Milhares de manifestantes saíram à rua em Telavive - Ariel Schalit/AP |
EXPRESSO - LUSA
Duzentas mil pessoas concentraram-se hoje no centro de Telavive, segundo a comunicação social israelita, para mais uma manifestação contra as injustiças sociais.
Duzentas mil pessoas concentraram-se hoje no centro de Telavive, segundo a comunicação social israelita, para mais uma manifestação contra as injustiças sociais e o custo de vida que poderá servir de teste para a continuação da contestação.
Os organizadores do movimento cívico de contestação declararam esperar reunir "uma massa crítica" de mais do que esse número de manifestantes para obrigar o Governo de direita a ceder às suas reivindicações de "justiça social".
Eles reclamam medidas como a construção maciça de casas destinadas a ser arrendadas a preços baixos, o aumento do salário mínimo, a taxação dos apartamentos desocupados e escola gratuita para qualquer idade.
Estava previsto que a manifestação, autorizada pela polícia, partisse às 21:00 (19:00 de Lisboa) da Praça do Teatro (Habima) em direção à avenida Rothschild, onde mais de cem pessoas estão acampadas, em protesto, há três semanas. O percurso deverá terminar em frente à sede do Ministério da Defesa e outros departamentos governamentais.
Em Jerusalém, um milhar de manifestantes reuniu-se no centro da cidade, antes de desfilar em direção à residência oficial do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
Contra política de privatizações
Criado em meados de julho contra o aumento desenfreado do preço da habitação, o movimento, que agrupa cerca de 40 organizações sociais e mobiliza sobretudo a classe média, contesta agora a política de privatizações dos diversos governos que se sucederam em Israel desde há várias décadas e condena a degradação do serviço público.
Num protesto realizado na semana passada, mais de 100 mil manifestantes marcharam em Telavive e em várias outras cidades israelitas, sob o lema "O povo exige a justiça social".
Netanyahu nomeou uma comissão para abrir negociações com os dirigentes do movimento de contestação, justificando algumas das suas exigências, embora acusando-os de "resvalar para o populismo"
Sem comentários:
Enviar um comentário