sábado, 13 de agosto de 2011

Brasil: Polícia quer identificar cúmplice de vice-cônsul acusado de golpe contra arquidiocese


Adelino Pinto

ANGOLA PRESS

São Paulo - As autoridades de Porto Alegre, no sul do Brasil, desconhecem a identidade da mulher que teria ajudado o vice-cônsul de Portugal, Adelino Pinto, na alegada fraude envolvendo prejuízo de 2,5 milhões de reais (1,09 milhão de euros) à arquidiocese da cidade. 
 
Segundo o delegado responsável pelo inquérito no Brasil, Paulo César Jardim, a mulher fez-se passar por uma representante da ONG belga que patrocinaria a recuperação de duas igrejas de origem portuguesa no Estado do Rio Grande do Sul. 
 
Adelino Pinto ter-se-á comprometido a conseguir 12 milhões de reais (5,2 milhões de euros) para o projecto de restauro das igrejas e intermediou o contacto de padres brasileiros com a suposta organização. 
 
No final de 2010, os padres estiveram em Lisboa para apresentar os projectos de restauração à entidade que os financiaria.  
 
"Não havia um escritório. O encontro ocorreu dentro de uma igreja. A mulher examinou os projectos, disse que aprovava uns e outros não", relatou Jardim. 
 
Num acordo com os padres, ela estabeleceu o valor que a arquidiocese deveria depositar como caução para receber o dinheiro dos restauros. 
 
O dinheiro do depósito, segundo as investigações, foi desviado por Adelino Pinto para três contas bancárias: duas no Brasil e outra na Europa. A promessa de financiamento nunca se cumpriu. 
 
"Estamos a tentar identificar a cúmplice", declarou Jardim, ressaltando que um fator dificulta a missão: no momento do encontro, ela usava óculos escuros e uma peruca. 
   
O delegado diz ter convicção de que o ex-vice-cônsul aplicou um golpe - ou, como prefere chamar, um "conto do vigário". Segundo Jardim, o funcionário português, entretanto exonerado, continuou a "ludibriar" os padres mesmo depois de transferir o dinheiro.

2 comentários:

Anónimo disse...

Uma peruca? Ennão ela deve ser a Fátima Caiano do tribunal de Faro, em Portugal.

Anónimo disse...

Uma peruca? Então ela deve ser a Fátima Caiano do tribunal de Faro, em Portugal.

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