DESTAK - LUSA
A secretária-geral do Parlamento defendeu que a Assembleia da República “não tem lições a receber de ninguém” sobre poupança, começou em 2009 a fazer os deputados voar em turística e prepara cortes entre três a cinco por cento.
O próximo orçamento da Assembleia, cujo projeto será entregue no fim de agosto ao conselho de administração, deverá sofrer um corte “entre 3 a 5 por cento”, relativamente aos 80 milhões atuais.
“A Assembleia da República, na minha opinião, não tem lições a receber de ninguém ao nível do que deve poupar”, disse à Lusa a secretária-geral do Parlamento, Adelina Sá Carvalho.
A juíza conselheira que foi reconduzida na secretaria-geral do Parlamento sublinhou que a Assembleia já não era uma ilha na austeridade do país, mas, pelo contrário, tomou medidas “em fins de 2009 para reduzir despesa”.
“A Assembleia já vinha a tomar medidas de contenção, uma delas foi muito significativa, que já a vi anunciada, mas não sei se está concretizada para o resto do Estado português, é que os deputados e toda a gente na Assembleia voa em turística, até três horas e meia de voo, não só na Europa, mas também para o Norte de África”, afirmou.
Frisando que “o próprio presidente da Assembleia anterior [Jaime Gama] chegou a viajar em turística para reuniões internacionais”, Adelina Sá Carvalho diz que “quando se trata de poupar, tudo é importante”.
“Ouvi o doutor Marques Mendes dizer que o Orçamento do Estado terá que vir aos valores de 2007. O nosso orçamento de 2007 é superior já àquele que vamos apresentar e o de 2011 já era praticamente idêntico ao de 2007” , afirmou.
Um dos investimentos que deverá ser inscrito no orçamento para o próximo ano deverá ser a climatização do salão nobre, sendo que, como único monumento nacional onde diariamente circulam cerca de mil pessoas, a Assembleia reclama “todos os anos investimentos de conservação”.
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