Em entrevista ao programa Gente que Conta, António José Seguro lembrou que Pedro Passos Coelho exigiu que não houvesse aumento de impostos aquando da negociação do Orçamento.
O socialista António José Seguro estranha que no Governo tenha optado pela via de um imposto extraordinário quando esta medida não consta do programa do Governo.
«Não houve o cumprimento da promessa eleitoral que foi feita: o primeiro-ministro exigiu na negociação para viabilizar o Orçamento para 2011 que não houvesse aumento de impostos», explicou esta candidato à liderança do PS.
Em entrevista ao programa Gente que Conta, Seguro recordou ainda que Pedro Passos Coelho exigiu então que «toda a diminuição da despesa fosse feita para que o país pudesse proceder à consolidação das contas públicas».
«Chegou mesmo a dizer, no final de Março, que mexer no subsídio de férias ou no subsídio de Natal seria um autêntico disparate», adiantou.
Por esta razão, na opinião de António José Seguro, o «primeiro-ministro não honrou aquilo que foram as suas promessas eleitorais nem aquilo que tinha sido a sua actuação política na negociação do Orçamento».
Seguro defendeu ainda que «cada novo sacrifício que deve ser pedido aos portugueses deve ser muito bem fundamentado» e lembrou que Passos Coelho justificou o imposto extraordinário durante a apresentação do programa do Governo por uma «questão de precaução».
«Se a questão era de precaução então quer dizer que há uma clara desproporcionalidade e um grande exagero em relação à medida que é proposta. Devo dizer que me chocou bastante», concluiu.
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