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Lisboa, 23 jul (Lusa) - Um dos revolucionários que, há 50 anos, desviaram um avião da TAP numa ação contra Salazar regressa hoje a Marrocos para explicar este golpe que abalou o regime, no âmbito de uma investigação sobre a luta anti-fascista de Palma Inácio.
A iniciativa é do historiador Luís Vaz, que recentemente lançou o primeiro de quatro livros sobre Palma Inácio, o histórico anti-fascista que, há 50 anos, protagonizou o desviou de um avião que, a 10 de novembro de 1961, lançou sobre várias cidades portuguesas cem mil panfletos contra o regime.
A "Operação Vago", como foi designada, é uma das mais marcantes na luta contra o regime de Salazar e é o tema do segundo livro do escritor.
Para isso, Luís Vaz e Camilo Mortágua, um dos elementos que participou no golpe, partem hoje para Marrocos, de onde, há 50 anos, descolou o avião que seria alvo da ação destes que foram já classificados como os primeiros "piratas do ar" no mundo.
O piloto do avião foi obrigado a sobrevoar Lisboa e outras cidades do país, largando milhares de panfletos contra o regime de Salazar, antes de regressar a Marrocos.
Além de Hermínio da Palma Inácio - falecido em 2009 - e Camilo Mortágua, participaram neste golpe Helena Vidal, também já falecida, Amândio Silva, Fernando Vasconcelos e João Martins.
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