EXPRESSO DAS ILHAS - INFORPRESS
O presidente da República de Cabo Verde, Pedro Pires, apelou hoje aos eleitores para que votem, pois, caso contrário, estarão a transferir para os outros a responsabilidade de escolherem o próximo chefe de Estado.
Pedro Pires, que falava à imprensa após ter votado esta manhã, exortou os cabo-verdianos a dirigirem-se às urnas para participar na escolha do próximo presidente da República, porquanto, caso contrário, estarão a transferir para os outros esta responsabilidade.
"Apesar da chuva, que é uma bênção, apelo a todos, na Praia e nas outras ilhas, que votem", disse Pedro Pires, adiantando que a abstenção não faz sentido e que "os cabo-verdianos devem estar sempre satisfeitos com as bênções", neste caso das chuvas.
O processo de votação, que se iniciou num dia bastante chuvosa, sobretudo na cidade da Praia, está a ser encarado como factor que possa inibir os praienses de se deslocarem às assembleias de voto. Mas, Pires insiste que os seus concidadãos não devem perder esta oportunidade de participar na eleição do seu sucessor.
"A chuva é um presente que a natureza nos traz e, por isso, devemos aproveitar este presente e dirigirmo-nos às urnas", sublinhou Pedro Pires.
Perguntado se o tempo chuvoso não dá razão àqueles que haviam dito que o mês de Agosto não é um período aconselhável para a realização das eleições, Pedro Pires respondeu que não está escrito na lei que em Cabo Verde se deve marcar as eleições para primavera, Maio ou Dezembro.
"Está escrito que há um período, um prazo e há que cumprir a lei", vincou o chefe de Estado cessante, acrescentando que as pessoas devem evitar estar sempre à procura de desculpas ou de um bode expiatório para "justificar este ou aquele resultado".
"Nós, tão-somente, obedecemos à lei e aos prazos estabelecidos", frisou.
Pedro Pires lembrou que o Código Eleitoral cabo-verdiano é "abstracto" em termos de marcação da data das eleições.
Instado a pronunciar-se sobre a possibilidade de o voto passar a ser obrigatório em Cabo Verde , o presidente da República assegurou que ainda não se debruçou sobre o assunto, mas que, do seu ponto de vista, o país deve analisar a sua experiência acumulada até ao momento e examinar a de Estados onde o voto é obrigatório.
"Penso que não devemos amarrar os eleitores, mas sim devemos trabalhar no sentido da educação dos cidadãos para que participem e sejam responsáveis", acentuou Pedro Pires.
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