terça-feira, 9 de agosto de 2011

Cabo Verde - Eleições: Votação "livre e justa" mas com "pressão" e "compra de voto"




ANGOLA PRESS

Cidade da Praia - As missões de observação africanas às eleições presidenciais de domingo em Cabo Verde consideraram segunda-feira a votação "livre, justa e transparente", mas denunciaram pressões sobre eleitores e "compra de votos".  

Numa conferência de imprensa conjunta, as missões da União Africana (UA, 16 observadores) e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO, 82) recomendam, por outro lado, a realização de eleições "em datas mais favoráveis" para garantir uma maior disponibilidade dos eleitores. 

As missões de observação da UA e da CEDEAO realçaram os atrasos na abertura de urnas, a fraca mobilização do eleitorado e de incidentes e agressões, tentativas de intimidação e de obstrução à votação de alguns eleitores, e "algumas tentativas de compra de voto" na Cidade da Praia e São Vicente. 

"Essas diferentes falhas requerem que se dê uma atenção particular a fim de se aprender com as lições que se impõem", lê-se no relatório final da missão da CEDEAO, corroborada pela UA, que falam ainda de "manipulação de consciências". 

No relatório, a UA pede "maior rigor" no cumprimento da lei no período entre o encerramento da campanha e o dia da votação. 

Ambas afirmam, porém, que as irregularidades não põem em causa a essência da votação, considerando que as eleições foram "credíveis, livres, justas e transparentes". 

Os resultados finais provisórios das presidenciais cabo-verdianas de domingo ainda não são conhecidos, mas está já confirmada a necessidade de se realizar uma segunda volta. 

O segundo turno oporá, a 21 deste mês, Jorge Carlos Fonseca, vencedor oficioso da primeira volta, apoiado pelo Movimento para a Democracia (MpD, oposição), a Manuel Inocêncio Sousa, sustentado do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, no poder). 

Sem comentários:

Mais lidas da semana