabem que fui ministra da economia e percorri este país todo. A situação social é muito grave. Temos mais do que a metade da nossa população que se almoçar não janta, porque não tem dinheiro para fazer duas refeições por dia".

"Os jovens estão frustrados porque não têm emprego, não têm habitação e não têm como organizar família", lembrou a candidata, que assumiu o compromisso de "lutar para inverter este estado de coisas", caso seja eleita presidente da República.

Com cerca de três mil pessoas a escutar os seus apelos ao voto e promessa de melhoria de vida da população, a candidata, a primeira a organizar um comício popular, reafirmou que o país "não vai bem a nível politico, não vai bem a nível económico e ao nível social os problemas são gritantes".

"Ao nível político nós temos um país que muda constantemente de governo, com muita instabilidade politica", disse, recordando que desde que S. Tome entrou na segunda república, em 1991, "nenhum governo terminou o seu mandato".

Entretanto, os candidatos Filinto Costa Alegre e Evaristo de Carvalho escolheram a pequena cidade de Santo António, na ilha do Príncipe, para o arranque de campanha.

Um comunicado de imprensa de Costa Alegre a que a Lusa teve acesso revela que, sob o lema "um país para todos", o candidato reuniu-se com a população da região autónoma.
O comunicado diz que Filinto foi recebido na ilha "com apoteose", por acreditar nele como "uma cara nova", pela sua trajetória e por "ter as mãos limpas".

*Foto em Lusa

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