João Mavinga e Kayila Silvina, Mbanza Congo – Jornal de Angola
A ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, afirmou ontem, em Mbanza Congo, que os progressos que se alcançam no domínio da economia devem estar associados às grandes questões que sustentam o desenvolvimento cultural.
Rosa Cruz e Silva, que discursava durante o acto central do Dia do Herói Nacional, ontem assinalado, sustentou que essa é uma das formas de respeitar a memória do primeiro Presidente de Angola, enquanto poeta e homem de cultura.
“Na senda do glorioso caminho da reconstrução nacional, torna-se necessário reconstruir a nossa memória histórica e cultural, dignificando-a, para prestigiar o legado dos nossos heróis e as figuras de relevo que tornaram possíveis as nossas conquistas”, defendeu. Falando em representação do Chefe de Estado, salientou que o actual momento revela um crescimento económico e social do país e melhorias significativas nas condições sociais da população.
Essa proeza, acrescentou, significa que estão a ser cumpridos os ideais do fundador da nação.
Na sua perspectiva, o país precisa de criar, cada vez mais, espaços de debate sobre a herança cultural e política de Agostinho Neto, revivendo a sua memória e feitos e contribuindo para um conhecimento mais alargado do conjunto da sua imponente obra literária.
A ministra destacou ainda a importância histórica do Reino do Congo. Defendeu que a magnitude do simbolismo da região exige, com urgência, o reconhecimento de todos os angolanos, para a preservação das riquezas históricas inerentes ao seu amplo património cultural. Falando para várias centenas de pessoas presentes no Largo António Agostinho Neto, lembrou que Mbanza Congo, fundada antes mesmo da chegada dos portugueses, se reveste de grande importância, por até ao século XVI ter sido considerada a maior cidade da costa ocidental de África, abarcando o reino, na altura, o actual Congo-Brazzaville, República Democrática do Congo e Gabão.
“Nesse sentido, torna-se urgente preservar as riquezas históricas de Mbanza Congo, no âmbito do projecto ‘Mbanza Congo, cidade a desenterrar para preservá-la’. Não podemos esperar que outras pessoas conservem estes bens”, defendeu, acrescentando que o programa de restauro deve contar com o apoio dos próprios angolanos.
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