Adelino Pinto |
ANGOLA PRESS
São Paulo - As autoridades de Porto Alegre, no sul do Brasil, desconhecem a identidade da mulher que teria ajudado o vice-cônsul de Portugal, Adelino Pinto, na alegada fraude envolvendo prejuízo de 2,5 milhões de reais (1,09 milhão de euros) à arquidiocese da cidade.
Segundo o delegado responsável pelo inquérito no Brasil, Paulo César Jardim, a mulher fez-se passar por uma representante da ONG belga que patrocinaria a recuperação de duas igrejas de origem portuguesa no Estado do Rio Grande do Sul.
Adelino Pinto ter-se-á comprometido a conseguir 12 milhões de reais (5,2 milhões de euros) para o projecto de restauro das igrejas e intermediou o contacto de padres brasileiros com a suposta organização.
No final de 2010, os padres estiveram em Lisboa para apresentar os projectos de restauração à entidade que os financiaria.
"Não havia um escritório. O encontro ocorreu dentro de uma igreja. A mulher examinou os projectos, disse que aprovava uns e outros não", relatou Jardim.
Num acordo com os padres, ela estabeleceu o valor que a arquidiocese deveria depositar como caução para receber o dinheiro dos restauros.
O dinheiro do depósito, segundo as investigações, foi desviado por Adelino Pinto para três contas bancárias: duas no Brasil e outra na Europa. A promessa de financiamento nunca se cumpriu.
"Estamos a tentar identificar a cúmplice", declarou Jardim, ressaltando que um fator dificulta a missão: no momento do encontro, ela usava óculos escuros e uma peruca.
O delegado diz ter convicção de que o ex-vice-cônsul aplicou um golpe - ou, como prefere chamar, um "conto do vigário". Segundo Jardim, o funcionário português, entretanto exonerado, continuou a "ludibriar" os padres mesmo depois de transferir o dinheiro.
2 comentários:
Uma peruca? Ennão ela deve ser a Fátima Caiano do tribunal de Faro, em Portugal.
Uma peruca? Então ela deve ser a Fátima Caiano do tribunal de Faro, em Portugal.
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