terça-feira, 9 de agosto de 2011

Guiné-Bissau: PRESIDENTE REJEITA CRISE POLÍTICA E APELA À MODERAÇÃO





Bissau - O Presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, rejeitou hoje (terça-feira) a existência de crise política no país que "ponha em causa o normal funcionamento das instituições" da República, mas apelou às forças políticas a prosseguirem na via do diálogo e da ponderação. 

A posição de Bacai Sanhá foi transmitida ao país pelo seu porta-voz, Agnelo Regalla, numa declaração lida na Presidência da República. 

"Após longo processo de auscultações, o Presidente da Republica constatou haver discordâncias, aliás normais em democracia entre os partidos da oposição e no poder (...), tendo no entanto, concluído que não existem elementos bastantes que indiciem grave crise política e social, que ponha em causa o normal funcionamento das instituições da Republica", diz o comunicado lido por Agnelo Regalla. 

Bacai Sanhá lembrou que a sua posição se baseou nas consultas com os partidos, Governo, organizações da sociedade civil e parceiros do desenvolvimento do país representados pelo corpo diplomático acreditado em Bissau. 

Contudo, o chefe de Estado apelou às forças políticas do país "ao diálogo permanente, à ponderação e moderação nos seus actos, para que seja preservado o ainda frágil clima de estabilidade política e paz social que o país vive".

"O Presidente da República reafirma a sua determinação no combate à impunidade, à corrupção e na garantia da realização da justiça, no quadro das competências que lhe confere a constituição da República, mas sempre no respeito do consagrado princípio de separação de poderes", diz ainda o comunicado de Malam Bacai Sanhá. 

O Presidente lembrou que, "a necessidade de conferir maior celeridade aos processos de investigação" dos assassínios de dirigentes políticos ocorridos em 2009, cavalo de batalha da oposição, "levaram à nomeação de um novo Procurador-Geral da Republica". 

Malam Bacai Sanhá pediu ainda ao povo da Guiné-Bissau que se una e que respeite os valores da tolerância e da solidariedade. 

O Presidente salientou também ser um direito constitucional que assiste aos partidos quando estes se manifestam contra situações que não lhes agradarem.

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